O Ifix – índice dos fundos imobiliários mais negociados da Bolsa – fechou a sessão desta sexta-feira (9) com alta de 0,12%, aos 2.866 pontos. Na semana, o indicador acumula queda de 0,94%. Foi a terceira sessão seguida de perdas do indicador. O FII Brazilian Graveyard and Death Care (CARE11) liderou a lista das maiores altas do dia, subindo 2,4%. Confira os demais destaques de hoje ao longo do Central de FIIs.
A Justiça concedeu liminar em favor da Companhia Brasileira de Distribuição, ou Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), – locatário do FII Bresco Logístico – e suspendeu o pagamento de indenização prevista no contrato em caso de rescisão do contrato.
O inquilino notificou o fundo sobre a devolução do galpão logístico CD06, em São Paulo (SP), e entregou as chaves do espaço em novembro, antes do prazo contratual que vai até maio de 2027.
Em caso de quebra de vínculo, lembra o BRCO11, o contrato prevê pagamento correspondente a 12 meses de locação – referente ao aviso prévio – e indenização pela rescisão equivalente a outros seis meses de aluguel.
Apesar dos termos previstos em contrato, o Bresco Logística informa, em fato relevante, que a Justiça atendeu ao pedido do Grupo Pão de Açúcar (GPA) e suspendeu temporariamente o pagamento da indenização.
“O juiz do processo concedeu, em 06.12.2022, a liminar em favor do GPA e suspendeu a exigibilidade dos valores discutidos pela rescisão do contrato de locação”, detalha o comunicado. “[A Justiça] condicionou a eficácia da decisão ao depósito caução no valor de R$ 23,9 milhões”, completa o texto, citando o valor que a antiga locatária do fundo terá de depositar em juízo – uma espécie de garantia, que ficaria bloqueada até o final do processo.
A gestão do BRCO11 reforça que a decisão anunciada é liminar e não definitiva, ou seja, pode ser revertida. Por isso, promete seguir trabalhando na esfera judicial para a proteção dos direitos do fundo.
O contrato com o GPA representava 19% da receita mensal de locação do Bresco Logística, percentual que representa aproximadamente R$ 0,16 por cota.
Focado no segmento logístico, o BRCO11 é há mais de um ano o fundo imobiliário mais recomendado pelas corretoras, de acordo com compilação mensal realizada pelo InfoMoney. Em dezembro, o fundo obteve oito indicações.
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Maiores altas desta sexta-feira (9):
Ticker | Nome | Setor | Variação (%) |
CARE11 | Brazilian Graveyard and Death Care | Cemitérios | 2,4 |
VTLT11 | Votorantim Logística | Logística | 1,74 |
RBRL11 | RBR Log | Logística | 1,59 |
RVBI11 | VBI Reits | Títulos e Val. Mob. | 1,35 |
KISU11 | KILIMA | Títulos e Val. Mob. | 1,24 |
Maiores baixas desta sexta-feira (9):
Ticker | Nome | Setor | Variação (%) |
RBRP11 | RBR Properties | Híbrido | -3,52 |
RCRB11 | Rio Bravo Renda Corporativa | Lajes Corporativas | -2,28 |
RBFF11 | Rio Bravo Ifix | FoF | -2,21 |
CPFF11 | Capitânia Reit | Híbrido | -1,58 |
TGAR11 | TG Ativo Real | Desenvolvimento | -1,04 |
Fonte: B3
XPML11, MALL11 e VISC11 concluem compra do Campinas Shopping, em SP
Três fundos imobiliários – o XP Malls (XPML11), o Malls Brasil Plural (MALL11) e o Vinci Shopping Centers (VISC11) – concluíram, nesta quinta-feira (8), a compra do Campinas Shopping, no interior de São Paulo, que pertencia ao grupo brMalls (BRML3).
O valor total do empreendimento é de R$ 411 milhões, de acordo com fato relevante divulgado pelas carteiras. Cada um dos FIIs vai ficou com uma fatia diferente do shopping.
A maior parte do complexo ficará com o VISC11, que adquiriu 55% de participação no negócio. O fundo pagará pouco mais de R$ 226,2 milhões pela fração. Já o XPML11 adquiriu 25% do shopping, pagando cerca de R$ 102 milhões pela fatia.
O MALL11, por sua vez, confirmou em comunicado ao mercado a compra de 20% do Campinas Shopping por R$ 82 milhões. A transação teve início no mês de setembro.
Segundo os três fundos imobiliários, a conclusão do negócio estava condicionada ao cumprimento de todas as regras previstas no contrato e à aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
Finalizada a transação, o VISC11 prevê um aumento de R$ 0,01 por cota na receita imobiliária do fundo; o MALL11 calcula aumento mensal na distribuição de dividendos de até R$ 0,06 por cota; e o (XPML11) prevê elevação no volume anual de dividendos de R$ 0,52 por cota – aproximadamente R$ 0,04 ao mês.
Localizado em Campinas, principal cidade do interior paulista, o Campinas Shopping é o mais importante centro de compras, lazer e serviços da região oeste de São Paulo, de acordo com a brMalls.
Inaugurado em 1994, o espaço possui hoje mais de 150 lojas, complexo de cinema, praça de alimentação com restaurantes e estacionamento coberto.
Além de opções de compras, o empreendimento reúne ainda serviços como Poupatempo, academia, casa de câmbio e gráfica. Além disso, o local conta com a maior unidade do Detran da cidade de Campinas.
Dividendos hoje
Confira quais fundos distribuem rendimentos nesta sexta-feira (9):
Ticker | Fundo | Rendimento |
FIIB11 | Industrial do Brasil | R$ 3,80 |
VERE11 | VEREDA | R$ 3,16 |
EDFO11B | ED. OURINVEST | R$ 1,64 |
ELDO11B | ELDORADO | R$ 0,56 |
RMAI11 | REAG MULTI ATIVOS IMOBILIÁRIOS | R$ 0,26 |
Fonte: InfoMoney
Giro Imobiliário: IPCA sobe abaixo do esperado em novembro; Custo da construção desacelera
IPCA sobe 0,41% em novembro, abaixo do esperado; em 12 meses, inflação está em 5,90%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,41% em novembro na comparação com outubro, informou nesta sexta-feira (9) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, a inflação acumulada em 12 meses foi a 5,90%. No ano, a inflação está em 5,13%.
A alta mensal veio abaixo da expectativa do mercado, que era de uma inflação de 0,53% em outubro e de 6,01% em 12 meses, segundo o consenso Refinitiv.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, sete tiveram alta em novembro. Os grupos Transportes (0,83%) e Alimentação e Bebidas (0,53%) foram os que impactaram de forma mais expressiva o índice do mês. Juntos, os dois contribuíram com cerca de 71% do IPCA de novembro.
Já a maior variação veio de Vestuário (1,10%), ficando acima de 1% pelo quarto mês consecutivo. O grupo Saúde e cuidados pessoais (0,02%) ficou próximo da estabilidade, mostrando uma desaceleração em relação a outubro (1,16%). Habitação (0,51%), por sua vez, ficou acima do observado no mês anterior (0,34%).
Custo da construção desacelera para 0,15% em novembro, diz IBGE
O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), subiu 0,15% em novembro, uma desaceleração 0,23 ponto porcentual em relação à taxa de outubro (0,38%), informou nesta sexta-feira (9) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse foi o menor resultado desde julho de 2020.
No acumulado em 12 meses, a taxa está em 11,38%, abaixo dos 12,41% registrados nos doze meses imediatamente anteriores. O acumulado no ano está em 10,81%. Em novembro de 2021, esse índice estava em 1,07%.
Segundo Augusto Oliveira, gerente da Sinapi, a pesquisa mostra variações mensais dos custos da construção civil em um patamar mais próximo ao do período pré-pandemia e uma desaceleração que pode ser observada nas quedas contínuas nos indicadores dos acumulados nos 12 meses.
“Os custos estão chegando a uma normalidade, sem a influência de um período de pandemia, com as variações dos preços mais comportados, acompanhando os movimentos do mercado da construção civil”, disse Oliveira em nota.
O custo nacional da construção por metro quadrado, que em outubro fechou em R$ 1.675,46, passou em novembro para R$ 1.677,96, sendo R$ 1.000,47 relativos aos materiais, e R$ 677,49 à mão de obra.