Golpistas aproveitam “hype” de criptomoeda do PayPal para lançar quase 70 tokens falsos

A PayPal USD foi lançada pela gigante de pagamentos na segunda-feira (7)

Lucas Gabriel Marins

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Golpistas aproveitaram o hype em torno da PayPal USD, a stablecoin lançada pelo PayPal na segunda-feira (7), e criaram quase 70 tokens falsos nas últimas 24 horas, segundo dados da plataforma DEXTools.

Os criptoativos “fake” foram lançados principalmente na rede Ethereum (ETH), na qual a criptomoeda estável da gigante de pagamentos foi desenvolvida, assim como na BNB Chain (BNB).

Aproveitando a falta de regulação e padronização das criptomoedas, os fraudadores usaram o ticker PYUSD — utilizado pela stablecoin do PayPal — nos nomes dos ativos digitais como meio de atrair vítimas. Além disso, compraram seus próprios tokens para gerar volumes falsos de negociação.

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Apesar de ainda não haver regulação própria para criptos nos EUA, a nova stablecoin do PayPal é emitida pela Paxos, regulada em Nova York, e é lastreada em depósitos em dólares, títulos do Tesouro dos Estados Unidos de curto prazo e em instrumentos equivalentes.

Criptos falsas

Não foi a primeira vez no ano que os criminosos virtuais se valeram de assuntos em alta para lançar projetos falsos.

Em um monitoramento feio no mês passado, a Kaspersky, empresa global de cibersegurança e privacidade digital, descobriu pelo menos 200 links suspeitos que usam a rede social Threads, da Meta, como isca.

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Dois tokens falsos — “Threadscoin” e “Threadstoken” — foram encontrados na pesquisa.

O filme da Barbie, que alcançou a marca de US$ 1 bilhão em vendas globais de bilheteria na terceira semana após o lançamento nos cinemas, também virou isca de fraudadores neste ano.

Pelos menos 30 criptos com o termo “Barbie” apareceram no Token Sniffer, um site que monitora projetos falsos do mercado.

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Assim como as moedas falsas associadas ao PayPal, tanto os ativos digitais falsos da Barbie como da Threads foram criados nas blockchains Ethereum e BNB Chain.

Criminosos virtuais costumam usar essas redes por causa da facilidade de desenvolver criptomoedas em smart contracts (contratos inteligentes), que exigem apenas um conhecimento básico em programação.

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Como eles detêm a liquidez dos ativos criados, o objetivo é encorajar a compra por usuários desavisados, e em seguida despejar tokens no mercado para embolsar lucro fácil. No mundo cripto, esse tipo de fraude é conhecida como “pump and dump” (inflar e despejar, em português).

Lucas Gabriel Marins

Jornalista colaborador do InfoMoney