Ifix fecha com leve alta de 0,06%; FII CARE11 é destaque da sessão

O fundo Brazilian Graveyard and Death Care (CARE11) liderou a lista das maiores altas do pregão, com elevação de 2,53%

Wellington Carvalho

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O IFIX – índice que reúne os fundos imobiliários mais negociados na B3 – fechou a sessão desta segunda-feira (18) com alta de 0,06%, aos 2.779 pontos. O fundo Brazilian Graveyard and Death Care (CARE11) liderou a lista das maiores altas do pregão, com elevação de 2,53%. Confira os demais destaques de hoje ao longo do Central de FIIs.

O FII RB Capital Office Income (RBCO11) comunicou, na última sexta-feira (15), que assinou contrato com empresa do setor químico para a locação de parte do terceiro andar e da loja do edifício Birmann, em São Paulo (SP).

Os espaços representam uma área de 1.170 metros quadrados, equivalente a 6,5% da área bruta locável (ABL) do imóvel e 2,7 da ABL do portfólio do fundo.

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De acordo com comunicado ao mercado, o prazo da nova locação é de 84 meses e representa 1,5% da receita imobiliária da carteira.

Após período de carência previsto no acordo, os gestores calculam que o contrato elevará a distribuição de dividendos do fundo em aproximadamente R$ 0,02 por cota.

Na semana passada, a carteira depositou R$ 0,35 por cota, montante equivalente a um retorno mensal de 0,88%.

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A equipe de gestão informa também que uma empresa de consultoria, locatária do sétimo andar e do depósito 01 do edifício Birmann, decidiu não seguir com a renovação do contrato de locação.

Com o término do vínculo – e já considerando a nova locação – a taxa de vacância do RB Capital Office Income subirá de 40,2% para 40,9%. Apesar da alta, o percentual ainda é menor do que registrado no final do mês passado, de 46,1%. 

Já o FII NewPort Renda Urbana (NEWU11) anunciou a Caixa Econômica Federal como nova locatária dos conjuntos 1501 e 1502 do edifício Suarez Trade, no bairro Caminho das Árvores, em Salvador (BA).

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De acordo com o contrato, o banco ocupará o espaço – de 770 metros quadrados – por um prazo de 60 meses. O valor de locação é de R$ 32 mil, correspondente a R$41,55 por metro quadrado.

Com o novo contrato, a receita do fundo será elevada em aproximadamente R$ 0,04, de acordo com fato relevante divulgado na última sexta-feira (15).

Em relatório gerencial divulgado no mês passado, o fundo destacou que estava próximo de retomar a distribuição de dividendos, interrompida em agosto de 2020. A taxa de vacância do portfólio está em 63% atualmente.

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Maiores altas desta segunda-feira (18)

Ticker Nome Setor Variação (%)
CARE11 Brazilian Graveyard and Death Care Outros 2,53
FEXC11 BTG Pactual Fundo de CRI Títulos e Val. Mob. 2,09
VCJR11 Vectis Juros Real Títulos e Val. Mob. 1,44
RVBI11 VBI Reits Títulos e Val. Mob. 1,28
RBRF11 RBR Alpha Títulos e Val. Mob. 1,27

Maiores baixas desta segunda-feira (18):

Ticker Nome Setor Variação (%)
SNFF11 Suno FoF Outros -2,86
BRCR11 BC FUND Híbrido -1,99
BLMG11 Bluemacaw Logística Logística -1,77
SNCI11 Suno Recebíveis Títulos e Val. Mob. -1,64
HSAF11  HSI Ativos Financeiros Títulos e Val. Mob. -1,58

Fonte: B3

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Cotistas do FII BCRI11 pedem nova assembleia para discutir troca do Banestes pela Suno como gestora do fundo

Em fato relevante divulgado nesta sexta-feira (15), o FII Banestes Recebíveis Imobiliários ([ativo= BCRI11) comunicou ao mercado que recebeu de investidores detentores de 6,88% das cotas do fundo novo pedido para uma assembleia geral extraordinária (AGE).

Na AGE, o grupo de investidores quer colocar em discussão a troca do Banestes DTVM S.A, atual responsável pela gestão do fundo, pela Suno Gestora de Recursos.

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Em junho, os cotistas já haviam solicitado a realização da AGE, mas desistiram da solicitação na semana passada, conforme comunicado do fundo, que não apresentou detalhes sobre a decisão.

Desta vez, a administradora da carteira diz ter analisado satisfatoriamente o novo pedido de convocação e concluiu que os cotistas solicitantes estão aptos a convocar a assembleia, que deverá ocorrer em até 30 dias.

Dias depois da primeira solicitação, Amanda Coura, head de estruturação de produtos da Suno, confirmou contato com Banestes Recebíveis Imobiliários.

Houve uma consulta sobre a possibilidade de a gestora assumir o fundo, caso a votação seja favorável”, explica. “Sinalizamos que sim e a AGE foi convocada”, pontua.

Na oportunidade, Amanda lembrou que o Suno Fundos de Fundos (SNFF11) – que investe no Banestes Recebíveis – não se envolveu na convocação da AGE para evitar conflito de interesse.

Com sete anos de existência, o Banestes Recebíveis tem atualmente um patrimônio líquido de R$ 670 milhões. O portfólio é composto por certificados de recebíveis imobiliários (CRI), 86,6%, cotas de outros FIIs, 9,8%, e fundos de investimento, 3,5%.

Nesta sexta-feira (15), o fundo depositou R$ 1,47 por cota, equivalente a uma taxa mensal de retorno com dividendos de 1,34%, a maior dos últimos 12 meses, como aponta o último relatório gerencial da carteira.

Dividendos hoje

Confira quais são 13 fundos imobiliários que distribuem rendimentos nesta segunda-feira (18):

Ticker Fundo Rendimento
RBRM11 RBR Desenvolvimento  R$  2.966,06
IRIM11 Iridium Cri  R$          1,58
RBRY11 RBR High Yield  R$          1,41
IRDM11 Iridium  R$          1,29
RBRR11 RBR High Grade  R$          1,27
IBCR11 Cri Brei  R$          1,25
HGIC14 HGI Créditos Imobiliários  R$          1,19
HGIC11 HGI Créditos Imobiliários  R$          1,19
HGIC13 HGI Créditos Imobiliários  R$          1,19
BLUR11 Blue Recebíveis  R$          1,03
CXAG11 Caixa Agencias  R$          0,85
IBCR13 Cri Brei  R$          0,82
IBCR14 Cri Brei  R$          0,79
IBCR15 Cri Brei  R$          0,77
RBRR13 RBR High Grade  R$          0,75
RBRF11 RBR Alpha  Fif  R$          0,71
RBRR15 RBR High Grade  R$          0,68
CPFF11 Capitania FoF  R$          0,60
MGFF11 Mogno  R$          0,55
IBFF11 Integral Brei FoF  R$          0,48
RBRR14 RBR High Grade  R$          0,37

Fonte: InfoMoney. Tickers com final diferente de 11 se referem aos recibos e direitos de subscrição dos fundos.

Giro Imobiliário: mercado passa a ver Selic mais alta em 2023 com maior pressão inflacionária

mercado passou a ver maior aperto monetário em 2023 em meio a projeções mais elevadas para a inflação geral e para os preços administrados, mostrou a pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira.

A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou manutenção da perspectiva de que a taxa básica de juros encerrará este ano a 13,75%, mas para 2023 a conta para a Selic subiu a 10,75%, de 10,50%.

Isso ocorre em meio a uma visão de maior pressão dos preços em 2023. O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, apontou que a expectativa para a alta do IPCA no ano que vem passou a ser de 5,20%, de 5,09%, acima do teto da meta.

O ajuste veio acompanhado de alta na estimativa para o avanço dos preços administrados em 2023, passando de 6,15% para 6,50%.

Movimento contrário aconteceu no cenário para este ano. A estimativa para a alta do IPCA em 2022 caiu a 7,54%, de 7,67%, enquanto para os preços administrados a projeção de avanço foi a 1,74%, de 2,20%.

Esses movimentos têm como pano de fundo medidas do governo para aliviar a inflação elevada neste ano, como a aprovação da lei que estabelece um teto para as alíquotas de ICMS sobre os setores de combustíveis, gás, energia, comunicações e transporte coletivo. No entanto, ela não tem efeitos duradouros e analistas alertam que esses preços voltarão a pressionar a inflação geral no ano que vem.

O centro da meta oficial para a inflação em 2022 é de 3,5% e para 2023 é de 3,25%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Wellington Carvalho

Repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. Acompanha as principais informações que influenciam no desempenho dos FIIs e do índice Ifix.