Exchange que deixou brasileiros no prejuízo vai devolver US$ 1,6 bi; veja quem recebe

Segundo comunicado do espólio da FTX, quatro grupos de credores receberão entre 78% e 120% do valor de suas participações

Lucas Gabriel Marins

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O espólio da FTX, exchange norte-americana que faliu em 2022 e deixou um rombo de cerca de US$ 10 bilhões a 10,8 milhões de vítimas (inclusive brasileiros), anunciou na sexta-feira (19) que vai devolver US$ 1,6 bilhão a credores a partir de 30 de setembro.

Segundo o comunicado, quatro grupos de credores receberão entre 78% e 120% do valor de suas participações na corretora cripto, conforme definido no plano para devolução. Essa é a terceira rodada de distribuição.

Os pagamentos serão feitos por meio das exchanges de criptomoedas Bitgo e Kraken, além da da empresa global de serviços financeiros Payoneer.

“Os credores elegíveis devem esperar receber fundos do provedor de serviços de distribuição selecionado, Bitgo, Kraken ou Payoneer, dentro de 1 a 3 dias úteis a partir de 30 de setembro de 2025. As datas subsequentes de registro e pagamento serão anunciadas oportunamente”, disse o espólio.

Para ter direito às próximas parcelas, credores devem acessar o FTX Customer Portal, preencher o cadastro e vincular uma dessas plataformas para o saque, de acordo com o comunicado.

De acordo com dados compilados pelo portal especializado em cripto CoinDesk, cerca de US$ 6 bilhões já foram devolvidos às vítimas.

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Estima-se que cerca de 135 mil brasileiros tenham perdido dinheiro na corretora cripto, que após seu colapso jogou o mercado cripto em uma de suas piores crises.

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Relembre o caso

A FTX já foi a segunda maior exchange de criptomoedas do mundo. O império começou a ruir no fim de 2022, após revelações de que uma das empresas do grupo tinha seu balanço formado majoritariamente por ativos sem liquidez.

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A corretora, hoje símbolo de fraude, foi fundada pelo empresário e investidor Sam Bankman-Fried, que já foi considerado uma das principais personalidades da indústria cripto. Em março de 2024, ele foi condenado a 25 anos de prisão por fraude nos EUA e responsabilizado pelo golpe US$ 10 bilhões.