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Juntar R$ 30 mil em um ano pode parecer desafiador, mas o cenário econômico atual no Brasil, com a taxa Selic em 11,25%, abre uma oportunidade para quem deseja acumular dinheiro investindo em renda fixa, a categoria de investimento mais segura do mercado financeiro.
Com aportes mensais inferiores a dois salários mínimos em aplicações do Tesouro Direto ou CDBs e LCIs/LCAs, de acordo com Guylherme Mattos, matemático e especialista em Investimentos CEA, é possível alcançar a meta em 12 meses.
É importante lembrar que, ao investir, você deve levar em conta o seu perfil, que pode ser mais conservador ou mais arrojado, a depender do quanto de risco está disposto a correr. Vale considerar ainda que o melhor jeito de construir um plano sustentável de investimentos é diversificando as aplicações da sua carteira.
Tesouro Direto
O Tesouro Direto, segundo o especialista, se destaca como a opção mais segura, pois está diretamente ligado ao risco soberano do Brasil. “Investimentos atrelados à Selic ou ao CDI acompanham as taxas de juros do mercado, tornando-se especialmente atrativos em cenários de juros altos, como o atual”.
Se o investidor alocar R$ 2.400 por mês em um título do Tesouro Selic com vencimento em 2027, que devolve a taxa básica de juros mais 0,0383%, e retirar no prazo de um ano, conseguirá uma rentabilidade de R$ 1.200,54 no período, chegando ao valor de R$ 30.000,54.
O valor já inclui o desconto do Imposto de Renda (IR) aplicável aos títulos do Tesouro, cuja cobrança é feita de forma regressiva, de acordo com o prazo do investimento. Para períodos entre 181 e 360 dias, a alíquota é de 20%.
Ativo | Aporte mensal(1 ano) | Resgate |
Tesouro Selic 2027 (Selic+ 0,0383%) | R$ 2.400,00 | R$ 30.000,54* |
*R$ 28.800 + R$ 1.200,54
Fonte: Guylherme Mattos, matemático e especialista em Investimentos CEA
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CDBs
Os CDBs aparecem na segunda posição. De acordo com o especialista, eles têm um risco maior do que os títulos do governo, já que estão vinculados a bancos, o que implica em risco de crédito. No entanto, oferecem rentabilidade maior para os investidores.
O investidor que alocar R$ 2.400 por mês ao longo de um ano em um CDB que paga 105% CDI, por exemplo, conseguiria uma rentabilidade de R$ 1.268,01 no período, alcançando R$ 30.068,01. O imposto, assim como no caso do Tesouro Selic, também é de 20%.
Ativo | Aporte mensal(1 ano) | Resgate |
CDB 105,8% CDI | R$ 2.400,00 | R$ 30.068,01* |
*R$ 28.800 + R$1.268,01
Fonte: Guylherme Mattos, matemático e especialista em Investimentos CEA
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LCIs e LCAs
As LCIs e LCAs também têm um um risco maior do que as aplicações do governo, já que estão ligadas a instituições privadas, e oferecem rentabilidade maior para os investidores. Entre as opções, segundo os cálculos de Mattos, é a que oferece mais retorno. Em um ano, o aporte de R$ 2.400,00 devolveria R$ 1.301,75.
A vantagem em relação aos CBDs é que esses títulos são isentos de IR. Ao comparar ativos isentos e não isentos do imposto, no entanto, é fundamental realizar o gross up da rentabilidade. Esse cálculo ajusta o retorno do ativo isento para refletir quanto ele renderia caso estivesse sujeito à tributação, permitindo uma análise justa entre as opções de investimento. LCI e a LCA de 90% do CDI têm rentabilidade equivalente a um CDB 105,8% do CDI.
Ativo | Aporte mensal (1 ano) | Resgate |
LCI/LCA a 90% do CDI | R$ 2.400,00 | R$ 30.101,75* |
*R$ 28.800 +R$ 1.301,75
Fonte: Guylherme Mattos, matemático e especialista em Investimentos CEA
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Proteção
Apesar de CDBs e LCIs/LCAs serem mais arriscados, elas são cobertas pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), espécie de “seguro” que devolve ao investidor até R$ 250 mil em caso de problemas com o emissor, como uma intervenção do Banco Central. Os títulos públicos não contam com essa proteção, mas são considerados “livres de risco” porque são emitidos pelo governo federal.