Data Com: confira as datas de corte para investir em empresas ainda em julho e ganhar com dividendos

Empresas como Unipar, Monteiro Aranha e Itaú integram lista; confira valores e datas de pagamento

Katherine Rivas

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Na segunda quinzena de julho, sete empresas têm datas de corte (data com) programadas.

O investidor que gosta destes ativos ou foca neles na sua estratégia de renda passiva deverá ter a ação em carteira até essa data se deseja garantir o recebimento futuro de dividendos ou juros sobre capital próprio (JCP) anunciados.

Já a partir da data-ex, o investidor que comprar a ação não terá mais direito aos proventos.

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Na lista há companhias como Unipar (UNIP6), Monteiro Aranha (MOAR3), Banco Banestes (BEES3) e Itaú (ITUB4).

Lembrando que os dividendos não sofrem tributação do Imposto de Renda sobre o valor pago. Já no caso dos juros sobre capital próprio é descontado 15% do Imposto de Renda sobre o valor bruto pago pelas empresas.

Confira a seguir as data com da segunda metade do mês:

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Terça-feira (19)

Fras-le (FRAS3)

 

Monteiro Aranha (MOAR3)

Monteiro Aranha (MOAR3)

Quarta-feira (20)

Randon Participações (RAPT3; RAPT4)

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Sexta-feira (22)

Weg (WEGE3)

Terça-feira (26)

Unipar (UNIP3)

Unipar (UNIP5)

Unipar (UNIP6)

Sexta-feira (29)

Banco Banestes (BEES3; BEES4)

Banco Itaú (ITUB3; ITUB4)

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Dúvidas “dividendeiras”

O InfoMoney conversou com Sergio Biz, analista focado em dividendos e sócio do GuiaInvest, sobre algumas dúvidas recorrentes sobre ‘data com’ e ‘data ex’ entre os investidores de renda passiva. Veja a seguir:

IM: Por que a data com é tão importante para o investidor que busca dividendos?

Sergio Biz – A data com indica qual é o último dia que o acionista tem direito para receber os proventos (dividendos ou juros sobre capital próprio) que estão sendo anunciados. Se o acionista compra e mantém as ações em carteira até a data com, terá direito a receber os proventos na data combinada.

Se o acionista vende as ações antes da ‘data com’ ou compra ações após a ‘data com’ não terá direito a receber os proventos anunciados nessa ocasião.

Por exemplo: se a ‘data com’ de uma ação foi no dia 10 de janeiro, o investidor precisaria ter as ações em carteira até o final do dia 10 de janeiro para ter direito a receber aquele provento anunciado.

IM: O que é ‘data ex’ e o que acontece com o preço das ações?

Sergio Biz – A ‘data ex’ sinaliza o momento a partir do qual o acionista não tem mais direto a receber os proventos anunciados.

Por exemplo: se a ‘data ex’ for no dia 11 de janeiro, quem comprar as ações a partir de 11 de janeiro não tem mais direito a receber os dividendos ou juros sobre capital próprio anunciados.

Na ‘data ex’ o preço das ações sofre um reajuste. Isso ocorre porque o dinheiro pago na forma de proventos sai do caixa da empresa, em consequência o patrimônio líquido diminui e o valor de mercado cai. Por este motivo, na data ex, o preço das ações é reajustado automaticamente.

O ajuste é sempre proporcional ao valor pago em proventos. Exemplificando, se uma ação vale R$ 10 e será pago R$ 1 de proventos por cada ação em circulação, a partir da ‘data ex’ o preço da ação será reajustado para R$ 9.

IM: Qual é o erro mais comum que o investidor deve evitar com a ‘data com’ e ‘data ex’?

Sergio Biz – Um erro que muitos investidores cometem é comprar uma ação que vai pagar um determinado dividendo e vender a ação na data ex, acreditando que estão ganhando dinheiro do dividendo de graça.

Estes investidores geralmente desconhecem o reajuste no preço da ação na data ex. Quem faz isso, tende a sair no zero a zero e até pode ter prejuízo, porque a ação pode apresentar desvalorização na data ex.

Ficar especulando com dividendos distribuídos não faz sentido. A melhor estratégia é investir em empresas que conseguem pagar dividendos de forma consistente e sustentável no longo prazo. Se a empresa for eficiente, com o passar do tempo os lucros dela crescem e os dividendos também. Desta forma, o reinvestimento dos dividendos gera um efeito de juro composto na carteira que permitirá que o patrimônio aumente de forma exponencial no decorrer dos anos.

 

Katherine Rivas

Repórter de investimentos no InfoMoney, acompanha ETFs, BDRs, dividendos e previdência privada.