Com novas apostas de corte da Selic, taxas de títulos públicos recuam nesta quarta-feira

Após decisão do Fed de cortar juros e comunicado do Banco Central brasileiro, mercado já espera corte da Selic em março

Mariana Zonta d'Ávila

SÃO PAULO – As taxas dos títulos públicos negociados no Tesouro Direto, programa que possibilita a compra e venda de papéis por investidores pessoas físicas por meio da internet, seguem em queda na tarde desta quarta-feira (4), com investidores apostando em novos cortes da Selic já na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), neste mês.

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Até então restrita a poucas instituições, a perspectiva de nova flexibilização monetária pelo Banco Central ganhou força após o Federal Reserve, o banco central americano, anunciar uma redução de juros de 0,50 ponto percentual, para a faixa de 1% a 1,25% – o primeiro corte emergencial de juros desde a grande crise financeira de 2008.

O encontro do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) estava agendado apenas para os dias 17 e 18 de março, mesma data em que o Copom se reúne para decidir o rumo da taxa básica de juros no Brasil.

Após a decisão e depois do fechamento do pregão, o Banco Central brasileiro divulgou um comunicado, no qual disse que as próximas semanas permitirão avaliar mais precisamente o efeito coronavírus na economia, o que corroborou a tese de que novos cortes na Selic podem estar por vir e reforçou posições no mercado futuro de juros em direção ao movimento.

O InfoMoney conversou com economistas de diversas instituições financeiras do país sobre a redução de juros nos EUA e o futuro da Selic diante do coronavírus. Confira a matéria completa aqui.

Na agenda de indicadores desta quarta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou pela manhã o desempenho do Produto Interno Bruno (PIB) brasileiro, que cresceu 1,1% e totalizou R$ 7,3 trilhões em 2019. O resultado ficou em linha com o esperado pelo consenso Bloomberg. Apenas no quarto trimestre, a economia cresceu 0,5%, no comparativo com o trimestre anterior, também conforme o estimado.

Já nos Estados Unidos, investidores repercutem a vitória de Joe Biden na Super Terça das primárias do Partido Democrata, levando nove dos 14 estados em disputa. Seu perfil é tido como mais moderado que o do senador Bernie Sanders, o que agrada o mercado.

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No Tesouro Direto, o título prefixado com vencimento em 2023 pagava 4,79% ao ano, ante 4,86% a.a. na tarde de terça-feira (3). O investidor podia aplicar uma quantia mínima de R$ 35,05 (recebendo uma rentabilidade proporcional à aplicação) ou adquirir o título integralmente por R$ 876,49.

O Tesouro Prefixado 2026, por sua vez, oferecia um prêmio anual de 6,06%, ante 6,08% ao ano anteriormente.

Entre os títulos indexados à inflação, o retorno do papel com prazo em 2026 recuava de 2,48% para 2,41% ao ano, enquanto o Tesouro IPCA+ 2035 pagava 3,26% ao ano nesta tarde, ante 3,28% a.a. ontem.

Confira, a seguir, os preços e as taxas dos títulos disponíveis no Tesouro Direto:

Fonte: Tesouro Direto

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Baixo risco, liquidez e acessibilidade

O Tesouro Direto é considerado a opção de investimento com o menor risco no Brasil e com ampla acessibilidade, dado o investimento mínimo a partir de R$ 30. Outra vantagem do programa diz respeito à liquidez, com a possibilidade de recompra diária dos títulos públicos pelo Tesouro.

O investidor pode aplicar em títulos públicos diretamente pelo site do Tesouro, se cadastrando primeiro no portal e abrindo uma conta em uma corretora, como a Rico Investimentos, por exemplo, para intermediar as transações. Atualmente, a maior parte das instituições financeiras habilitadas a operar no programa não cobra taxa de administração.

O único custo obrigatório que recai sobre o investimento em títulos públicos pelo Tesouro Direto corresponde à taxa de custódia, de 0,25% ao ano sobre o valor dos títulos, cobrada semestralmente no início dos meses de janeiro e de julho.

Entenda tudo sobre Tesouro Direto neste guia completo:

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