Com nomes como Sharp, Oceana e Brasil Capital, nova leva de gestoras reabre captação de fundos

Movimento ocorre na sequência do feito por gestoras como Dynamo, Atmos e Bogari

Mariana Zonta d'Ávila Beatriz Cutait

(Shutterstock)

SÃO PAULO – Em meio à forte queda do mercado acionário e de olho no movimento dos atuais cotistas, mais fundos têm sido reabertos para captação. Casas como Brasil Capital, Sharp, Núcleo, Oceana e Giant Steps estão na nova leva de gestoras que têm reaberto seus fundos, da mesma forma como foi feito por Dynamo, Atmos e Bogari.

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Alguns dos fundos estavam fechados há pouco tempo, desde o início deste ano, mas há aqueles indisponíveis para novos cotistas há cerca de cinco anos. O contexto da crise atual relacionada à epidemia de coronavírus tem levado algumas das gestoras mais tradicionais do país a rever sua estratégia comercial.

O InfoMoney apurou que a Sharp vai reabrir o fundo Sharp Long Biased a partir de segunda-feira (23). O prazo para fechamento vai depender da velocidade da demanda na abertura, assim como o valor máximo a ser captado está atrelado às condições de mercado ao longo do tempo.

O valor mínimo para aplicação será de R$ 50 mil para novos cotistas, com movimentação a partir de R$ 5 mil para atuais investidores. O fundo, voltado apenas para investidores qualificados, isto é, com pelo menos R$ 1 milhão em aplicações financeiras, estava fechado há dois meses.

A partir de abril, será a vez da Núcleo Capital reabrir a captação de seu fundo de ações, exigindo uma aplicação mínima de R$ 500 mil para novos cotistas e de R$ 10 mil, para atuais investidores. O fundo é restrito para investidores qualificados e está fechado há cerca de cinco anos, com aberturas pontuais a cada seis meses apenas para os cotistas.

Segundo André Ribeiro, sócio e gestor da Brasil Capital, a gestora tem feito mudanças pontuais em seu portfólio, que segue com as ações de Petrobras, Rumo e Cosan entre as maiores posições do fundo, seguidas pelos papéis da Aliansce, Alupar, B3, alupar, B3, Yduqs e SulAmérica.

“Traçamos todos os cenários possíveis e falamos com todas as equipes das empresas do portfólio, e fizemos rearranjos”, conta Ribeiro.

Segundo ele, as companhias da carteira teriam condições para passar seis meses sem receita por conta da crise atual, considerando o pior cenário.

A Oceana também reabriu o fundo mutimercado long biased com aplicação mínima de R$ 5 mil e voltado para o público geral. Ele estava fechado desde 2017.

No grupo de fundos quantitativos, que ganharam destaque neste ambiente de crise, a Giant Steps recebe a partir do dia 30 de março novos investimentos para um fundo espelho com a estratégia do Zarathustra, com valor máximo de captação de R$ 250 milhões.

Destinado ao investidor geral, a aplicação mínima do fundo, fechado desde setembro de 2019, será de R$ 10 mil. “O fundo é uma boa ferramenta de diversificação do portfólio, então muitas pessoas que já o conheciam pediram a abertura como forma de se defender”, conta Pedro Simonetti, responsável pela relação com investidores da Giant Steps.

Fundos espelho de estratégias como do Verde Scena também estão sendo reabertos em plataformas como da XP, com valores mínimos de aplicação de R$ 50 mil.

Ainda que a queda dos preços dos ativos possa ser considerada uma oportunidade para boa parte dos investidores com capital e que foquem no longo prazo, há quem siga receoso com as incertezas no horizonte e prefira esperar para voltar a alocar em Bolsa via fundos.

É o caso de Otávio Vieira, sócio gestor da gestora de patrimônio Taler, que diz preferir que seus clientes aumentem a alocação atual em papéis de renda fixa, como Tesouro IPCA+ com vencimentos entre 2025 e 2028, com juros reais a partir de 4% ao ano.

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