Privatização da Eletrobras pode aumentar conta de luz inicialmente, diz ministro do TCU

Augusto Nardes disse ser possível um aumento em um 'primeiro momento', mas que no médio e longo prazos isso não acontecerá devido ao aumento de concorrência

Estadão Conteúdo

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O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Augusto Nardes afirmou na quinta-feira (19) ser possível um aumento nas contas de luz em um “primeiro momento”, após a privatização da Eletrobras (ELET3;ELET6), mas no médio e longo prazos isso não acontecerá devido ao aumento de concorrência e surgimento de novas tecnologias.

“Talvez haja aumento de tarifa de energia em um primeiro momento, mas a médio e longo prazos, não. Isso vai depender dos investimentos, do mercado. Porque vai abrir a concorrência e o mercado vai se tornar propício a novas tecnologias”, disse o ministro, que votou a favor do processo de desestatização — o processo recebeu aval do TCU na quarta-feira (18).

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Nardes conversou com jornalistas na saída de um almoço fechado entre o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), membros do governo e empresários, em um restaurante no Jardim Botânico, na zona sul do Rio de Janeiro. Eles participaram do congresso “Mercado Global de Carbono”, organizado pela Petrobras e pelo Banco do Brasil, com apoio do governo.

Para o ministro do TCU, o país não pode ficar na mão de um único grupo de geração e distribuição de energia. “Tem de ficar nas mãos de muitos grupos”. Ele citou o investimento chinês no Brasil na área e afirmou que países como Dinamarca e Alemanha já têm procurado o país para viabilizar a importação de produtos energéticos, como hidrogênio verde, à frente.

Nardes afirmou que a necessidade de outros países por mais energia também é um fator que dá segurança ao processo de privatização da Eletrobras — companhia que definiu como “descapitalizada” atualmente, mas que logo deverá ser capaz de realizar investimentos em novas tecnologias.

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Ele disse considerar “estratégico” o processo de oferta de ações da companhia para o aumento de investimentos no setor de energia para que o Brasil “volte a crescer entre 5% e 6% ao ano”.

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