Greve tem adesão de 50% dos servidores do Banco Central, e ato será reforçado durante Copom

Categoria busca reposição da inflação de 27% nos salários; Bolsonaro diz que só pode dar 5% de reajuste

Estadão Conteúdo

Fachada do Banco Central do Brasil (divulgação)

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O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) afirmou que a greve retomada na terça-feira (3) já tem adesão de mais de 50% dos servidores do órgão, cujo quadro na ativa é de 3.500 trabalhadores.

O Sinal ainda reforçou que fará uma manifestação presencial nesta quarta-feira (4) diante da sede do BC, em Brasília, das 17 horas às 19 horas, durante a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), “contra a intransigência do governo federal em não abrir negociação com os servidores do BC”.

Segundo o presidente do Sinal, Fábio Faiad, a expectativa é de crescimento da adesão ao movimento, diante dos trabalhos de convencimento junto à categoria. Nos bastidores, contudo, a avaliação é a de que o corte do ponto pesa para uma parte dos servidores, especialmente os mais novos.

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“Nossos pleitos principais são a reposição da inflação de 27% nos salários e os itens não salariais com impacto zero no orçamento da União de Reestruturação da Carreira de Técnicos e Analistas do BC. Até o momento, apesar de termos solicitado, não temos nenhuma reunião agendada com o Roberto Campos Neto, presidente do BC, ou com algum dos ministros do governo”, disse Faiad, em nota.

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O líder sindical ainda afirmou que a greve da categoria não é política, mas é uma campanha salarial. Nesta quarta, o ato em frente ao BC vai contar com a presença do deputado federal Professor Israel Batista (PSB-DF), que, segundo Faiad, lidera as tratativas dos servidores do BC na Câmara. Além disso, a deputada federal Érika Kokay (PT-DF) também estará presente. “Estamos tentando ainda um deputado ligado ao governo.”

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Mais cedo, o BC reforçou que as publicações do órgão estão suspensas durante a greve dos servidores, como já vinha ocorrendo antes da trégua do movimento, que ocorreu entre 20 de abril e 2 de maio. A exceção são as publicações ligadas ao Copom, como o comunicado e a ata.

Uma série de boletins e notas estatísticas do BC já estão atrasadas, como os dados do fluxo cambial e as notas de crédito, fiscal e do setor externo de março.

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