EUA vão aceitar viajantes com menos de 18 anos sem vacina da Covid e imunizados com mistura de doses; veja novas regras

Crianças e adolescentes terão de apresentar teste negativo de Covid-19 para embarcar; normas mais flexíveis passarão a valer a partir de 8 de novembro

Dhiego Maia

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GONÇALVES (MG) – À medida que o dia 8 de novembro se aproxima, novas regras de entrada de estrangeiros aos Estados Unidos, incluindo os brasileiros, são conhecidas.

Esta data marca a flexibilização das normas criadas pelo governo de Joe Biden para conter o avanço da pandemia de Covid-19 a partir da circulação de viajantes rumo ao país da América do Norte. O que segue inalterada é a exigência de um visto.

Nesta segunda-feira (25), a Casa Branca divulgou que estrangeiros com idade inferior a 18 anos não precisarão estar vacinados contra a Covid-19 para entrar no país. Essa regra era a mais esperada por casais com filhos pequenos que vão procurar destinos como Orlando, casa da Disney, para as férias escolares do fim de ano.

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No caso dos adultos, a entrada só será permitida com o comprovante de imunização completa: duas ou dose única (da Janssen) de uma das vacinas autorizadas pelo FDA (Anvisa americana) ou OMS (Organização Mundial da Saúde) —situação de todas as vacinas disponíveis no Brasil (Pfizer/BioNTech, Oxford/AstraZeneca, Janssen e CoronaVac).

O Ministério da Saúde emite o “passaporte da vacina”, com informações da imunização dos brasileiros também em inglês, por meio da plataforma Conecte SUS. Clique aqui para mais informações.

Entre os pequenos, as novas regras dizem que será preciso apresentar testes negativos para o coronavírus antes do embarque. O período de realização dos testes muda se a criança ou o adolescente estiver sozinho ou acompanhado na viagem.

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Se estiver acompanhado de um adulto, o teste que detecta a presença do coronavírus no organismo terá de ser feito em até três dias antes do embarque. No caso de uma viagem solitária, o menor de idade poderá apresentar um exame feito um dia antes do voo.

Outra novidade é a entrada permitida de estrangeiros que se imunizaram com vacinas diferentes. A mistura de doses foi autorizada pelas autoridades de saúde, inclusive no Brasil, para acelerar as campanhas de vacinação na ausência de imunizantes específicos.

Nesse caso, o turista que recebeu a primeira dose de AstraZeneca e completou o ciclo vacinal com o imunizante da Pfizer estará apto a entrar nos Estados Unidos. Mas o detalhe é: os turistas com imunização cruzada só conseguirão visto se fizerem uso das vacinas aprovadas pelos órgãos de regulação.

Vacina contra Covid-19 da Pfizer (REUTERS/Dado Ruvic)
Vacina contra Covid-19 da Pfizer (REUTERS/Dado Ruvic)

Casos excepcionais

A Casa Branca também divulgou uma lista com grupos de pessoas que não precisarão apresentar comprovante de vacinação para acessar o país a partir de 8 de outubro.

Estão contemplados de forma excepcional: pessoas que já integram ensaios clínicos para o desenvolvimento de substâncias, vacinas ou tecnologias contra a Covid-19; quem tem contraindicação médica que impeça o uso de vacina para inocular o coronavírus; as pessoas com viagem emergencial ou cujo deslocamento se justifica por razão humanitária —nesses dois últimos casos, a admissão terá de ser feita com uma carta redigida pelo governo de Joe Biden.

Todas as pessoas enquadradas nos casos excepcionais terão de apresentar testes negativos para a Covid-19 também 24 horas antes do voo.

Ainda não se sabe quando as entrevistas de solicitação de vistos serão retomadas na Embaixada dos Estados Unidos, em Brasília, e nos consulados do país localizados em São Paulo, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Recife.

Planos das aéreas

As aéreas já anunciaram novos planos para rotas que ligam o Brasil aos Estados Unidos.  A Latam Airlines vai retomar, a partir de dezembro, suas operações do Brasil para Orlando com três voos semanais a partir do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (SP).

Outras duas rotas da empresa serão aquecidas: a entre Guarulhos-Miami saltará de 3 para 4 voos por semana a partir de novembro. Em dezembro, a mesma rota terá, ao todo, sete voos semanais. A operação Guarulhos-Nova York também vai passar de 3 para 7 voos por semana.

A Gol (GOLL4) disse que as melhores datas para voos até os EUA estão previstas “a partir do segundo semestre de 2022”, mas sem divulgar as operações, que “ainda estão sendo planejadas”.

Antes da pandemia, a companhia aérea contava com voos para os Estados Unidos a partir de Manaus (AM), com decolagens semanais para Orlando; e a partir de Brasília, com voos também semanais para Miami. “A companhia deseja retomar a oferta dos voos para os Estados Unidos com operações para Miami e Orlando”, complementou ao InfoMoney. “Já é possível adiantar que inicialmente os voos partirão do hub em Brasília”.

A Azul (AZUL4) mantém cinco voos semanais aos EUA. A empresa já havia anunciado que estava “pronta para aumentar sua oferta de voos.” Em julho deste ano, inclusive, a Azul promoveu uma ação em que vendeu 600 passagens a preços promocionais para que os clientes pudessem usá-las logo nos primeiros voos após a reabertura da fronteira norte-americana para a entrada de brasileiros.

Reportagem do InfoMoney mostrou que os brasileiros com planos recentes de viagem aos EUA terão de fazer malabarismos financeiros, como encurtar o tempo de permanência no país, por causa do câmbio desfavorável.

O dólar comercial vem fechando bem acima dos R$ 5 devido às instabilidades internas e externas.

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Dhiego Maia

Subeditor de Finanças do InfoMoney. Escreve e edita matérias sobre carreira, economia, empreendedorismo, inovação, investimentos, negócios, startups e tecnologia.