Banco Central revê pedido de reajustes dos salários de servidores, e greve continua

Proposta causou mal-estar no Ministério da Economia e foi considerada uma 'vergonha'

Estadão Conteúdo

Fachada do Banco Central do Brasil (divulgação)

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Em um contexto de greve e de estudo de reajuste geral de 5% para os servidores, o Banco Central (BC) chegou a enviar ao Ministério da Economia um pedido de aumento de 22% para seus analistas e técnicos, de 69,6% para os diretores e de 78,53% para o presidente da autarquia. Sob pressão, o BC retirou na quinta-feira (12) a solicitação.

Segundo o BC, o motivo do recuo foram “inconsistências” no texto. A reportagem apurou que a proposta causou mal-estar no Ministério da Economia e foi considerada uma “vergonha” por membros da equipe econômica, que falaram sob a condição de anonimato, já que é quase o dobro da inflação em 12 meses até abril, de 12%. Caso aprovada, a medida representaria um incremento de R$ 6 mil no contracheque de um analista no topo da carreira.

A proposição também foi considerada “descabida” porque o presidente Jair Bolsonaro (PL) já tinha anunciado que daria reajuste linear de 5% a todos os servidores e feito consultas ao Judiciário e ao Legislativo, que deram sinal verde. Um aumento de 22% para a equipe do BC provocaria a ira das demais categorias mobilizadas.

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O pedido fazia parte de uma minuta de medida provisória de reestruturação das carreiras no órgão. O texto previa reajustes já em junho.

Os funcionários do BC, desde o dia 3 em greve pela segunda vez no ano, pleiteiam pelo menos 27%. A remuneração de um analista, em média, é de R$ 26,2 mil mensais. No caso do presidente do órgão, se concedidos os 78,53%, o salário sairia de R$ 17.327,65 para R$ 30.934,70. O dos demais diretores, com 69,6%, iria de R$ 17.327,65 para R$ 29.387,96.

Apesar da alegação oficial de “inconsistências”, a minuta da MP estava pronta havia um mês e tinha sido revisada pela área de recursos humanos e pela procuradoria do BC.

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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