Banco Central envia ao governo proposta de reajuste de 22% aos salários dos servidores para conter greve

Texto prevê reestruturação da carreira de especialista, criação de uma “retribuição por produtividade institucional” e nova tabela salarial para celetistas

Reuters

Edifício-sede do BC, em Brasília. Autonomia financeira mudaria radicalmente a estrutura da autarquia (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

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O Banco Central enviou ao Ministério da Economia uma proposta de Medida Provisória que prevê reajuste salarial de 22% para analistas e técnicos do órgão a partir de junho, segundo comunicado interno da autarquia encaminhado nesta quinta-feira (12) e visto pela Reuters.

O pleito foi confirmado sob condição de anonimato por duas fontes que atuam no Tesouro Nacional e na Secretaria de Gestão do Ministério da Economia. A mensagem também foi recebida por membros do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal).

De acordo com o comunicado, foi encaminhada formalmente por meio do sistema de geração e tramitação de documentos oficiais do governo uma proposta de MP “para o fortalecimento institucional do BC”.

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Além do aumento de 22%, o texto prevê reestruturação da carreira de especialista do BC, criação de uma “retribuição por produtividade institucional” e uma nova tabela salarial para funcionários celetistas.

Os servidores do órgão estão mobilizados desde março para pressionar o governo por reajustes. A greve da categoria tem comprometido a divulgação de indicadores e serviços internos.

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O envio da proposta pelo BC não significa que a demanda será atendida. Os pedidos são negociados com as áreas de gestão e de orçamento do Ministério da Economia.

Até o momento, o governo vem sinalizando um reajuste geral a todos os servidores federais de 5% a partir de julho. Além disso, restrição da legislação eleitoral impede que sejam concedidos aumentos de remuneração que superem a inflação dentro do ano corrente.

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De acordo com a fonte do Tesouro, o pleito primeiramente será analisado pela área de gestão do Ministério da Economia. Depois será avaliada sua viabilidade orçamentária.

Uma fonte da área de gestão do governo, por sua vez, afirmou que a pasta recebe pedidos de todas as naturezas e grandezas. Segundo ele, “não há nenhuma possibilidade de atendimento” a esse reajuste solicitado pelo BC.

“O que está em análise são outras demandas de caráter não remuneratório, como o nível de escolaridade para ingresso no cargo de técnico do BC, alteração na nomenclatura do cargo de analista e prerrogativas funcionais do cargo de procurador”, disse essa fonte sob condição de reserva.

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Procurado, o BC informou que não vai comentar.

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