Via (VIIA3) em recuperação judicial? XP vê pedido como improvável

Analistas da XP apontam que a companhia renegociou os vencimentos de suas dívidas e a a posição de caixa permanece sólida

Lara Rizério

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Em nota publicada na noite da última terça-feira (18), os analistas da XP destacaram que foram questionados por investidores quanto a um possível pedido de recuperação judicial da Via (VIIA3). Porém, na visão dos analistas, “o pedido de recuperação judicial é improvável.”

Três pontos são destacados para a XP ver a recuperação judicial com chances baixas de acontecer: i) a companhia renegociou os vencimentos de suas dívidas, com 78% com vencimento no longo prazo (versus 40% ao final de 2020); ii) a posição de caixa permanece sólida, com R$ 1,6 bilhão à disposição e iii) em um cenário de uma potencial recuperação judicial, as empresas buscam fazer desinvestimentos para reforço de caixa, enquanto a companhia recentemente anunciou a aquisição da logtech CNT.

Para os analistas, a preocupação dos investidores pode ser decorrente da provisão trabalhista de R$ 1,2 bilhão anunciada no terceiro trimestre de 2021 a ser desembolsada ao longo dos próximos anos combinado ao cenário macro mais desafiador, mas reiteram: “não vemos nenhum indício da companhia estar em processo de pedido de RJ no momento”.

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A XP, por sua vez, mantém sua recomendação neutra para a ação, com preço-alvo de R$ 10 (ainda uma alta de 167% em relação ao fechamento da véspera). A recomendação é devido a “um ambiente competitivo agressivo no segmento de e-commerce e um cenário macroeconômico desafiador para 2022.”

De acordo com compilação da Refinitiv de casas de análise que cobrem o papel, de doze analistas, apenas 1 recomenda compra, com 7 possuindo recomendação de manutenção e 4 recomendando venda. Apenas em 2022, os papéis VIIA3 caem cerca de 28% após uma forte queda registrada em 2021.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.