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A Via (VIIA3), dona das lojas Casas Bahia e do Ponto, realizou na tarde desta sexta-feira (11) sua teleconferência de resultados. Após ter na véspera divulgado seu balanço do terceiro trimestre, considerado pelos próprios executivos pouco animador, a companhia afirmou que o último período do ano traz sinais de que será melhor.
“O terceiro trimestre foi totalmente atípico, com vendas fracas no mercado inteiro. Mas já vemos uma normalidade em outubro. Os eventos de final de ano devem normalizar nossa geração de caixa”, disse Orivaldo Padilha, diretor financeiro (CFO) da Via.
A Via registrou no terceiro trimestre uma queda de 7,6% de seu volume bruto de mercadorias (GMV) ante um ano antes, ficando em R$ 10,2 bilhões – em grande parte explicada pelo movimento macroeconômico, com inflação e juros mais altos.
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De acordo com o executivo, o esperado, porém, é que o crescimento de vendas alcance os dois dígitos no online e nas lojas físicas no quarto trimestre – isso com impulso da Copa do Mundo, da Black Friday e das festas de fim de ano.
“As vendas no quarto trimestre caminham bem e estamos satisfeitos. Em rentabilidade, não fazemos mais esforços do que aquilo que estava previsto. Já lançamos nossa campanha de Copa no primeiro amistoso do Brasil e foi um sucesso absoluto, com a Gol de Pix”, defendeu Roberto Fulcherberguer, diretor executivo (CEO) da varejista.
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Apesar da queda maior no GMV, a receita líquida da Via recuou menos: 4,4%, ficando em R$ 8,2 bilhões.
Segundo o CEO, a Via segue ganhando market share preservando suas margens. “E tudo isso tendo reduzido em R$ 1,5 bilhão o estoque de um ano para o outro. Subimos o estoque quando precisamos e, agora, começamos reduzir. Esse know how é um ativo precioso”, pontuou. “Dada a qualidade do nosso estoque, a queima não afetou a rentabilidade. Vimos crescer fortemente as vendas”.
O executivo lembrou, além disso, que a companhia tem dominância, por exemplo, no setor de televisores, que deve ser muito impulsionado pela Copa do Mundo.
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Na frente das margens, a diretoria espera que algumas iniciativas tragam resultados em breve.
“Primeiro, na hora que a gente compara com o restante do setor, nosso patamar de margens é superior ao resto do mercado e equilibrado ao longo do tempo”, explica Fulcherberguer. “De maneira genérica, para o futuro, o que posso falar é que, dado o nosso empenho, devemos ganhar rentabilidade. Nos serviços de logística que oferecemos no 3P, por exemplo, não há subsídio nenhum. A medida que escalarmos, devemos avançar em rentabilidade”.
Outra frente que os diretores esperam ver avançar é a de crédito, na qual, segundo eles, a “Via tem vantagem histórica”.
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” Nossos números de inadimplência são bons porque temos história em oferecer crédito para as classes mais baixas brasileiras”, comentou André Calabro, CEO do banQi, braço financeiro da varejista.
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Esse histórico, de acordo com o executivo, é que permite a Via oferecer melhores ofertas financeiras aos seus clientes.
“A distribuição de crediário do segundo para o terceiro trimestre foi reduzida nas lojas. Nós fazemos antecipadamente alguns ajustes para controlar a inadimplência e não machucar nossa rentabilidade”, defendeu Calabro. “No empréstimo pessoal, com níveis de inadimplência saudáveis que já demonstramos, também iremos ganhar rentabilidade com a escalada, oque serve também para o credit as a service“, complementa Fulcherberguer.
Os executivos da Via afirmaram que a renovação da pareceria com o Bradesco (BBDC4), feita na véspera, é um comprovante de que a empresa tem um bom know how quando o assunto é serviço financeiro.
