“Traders têm que ter regras, para não entrar em modo ‘vida louca’”, diz Stormer

Alexandre Wolwacz, mais conhecido no mercado financeiro como Stormer e atuando desde 1998 como trader, prega o planejamento e a seletividade para a atuação no mercado financeiro.

Segundo ele, é importante que os traders participem de grupos para discutir a dinâmica do mercado, principalmente àqueles que estão iniciando na atividade.

“A atividade de trader é solitária”, disse, neste sábado (6), Stormer, durante o Mestres do Trading, evento apoiado pela XP e organizado por Felippe Aranha.

Para Stormer, isso é um dos passos para entender o segmento. “Nós precisamos ter conhecimento prévio. Precisamos estar em condições de se proteger do movimento”, destaca.

“A gente acha que vai operar com qualquer papel, mas tem ativos mais fáceis, ativos mais difíceis. Tem aquele que tem padrão, que vai funcionar, e o que não vai funcionar em quase nada”, diz.

Ele faz uma comparação e afirma que “não existe generalista que ganha mais dinheiro do que o especialista”. Por isso, sugere que o day trader se torne um especialista em um segmento de ações.

Day trade: regras x vida louca

“Traders têm que ter regras, qual ativo vou trabalhar. Sem essas regras, vai entrar em modo ‘vida louca’”, diz. “Tudo é procedimento”, enfatiza.

As regras, segundo ele, evitam riscos e práticas que acabam comprometendo o investimento. “Por isso, tem que fazer plano antes de colocar dinheiro. Depois que faz o plano, ele tem que ser respeitado até o fim. Plano é plano e deve ser seguido”, destaca.

Stormer, porém, ressalta que quando se faz trade, tem que se entender que nem tudo está sob controle. “Mas erro de processo é imperdoável”, afirma.

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Respeitar o processo

O trader considera que fazer trade não pode ser um ato só por dinheiro, caso contrário se estará “forçando” aquilo que foi planejado. “Tem que ter o prazer de operar bem. Resultado financeiro é consequência do processo”, diz. “Há pessoas que acham que vão ficar ricas com um único trade”, complementa.

Por fim, ele aponta a importância de operar de forma seletiva nas ações. “Ser seletivo não é exigir perfeição. Mas tem que ser seletivo, com poucos ativos”, argumenta. “Menos é mais no trade. Sempre. Operem leve. Fazer trade não é para ter euforia”, conclui.

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