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O CoinDesk divulgou nesta sexta-feira (9) o CoinDesk Market Index (CMI), um novo índice de preços que busca representar para as criptomoedas o que Dow Jones e S&P 500 são para o mercado de ações.
O CMI é composto inicialmente por 148 tokens, afirma Jodie Gunzberg, diretora administrativa do CoinDesk Indices. Para ser incluído, cada ativo digital deve ter um histórico de preços de 30 dias em pelo menos duas exchanges de criptomoedas qualificadas.
“É para ser o mais inclusivo possível”, falou Jodie. “Estamos apenas tentando representar o mercado”.
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O novo índice se junta a outros de fornecedores concorrentes, como Bloomberg Galaxy, CF Benchmarks (parte da exchange Kraken), Nasdaq, Solactive, MarketVector, MSCI e S&P. Todos foram criados para atender investidores e traders que buscam maneiras de medir o desempenho do mercado de criptoativos.
Traders e gestores de capital usam índices de preços para avaliar se estão vencendo – ou sendo derrotados – pelo mercado. Com eles, as gestoras de ativos constroem fundos de investimento, e gigantes como a BlackRock vendem fundos de ações – nesse caso, com base no S&P 500, Nasdaq Composite e outros índices, inclusive para preços de títulos e commodities.
Os clientes são “qualquer pessoa que está buscando um benchmarking”, disse Jodie. “Podem ser pessoas que precisam medir desempenho, gerar ideias de investimento, buscar maneiras de gerenciar riscos ou verificar avaliações de grupos de pares.”
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Índice de preços do Bitcoin
O novo índice do CoinDesk se baseia no sucesso inicial de seu Bitcoin Price Index, que a empresa de mídia criou por meio da aquisição da TradeBlock, uma plataforma de dados e trading, em 2021.
O CoinDesk Bitcoin Price Index – que tem o código XBX – é a base para gráficos de preços no site de notícias e sustenta os mecanismos de definição de preços para pelo menos dois grandes fundos de investimento, o Grayscale Bitcoin Trust (GBTC), que tem US$ 12,1 bilhões sob gestão, e o fundo de índice (ETF) Purpose Bitcoin, de aproximadamente US$ 500 milhões.
O CoinDesk espera que as taxas de licenciamento do novo negócio de índices possam se tornar uma fonte importante de receita ao lado de publicidade, vendas de patrocínio e conferências de criptomoedas.
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Jodie, que ingressou no CoinDesk em 2021 vinda do Morgan Stanley, disse que um diferencial importante para o CoinDesk Market Index é que ele é o primeiro de uma “família” de nove índices construídos em torno do sistema de classificação da empresa para criptos, conhecido como “CoinDesk Digital Asset Classification Standard”, ou DACS.
Taxonomia cripto
O DACS divide cerca de 500 dos maiores ativos digitais em seis categorias: moeda, plataforma de smart contract (contrato inteligente, na tradução para o português), DeFi, cultura e entretenimento, computação e digitalização.
Portanto, o CoinDesk Market Index virá com seis subíndices correspondentes a cada uma das categorias do DACS. Mais dois subíndices não incluirão as stablecoins “para que você possa obter o efeito total da volatilidade” das criptomoedas que não estão atreladas a moedas emitidas pelo governo, disse Jodie. Antes de sua passagem pelo Morgan Stanley, ela foi diretora da S&P Dow Jones Indices.
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“O que realmente torna esse lançamento único é a família de índices, representando não apenas o amplo mercado, mas os setores”, disse ela. “A primeira pergunta pode ser: o mercado está em alta ou em baixa hoje? Você pode olhar para o índice de mercado amplo para a resposta. Mas então você pergunta: ‘por que e o que o levou a isso?’”
O CMI levará em consideração a capitalização de mercado, o que significa que, pelo menos inicialmente, está fortemente pesado em Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH), as duas maiores criptomoedas.
O índice será rebalanceado mensalmente no segundo dia útil do mês, e o número de ativos deverá expandir para além dos 148 iniciais, disse Jodie. “Esse número de 148 não é fixo”, falou. “Ele é resultado da metodologia, e vai aumentar à medida que o mercado cresce.”
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