‘Em 2023, Mercado Pago deve ter receita maior que a do Mercado Livre’, diz vice-presidente sênior do grupo

Receita da companhia somou US$ 2,6 bi no segundo trimestre de 2022, sendo US$ 1,2 bi do braço de fintech; Fernando Yunes e André Chaves falam sobre negócio

Anderson Figo

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A receita líquida do Mercado Livre (MELI34) somou US$ 2,6 bilhões no segundo trimestre de 2022. Boa parte desse desempenho veio do braço de fintech do grupo, o Mercado Pago, com receita de US$ 1,2 bilhão.

Segundo Fernando Yunes, vice-presidente sênior do Mercado Livre no Brasil, em 2023 a receita do Mercado Pago deve superar a do Mercado Livre, e o potencial de crescimento dessa área é “enorme”.

“No ano que vem, em algum momento, o negócio de fintech, o Mercado Pago, vai ter uma receita maior do que o negócio de commerce e vai seguir crescendo numa taxa muito acelerada. O mercado é enorme, todo o mercado financeiro, os segmentos são enormes, e o Mercado Livre ainda tem uma participação pequena”, disse.

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Ele participou do Por Dentro dos Resultados, projeto no qual o InfoMoney entrevista CEOs e diretores de importantes companhias de capital aberto, no Brasil ou no exterior. Os executivos falam sobre o balanço do segundo trimestre de 2022 e sobre perspectivas. Para acompanhar todas as entrevistas da série, se inscreva no canal do InfoMoney no YouTube.

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“O Mercado Pago vem inovando muito, lançando muitos produtos e soluções novas que nos ajudam a seguir nessa taxa de crescimento acelerada, desde conta de investimentos, pagamentos via Pix, transferências supersimples, compra e venda de criptomoeda, agora começam seguros. Cartão de crédito e débito já são mais de 40 milhões emitidos”, enfatizou.

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André Chaves, vice-presidente sênior de estratégia, desenvolvimento corporativo e RI da companhia, falou sobre o crescimento orgânico do time de desenvolvedores. “Nosso time de desenvolvedores fechou ano passado com 8.000 pessoas. Vai fechar este ano perto de 12.000 desenvolvedores. A gente tem conseguido fazer isso com nosso time de people de maneira muito bem-sucedida”, disse.

“Eventualmente a gente pode avaliar um M&A [fusão e aquisição] de um tipo de talento muito específico. A gente já fez no passado, por exemplo, para buscar talentos de machine learning. Pode acontecer, mas vai ser muito pontual, empresas pequenas. O Mercado Livre tem um DNA de construção orgânica, e não de aquisição”, afirmou.

Chaves e Yunes falaram ainda sobre concorrência desleal de sites estrangeiros, aumento de custos, logística, o lançamento da Mercado Coin e seu potencial, programa de fidelidade, ganhos de sinergia entre commerce e fintech, iniciativas ESG (meio ambiente, social e governança) e a chegada de novos aviões na parceria com a Gol. Assista à live completa acima, ou clique aqui.

Anderson Figo

Editor de Minhas Finanças do InfoMoney, cobre temas como consumo, tecnologia, negócios e investimentos.