Demanda por ativos da Log continua forte apesar do aumento de juros, diz CEO

Ao InfoMoney, Sergio Fischer disse que FIIs estão menos capitalizados para aquisições, mas investidores institucionais têm interesse em galpões logísticos

Anderson Figo

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Com atuação nacional e focada em galpões logísticos de alta qualidade (chamados de classe A), a Log Commercial Properties (LOGG3) não vai alterar sua estratégia de reciclagem de ativos (venda de unidades maduras para a compra ou construção de novas unidades) devido ao cenário macroeconômico desafiador, com taxa de juros alta e inflação.

A afirmação é do CEO da companhia, Sergio Fischer, que participou do Por Dentro dos Resultados, projeto no qual o InfoMoney entrevista presidentes e diretores de importantes companhias de capital aberto, no Brasil ou no exterior. Os executivos falam sobre o balanço do segundo trimestre de 2022 e sobre perspectivas. Para acompanhar todas as entrevistas da série, se inscreva no canal do InfoMoney no YouTube.

Desde 2019, a Log já levantou cerca de R$ 1 bilhão com reciclagem de ativos. “Ativos de qualidade, como os do nosso portfólio, têm demanda mesmo no cenário macroeconômico complicado, com elevação de taxa de juros, como a gente tem vivido hoje”, disse Fischer.

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“A gente tem conseguido colocar transações com os cap rates [indicador que calcula a média de retorno de capital quando este é investido em um imóvel] muito positivos. E a nossa margem bruta está retratando isso. A operação do segundo trimestre de 2022 teve margem bruta de 33%. A gente vai continuar fazendo esse movimento. Pra gente é importante e tende a ser crescente”, completou.

André Vitória, CFO da companhia, disse que a Log, por ora, não deve realizar nenhuma nova emissão. Na primeira metade do ano, a empresa emitiu R$ 400 milhões em debêntures. “A gente entende que a gente tem hoje uma estrutura equilibrada. Eu não diria que a gente tem alguma perspectiva de nova emissão em um espaço curto ou médio de tempo. Mas mediante nossas operações, temos sim um balanço saudável que nos permite fazer novas emissões, se quisermos”, disse.

“No entanto, como o Sergio já falou, a gente acredita que a melhor forma de a gente continuar ‘fundiando’ nosso crescimento é através da reciclagem de ativos. A gente vai buscar mais nessa frente. Fazer em maiores volumes e maiores quantidades, visto que a gente vê que o cenário, mesmo tendo uma certa volatilidade, os ativos continuam sendo atrativos. A gente continua realizando operações de venda com qualidade, com boa margem”, completou.

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Os executivos falaram ainda sobre política de remuneração aos acionistas através de distribuição de dividendos, alavancagem, possibilidade de fusões e aquisições, quais são as regiões mais estratégicas de crescimento no Brasil, como manter a vacância baixa, crescimento da dívida líquida e expansão do e-commerce. Assista à live completa acima, ou clique aqui.

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Anderson Figo

Editor de Minhas Finanças do InfoMoney, cobre temas como consumo, tecnologia, negócios e investimentos.