Mercado Livre registra prejuízo de quase US$ 10 milhões com tesouraria após queda do Bitcoin

Empresa, porém, não acha que recuo no mercado é motivo para voltar atrás na oferta de ativos digitais

Paulo Barros

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O Mercado Livre (MELI34) anunciou um prejuízo de menos de US$ 10 milhões com tesouraria referente ao segundo trimestre de 2022, durante divulgação de resultados realizada na quarta-feira (3). Segundo o vice-presidente sênior de estratégia do Mercado Livre, André Chaves, as perdas se deram por conta da desvalorização do Bitcoin (BTC) no período.

A empresa comprou US$ 7,8 milhões na criptomoeda no primeiro trimestre de 2021 como parte de estratégia de diversificação de carteira. Na época, a posição era equivalente a R$ 40,9 milhões. Segundo seu balanço mais recente, a companhia registrou perda contábil de US$ 11 milhões em ativos digitais relativa aos primeiros seis meses deste ano.

Apesar do resultado negativo na tesouraria, Chaves afirmou que nada muda nos planos do Mercado Livre com relação à oferta de criptomoedas na plataforma Mercado Pago. “Estamos confortáveis com nossa estratégia com oferta de criptomoedas a clientes, mesmo no atual cenário”, afirmou o executivo.

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O Mercado Livre oferece compra e venda de Bitcoin, Ethereum (ETH) e USDP, uma cripto que paridade com o dólar, desde novembro de 2021. Na época, Túlio Oliveira, vice-presidente do MercadoPago, disse que a empresa dedicou “um tempo para estudar e aprender antes de decidir entrar nas criptomoedas”, e que o novo mercado teria “um potencial de transformação pela frente”.

Cerca de dois meses depois, o Mercado Livre anunciou compra de uma fatia da 2TM, holding controladora da exchange de criptomoedas brasileira Mercado Bitcoin. Além disso, a gigante do e-commerce também detém uma participação na Paxos, que disponibiliza infraestrutura de ativos digitais – inclusive para o Mercado Pago – e emite a stablecoin USDP.

Resultados

O Mercado Pago reportou crescimento de 56% na receita líquida no segundo trimestre de 2022, de US$ 2,6 bilhões. O resultado operacional foi de US$ 250 milhões, com margem de 9%.

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Com 3,5 milhões de novos usuários e base de 84,3 milhões ao final do trimestre, a empresa fechou o período com alta de 26% no volume de vendas, a US$ 8,6 bilhões, e de salto de 84% no volume de pagamentos processados, que alcançou US$ 30,2 bilhões.

Na sequência dos resultados, no pré-market da Nasdaq, às 9h42 (horário de Brasília) desta quinta-feira (4), os ativos MELI subiam 12%, a US$ 997,73. Já a BDR MELI34 fechou a sessão de ontem na B3 em alta de 6,95%, a R$ 39,51.

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Paulo Barros

Editor de Investimentos