Maior stablecoin do mundo escolhe peso mexicano para nova versão de criptomoeda

O anúncio da nova criptomoeda da Tether, a MXNT, marca a entrada da empresa na América Latina

Lucas Gabriel Marins

(Unsplash/Drawkit)

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Após ver sua principal stablecoin perder momentaneamente a paridade com o dólar americano, deixando o mercado assustado, a Tether, empresa por trás da USDT lançou, nesta quinta-feira (26), a “MXNT”, sua moeda estável com lastro no peso mexicano.

A cripto é pareada na proporção 1:1 com o dinheiro oficial do país latino-americano, e está disponível nas blockchains Ethereum (ETH), Tron (TRX) e Polygon (MATIC). Ela se junta a outras três stablecoins da empresa fixadas em moedas fiat: a USDT, ligada à moeda americana; a EURT, ao euro; e a CNHT, ao yuan chinês.

O anúncio do novo ativo digital marca a entrada do grupo na América Latina, que vem chamando a atenção de grandes players internacionais do mercado, e atraindo cada vez mais usuários.

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“Temos visto um aumento no uso de criptomoedas na região durante o último ano, o que tornou evidente que precisamos expandir nossas ofertas”, disse Paolo Ardoino, CTO da Tether.

A escolha especificamente pelo México, informou o grupo em release, se deve ao aumento do interesse das empresas locais na tecnologia blockchain e nos criptoativos. A criação de uma stablecoin pareada à moeda do país, segundo o grupo, servirá com um teste para novos lançamentos no futuro.

Recentemente, a Ardoino contou ao InfoMoney que “o Brasil é um mercado incrivelmente promissor”, e que imigrantes na Europa “precisam enviar dinheiro de volta para casa, para suas famílias no Brasil e em outros países da América Latina, e estão usando a exchange como forma de escapar das taxas de 10 a 12% que os bancos cobram”.

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Polêmicas

A Tether lançou a USDT em outubro de 2014. O ativo tem US$ 73 bilhões em capitalização, e é a maior stablecoin do mercado, sendo usado principalmente por traders.

A empresa sempre alegou que para cada USDT emitido guarda a mesma quantidade em dólares americanos em caixa. No entanto, por causa da falta de transparência, muitos especialistas questionam o fato. O colapso da TerraUSD, que respingou na stablecoin e a fez perder paridade com o dólar, reacendeu as dúvidas.

A empresa também se envolveu em problemas com a Justiça e com os reguladores. Em outubro de 2021, a Comissão para Negociação de Futuros de Commodities dos Estados Unidos (CFTC, na sigla em inglês) multou a Tether e a exchange Bitfinex em mais de US$ 42 milhões por conta de informações “falsas ou enganosas” em relação à stablecoin USDT.

Em 2019, a Procuradoria Geral de Nova York, nos Estados Unidos, abriu um inquérito para investigar o uso indevido de fundos em uma operação fraudulenta. A investigação foi encerrada no início do ano passado após um acordo de US$ 18,5 milhões.

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Lucas Gabriel Marins

Jornalista colaborador do InfoMoney