Jack Dorsey deixa cargo de CEO do Twitter e anuncia demissão pela rede social; diretor de tecnologia será sucessor

Apesar de afirmar que foi uma decisão tomada por conta própria, Dorsey vinha sendo pressionado por investidores a deixar o cargo

Equipe InfoMoney

Jack Dorsey (Getty Images)

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SÃO PAULO – “Não sei se todo mundo já sabe, mas… eu me demiti do Twitter”. Foi com essa postagem, em tom de brincadeira, que Jack Dorsey se despediu da função de CEO da rede social a qual fundou em 2006. Um e-mail aos funcionários anunciando a saída acompanhou a publicação. Apesar de dizer no texto que se tratava de uma decisão pessoal, Dorsey deixa o cargo após pressão de investidores que exigiam sua renúncia. O sucessor do executivo será Parag Agrawal, que trabalhava na empresa como diretor de tecnologia, desde 2017.

Jack Dorsey vai seguir no conselho de administração do Twitter até o ano que vem e também continuará no comando da fintech Square. Era justamente por acumular dois cargos de CEO que Dorsey era pressionado, por grandes investidores da rede social, a deixar o comando do Twitter. As pressões se intensificaram depois que os resultados do Twitter começaram a decepcionar.

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Em 2020, depois de conseguir um alto percentual de ações do Twitter, o fundo de investimento Elliott Management exigiu a saída do fundador do mais alto cargo da companhia. O argumento principal é que a empresa precisava de um executivo focado em suas necessidades. Em tempos pré-pandemia, Jack passava as manhãs no Twitter e, no período da tarde, atravessava a rua e entrava no prédio da Square.

Para se manter no cargo, Dorsey concordou em adicionar dois novos membros ao Conselho de Administração da companhia, que passaram a avaliar a estrutura de liderança da empresa, além de outras condições que movimentaram a organização societária da empresa.

No e-mail que Dorsey publicou nas redes sociais, o executivo anunciou o nome de seu sucessor e a entrada de Bret Taylor, desenvolvedor de software e um dos criadores do Google Maps, no conselho do Twitter.

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Esta não é a primeira vez que Dorsey deixa o cargo de CEO do Twitter. Ele ficou afastado da função entre 2008 e 2015, supostamente por dedicar mais tempos a hábitos peculiares do que a gestão da empresa em si. Dorsey tem um estilo de vida que pode ser considerado excêntrico até mesmo quando comparado com outros fundadores de gigantes da tecnologia como Steve JobsSteve WozniakMark Zuckerberg e Elon Musk.

Sua rotina diária inclui longos períodos de jejum, banhos de gelo intercalados com sauna, meditação, bebidas a base de água, limão e sal e muita tecnologia.

#Fakenews

Nas eleições americanas de 2016, o Twitter foi uma peça importante para as campanhas de Donald Trump e Hillary Clinton. Após a eleição do republicano, a plataforma praticamente se transformou no “diário oficial dos EUA”. Heavy user da rede social, Trump publicava de tudo na sua conta – inclusive mentiras.

Depois que o microblog incluiu uma ferramenta de checagem de informações que destacava tuítes que continham informações equivocadas ou mentirosas, Trump ameaçou regular fortemente ou até fechar as redes sociais.

Nada disso aconteceu, mas o Senado americano, convocou Dorsey a dar explicações quando a rede social bloqueou o compartilhamento de um artigo que mencionava supostas relações irregulares entre o filho do candidato democrata à presidência dos Estados Unidos, Hunter Biden, e figuras importantes da Ucrânia.

Alegando que o artigo trazia informações que não poderiam ser confirmadas, a rede social bloqueou o perfil do jornal e não permitiu que o link da matéria fosse publicado. O argumento – usado pela primeira vez – não convenceu o Senado americano que pediu explicações.

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