IPCA-15, PIB dos Estados Unidos e AGE da Eletrobras: o que acompanhar na semana

Tudo o que o investidor precisa saber antes de operar na semana

Mitchel Diniz

(Eletrobras)

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A penúltima semana de fevereiro começa com feriado nos Estados Unidos já na segunda-feira (21), Dia do Presidente, motivo pela qual as Bolsas em Wall Street estarão fechadas. Os mercados devem operar com menos liquidez, mas prometem continuar repercutindo as tensões entre Rússia e Ucrânia, que balançaram as Bolsas na semana passada, com o risco de uma guerra iminente.

Na agenda semanal de indicadores do Brasil, o destaque fica com a prévia do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), referente à fevereiro. O dado será divulgado na quarta-feira (23), às 9h da manhã, antes da abertura do mercado. O consenso aponta para um avanço de 0,7%, mas o Bradesco prevê alta mensal de 0,84% e o Itaú, de 0,87%.

“A inflação fora do núcleo deve pressionar o índice para cima novamente, principalmente gastos com taxas de matrícula, itens alimentícios e veículos usados e novos. O núcleo da inflação também continuará pressionado, tanto pelos preços de bens quanto os de serviços”, diz a análise do banco.

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O Itaú acredita que, por outro lado, preços regulados, como energia elétrica, combustíveis e seguro saúde, devem apresentar deflação.

Na sexta-feira (25), sai o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), da Fundação Getúlio Vargas, usado para ajustar alguns contratos de aluguel. O Itaú prevê alta mensal de 1,65%.

Na quinta-feira (24) tem a taxa de desemprego calculada pela pesquisa PNAD Contínua, referente a dezembro último. O Itaú acredita em queda para 11,1%, levando em conta dados que apontam para o aumento no número de vagas formais no mês e também em janeiro.

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Concluindo a agenda local, as transações correntes referentes à janeiro saem na quarta-feira (23) e devem apresentar déficit de US$ 6,9 bilhões, nos cálculos do Itaú; o consolidado das contas públicas estão previstos para quinta-feira e, no mesmo dia, saem as estatísticas monetárias e de crédito do Banco Central.

Destaques internacionais

Na agenda internacional, o destaque fica com a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no quarto trimestre de 2021. O número será divulgado na quinta-feira e o mercado prevê avanço de 7% no período em termos anualizados.

A agenda americana também traz índices de confiança do consumidor do Conference Board (na terça-feira) e da Universidade de Michigan (na sexta-feira).

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Na Europa, os principais indicadores saem na segunda-feira: inflação na Alemanha (4:00h), PMI alemão (5:30h), além do PMI na zona do euro (6:00h) e no Reino Unido (6:30h).

Semana de balanços e assembleias

No noticiário corporativo, empresas de peso do Ibovespa divulgam resultados. Petrobras (PETR3,PETR4) apresentará os números na quarta-feira (23), enquanto Vale (VALE3) e Ambev (ABEV3) soltarão balanços na quinta-feira (24).

Outro destaque é a Assembleia Geral Extraordinária (AGE) da Eletrobras, marcada para terça-feira (22), para deliberar sobre a privatização da empresa. Após a aprovação dos estudos técnicos no Tribunal de Contas da União (TCU), na semana passada, os acionistas da estatal precisam:

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Todos esses itens precisam ser aprovados, sem exceção, na AGE para que a privatização ocorra. Com o aval dos acionistas, o processo deve voltar a ser discutido pelo TCU em março. Se na primeira avaliação, os ministros discutiram outorga e outros valores referentes à desestatização, na segunda fase, eles vão deliberar sobre o processo de capitalização em si.

Ainda na terça, a Alpargatas também deverá definir o preço por ação para a oferta subsequente da companhia, que deve levantar R$ 2,5 bilhões. Trata-se de uma oferta primária, logo, o valor captado vai reforçar o caixa da empresa e deve ser usado para pagar parte da aquisição da marca de calçados Rothy’s.

A Braskem faz assembleia com acionistas preferencialistas na sexta-feira (25), para deliberar sobre a conversão de ações PN classe B em classe A, na razão de duas para uma. O encontro faz parte dos preparativos para a migração da empresa ao segmento Novo Mercado da B3 e também tem o objetivo de simplificar a estrutura de capital da companhia, assim como equalizar direitos entre acionistas preferencialistas.

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A migração é uma etapa para o follow-on da empresa ser realizado, com a venda das ações restantes da Petrobras e da Novonor.

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Mitchel Diniz

Repórter de Mercados