Oferta de ações da Braskem (BRKM5): quais serão os próximos passos e por que ela será positiva para todos os envolvidos

Na avaliação de analistas, Petrobras e Novonor (ex-Odebrecht) também serão beneficiadas

Equipe InfoMoney

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A Braskem (BRKM5) informou na noite de sexta-feira (14) em fato relevante que seus acionistas Petrobras (PETR4) e Novonor (ex-Odebrecht) protocolaram pedido de registro de oferta pública secundária (follow-on) na CVM e na SEC.

A oferta ocorrerá simultaneamente no Brasil e nos EUA para a venda de até 154.886.547 ações preferenciais classe A da companhia. Levando em conta o preço de fechamento de sexta-feira, a oferta poderá movimentar mais de R$ 8 bilhões.

No mês passado, a Petrobras divulgou comunicado informando que seu conselho de administração aprovou modelo para venda da totalidade de sua participação na Braskem, em conjunto com a Novonor. A Braskem também havia informado ter recebido da Novonor a informação da possibilidade da realização de um follow-on para vender a participação de 38,4% que detém na companhia.

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Nesta primeira operação, será realizada a venda apenas das ações preferenciais (PN) de posse das companhias. Posteriormente, a expectativa é que a Braskem conclua sua migração para o Novo Mercado, nível mais alto de governança da B3, para então um novo follow-on ser realizado para a venda das ações restantes da Petrobras e da Novonor.

A Levante Ideias de Investimento destaca que o follow-on é positivo para todas as partes envolvidas, sendo essencial para o plano de recuperação judicial da Novonor.

Já para a Braskem, a conclusão da operação elimina a pressão vendedora sobre seus papéis. “Além disso, a migração para o Novo Mercado também é um ponto positivo. Apesar da pressão vendedora que normalmente afeta os papéis antes de um follow-on, esperamos um impacto positivo nas ações BRKM5 no curto prazo, devido à confirmação da tão esperada oferta”, afirma a equipe de análise.

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“Após viver um dos melhores anos de sua história, a Braskem busca iniciar 2022 se tornando uma corporation, isto é, companhia sem controle definido. Isso deve afastar problemas de governança, principalmente por seus atuais controladores serem, no mínimo, controversos”, avalia a Levante.

Para a Petrobras, a casa de análise ressalta que a venda vai em linha com seu plano estratégico de desinvestir em ativos não core. Após a conclusão da operação, a expectativa é que boa parte dos recursos levantados seja distribuído a seus acionistas, visto que a companhia atingiu sua meta de endividamento antes do previsto, podendo chegar a uma distribuição recorde de proventos neste ano.

A XP ressalta ainda que, embora esperado, vê a confirmação do processo de desinvestimento das ações da BRKM5 como positiva para a Petrobras, já que a preços atuais de mercado (R$ 52 por ação) a empresa pode receber cerca de R$ 4 bilhões com essa venda.

“Lembramos que a Petrobras ainda detém 212,4 milhões de ações BRKM3 (cerca de R$ 11 bilhões). Uma participação que a empresa também pretende alienar”, aponta a casa. A recomendação da XP para os ativos PETR4 é de compra, com preço-alvo de R$ 45,30 para cada ativo, ou potencial de alta de 44% frente o fechamento de sexta-feira.

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