Ibovespa futuro opera entre leves perdas e ganhos, em dia de Copom e com atenção a balanços

Bons resultados de companhias puxam índices dos EUA e da Europa; no Brasil, investidores aguardam decisão sobre a Selic

Vitor Azevedo

(Getty Images)

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Após abrir em alta, o Ibovespa futuro opera entre leves perdas e ganhos nesta quarta-feira (2), avançando 0,05%, aos 113.785 pontos, às 9h20 (horário de Brasília).

O contrato, que tem seu vencimento em fevereiro, se descola da performance das principais bolsas do exterior, que tem um dia marcado por altas.

Nos EUA, os futuros do Dow Jones, do S&P 500 e da Nasdaq sobem, respectivamente, 0,08%, 0,72% e 1,45%. É destaque na maior economia do mundo a performance das ações da Alphabet (GOGL34), que sobem mais de 10% no pré-mercado.

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Os papéis da companhia, dona de plataformas como o Google e o YouTube, dispararam após a publicação dos resultados do quarto trimestre. O lucro cresceu mais de 35% na base anual, chegando a US$ 20,64 bilhões, e a receita avançou 32,3%, para US$ 75,3 bilhões. Além do crescimento, os números também superaram o consenso dos analistas.

Na Europa, os índices também avançam, com ações de lazer e turismo liderando os ganhos. No Velho Continente, a temporada de balanços também ajuda a puxar os índices, com companhias como a Ocado, rede de supermercados britânica, subindo mais de 6% e o banco Julius Baer, mais de 5%, se sobressaindo entre as altas após reportarem resultados.

Investidores europeu também digerem os dados da inflação no bloco econômico – em janeiro, na primeira prévia, os preços avançaram 0,30% na base mensal, desacelerando na comparação com os 0,40% de dezembro, mas acima do consenso dos analistas, que esperavam queda de 0,30%. O rendimento dos títulos com vencimento em dez anos da Alemanha, maior economia do grupo, sobem sete pontos-base.

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“A inflação da Zona do Euro superou expectativas e atingiu novo recorde histórico, de 5,1%. Diferentemente de seus pares nos EUA (Fed) e na Inglaterra (BOE), o Banco Central Europeu (BCE) vem dizendo até então que não precisa remover tão rapidamente os estímulos monetários. Os números do IPC de hoje devem testar a posição do BCE”, aponta a XP Investimentos, em seu morning call.

Na Ásia, a maioria dos mercados continua fechada. China e Coréia do Sul não tiveram pregões, por conta do feriado do ano novo lunar.

No Japão, o índice Nikkei avançou 1,68%. Impulsionou a performance do índice o fato de o presidente do Banco Central japonês ter defendido políticas monetárias mais frouxas, negando um impacto sobre os credores regionais. Ontem, uma notícia de que a autoridade monetária do país está “sob menos pressão do que se imagina” também repercutiu.

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Brasil tem Copom, fim de recesso do Congresso e começo da temporada de balanços

No Brasil, a quarta-feira está um tanto movimentada. Investidores aguardam a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que deve, segundo o consenso do mercado, aumentar a taxa de Selic em 1,50 pontos percentuais, para 10,75%.

“Para o comunicado pós-reunião, considerando o ajuste monetário já implementado e a taxa de juros acima do patamar que acreditamos ser neutro, esperamos que o Copom deixe de sinalizar um novo ajuste de mesma magnitude na próxima reunião. O desafio é não parecer muito otimista em relação à inflação. Para tanto, entendemos que o Copom indicará que irá calibrar o próximo passo em função da evolução do cenário econômico”, explica a XP.

A curva de juros opera mista, com alta nas pontas curtas e no seu meio e caindo na ponta longa. Os rendimentos dos DIs para janeiro de 2023 e para janeiro de 2025 sobem, respectivamente, três e dois pontos-base, para 12,20% e 11,08%. Na ponta longa, os DIs vincendos nos primeiros meses de 2027 e 2029 caem um ponto, para 11,05% e 11,21%.

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Além do Copom, investidores repercutem a divulgação de que a produção industrial no Brasil em dezembro avançou 2,90% na base mensal, ante consenso de 1,50%, e também a divulgação dos resultados do Santander Brasil (SANB11) do quarto trimestre, que, com um lucro de R$ 3,8 bilhões, frustrou um pouco o consenso, de R$ 4,32 bilhões. Destaque para o crescimento da inadimplência, que subiu sessenta pontos-base no ano, chegando a 2,70%.

O dólar futuro cai 0,04%, a R$ 5,299. O comercial cai 0,12%, a R$ 5,266 na compra e a R$ 5,267 na venda.

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