Ibovespa fecha na máxima e termina mês com saldo positivo, mesmo com conflitos na Ucrânia: saiba o motivo

A Bolsa brasileira fechou acima dos 113 mil pontos; Bolsas em Nova York tiveram alta expressiva

Mitchel Diniz

(Getty)

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O Ibovespa começou a sexta-feira em baixa, mas acompanhou a recuperação dos mercados no exterior e ganhou fôlego no período da tarde. Mesmo com os avanços de tropas russas na Ucrânia, os índices em Wall Street fecharam com ganhos significativos e deram impulso à Bolsa brasileira. O Ibovespa fechou em alta de 1,39%, aos 113.141 pontos, o volume financeiro ficou em R$ 39,3 bilhões.

Na semana, o índice acumulou alta de 0,23% e, no mês, de 0,88%. Rodrigo Franchini, sócio da Monte Bravo Investimentos, explica que a reação amena das Bolsas em relação à situação de guerra na Ucrânia tem a ver com as sanções anunciadas até agora, vistas como não tão relevantes.

“Os sinais de que os Estados Unidos não vão entrar na guerra aliviou o temor do mercado”, explica. A Casa Branca voltou a dizer hoje que não vai enviar tropas à Ucrânia e se colocar numa guerra. Porém, vale lembrar que EUA e aliados suspenderam negociações financeiras com a Rússia, bloqueando transações com bancos do país.

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A Casa Branca disse, mais cedo, que retirar a Rússia do Swift, o sistema ocidental de pagamentos, continua sendo uma opção.

Os investidores vão continuar acompanhando a escalada de tensões na comunidade internacional enquanto os russos marcham território ucraniano adentro. Há dúvidas se o conflito armado vai se estender a outros territórios ou ficará restrito à Ucrânia.

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Para Franchini, a Bolsa brasileira termina o mês próxima da pontuação justa. “Quando a Bolsa chega em um preço justo e ela começa a esperar indicadores econômicos mais fortes ou notícias muito positivas para subir de novo”, afirma Franchini.

A maior alta do Ibovespa foi a ação da CSN (CSNA3), que avançou 6,81%. Em seguida, 3R Petroleum (RRRP3) e Vale (VALE3), com alta de 5,64% e 5,41%, respectivamente. A mineradora, que divulgou resultados hoje, teve uma sessão de forte volatilidade, e chegou a operar em queda no período da manhã.

Entre as maiores quedas, Qualicorp (QUAL3) encabeçou a lista pelo segundo dia consecutivo, recuando 7,15%. Em seguida, vieram Locaweb (LWSA3), em queda de 6,90%, e CCR (CCRO3), recuando 5,24%.

O dólar conseguiu emplacar um segundo dia de alta. A moeda americana subiu 0,99%, a R$ 5,155 na compra e R$ 5,156 na venda. Assim, conseguiu acumular um saldo positivo de 0,29% na semana. No mês, porém, o dólar acumulou queda de 2,84%.

Os juros futuros terminaram a sessão estendida em mais um dia de alta: DIF23, estável, a 12,44%; DIF25, +0,08 pp, a 11,42%; DIF27, + 0,08 pp, a 11,32%; DIF29, +0,05 pp, a 11,46%

Em Nova York, as Bolsas se recuperaram e fecharam em forte alta: Dow Jones subiu 2,51%, aos 34.058 pontos; S&P 500 avançou 2,24%, a 4.384 pontos; e a Nasdaq fechou em alta de 1,64%, a 13.694 pontos.

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Mitchel Diniz

Repórter de Mercados