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A histórica atualização da rede Ethereum, chamada de “Merge” (fusão, em português), pode mudar a maneira como o token nativo ETH é usado, afirma Lex Sokolin, economista-chefe de protocolos descentralizados da empresa de software ConsenSys.
“Muitas pessoas vão fazer staking de seu ETH no protocolo para garanti-lo”, disse Sokolin em uma entrevista ao CoinDesk na segunda-feira (12). “Isso, de certa forma, inevitavelmente transformará pelo menos algum ETH em uma reserva de valor dentro da rede.”
Espera-se que o Ethereum faça a transição do mecanismo de prova de trabalho (proof-of-work, ou PoW) para a prova de participação (proof-of-stake, ou PoS), considerada mais rápida e ecológica, entre quarta (14) e quinta-feira (15).
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Sokolin, que se concentra em áreas de finanças descentralizadas (DeFi) e organizações autônomas (DAOs), disse que o uso do Ethereum como garantia no DeFi sugere que existem aqueles que “certamente apoiam o ETH como uma reserva de valor, um tipo de ativo estável”.
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Sokolin acrescentou que o ETH não está apenas “sendo usado para alimentar o protocolo”, mas também muitas vezes como “uma unidade de conta para todos os tipos de bens e NFTs dentro da Web 3.0”. Os NFTs (sigla em inglês para tokens não-fungíveis) dão aos colecionadores a propriedade dos itens digitais que compraram.
Assista: Tudo o que você precisa saber sobre o momento do Merge do Ethereum
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“Ele tem essas duas funções”, disse Sokolin. “A função do dinheiro sólido, bem como a função de reserva de valor.” No curto prazo, Sokolin prevê que a taxa de crescimento do ETH será maior que a do Bitcoin (BTC).
“O que eu ficaria animado em relação ao Bitcoin seria ver mais BTC incorporado à Web 3.0, provavelmente por meio de bridging ou wrapping”, disse Sokolin. “E se pudesse ser usado como garantia dentro da Web 3.0, seria ainda mais poderoso.”
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