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Day Trade ou Buy and Hold? Perspectiva de ganho tem que ser no longo prazo, dizem especialistas

Como aliar day trade à visão de longo prazo? Especialistas debateram o tema durante o 1º Sociedade do Gain

Equipe InfoMoney

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Apesar de parecerem distintas, as estratégia de day trade (compra e venda de ações ou minicontratos no mesmo dia) e buy and hold (quando o investidor mantém o ativo por meses ou anos) têm algo em comum: a busca por ganhos consistentes no longo prazo, destacam especialistas do mercado financeiro.

“Mesmo com operações de curto prazo, o day trader deve ter uma visão de longo prazo nos ganhos”, disse Renan Rossa, trader que adaptou para seu uso a metodologia do Price Action, ao comentar os aspectos em comum entre o trader e o holder (investidor que permanece por um período maior de tempo posicionado em um ativo).

Enquanto isso, o professor da B3, Eduardo Becker, defensor do buy and hold, ressaltou a importância dos investimentos de longo prazo e da diversificação da carteira para mitigar riscos. Ele não criticou a operação de day trade em si, mas sim a maneira como muitos a conduzem, destacando a necessidade do controle emocional e de uma análise criteriosa.

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As declarações dos especialistas aconteceram durante o 1º dia da Sociedade do Gain, evento online e gratuito, que acontece até o dia 28 de fevereiro.

Gestão de risco

Para ganhos perenes um fator é essencial, concordam eles: a gestão de risco. Becker destacou que, mesmo com experiência de mercado, é possível cometer erros, especialmente em períodos de turbulência (como aconteceu durante a pandemia) e enfatizou a importância da humildade e da adaptação.

Em meio à pandemia, os mercados financeiros perderam a referência, deixando os investidores em um estado de constante ansiedade e incerteza. Becker contou que se “afobou”, nessa época, e “gastou” os seus recursos, destinados ao trader, antes do tempo – perdendo oportunidades mais adiante.

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Becker pontuou ainda que o day trade pode expor os investidores a um maior risco devido à sua natureza de curto prazo. Para mitigar esse risco, ele defende a diversificação da carteira. “O holder diversifica para mitigar o risco, ou seja, ele tem vários papéis na carteira para proteger de grandes perdas.”

Rossa destacou, contudo, que o risco está “embutido”, seja no curto ou no longo prazo. “Investir é um risco, fazer trade é um risco. Agora, precisamos usar isso para produzir um ambiente saudável de investimentos”, disse Rossa, enfatizando a necessidade de profissionalização e controle emocional.

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Iniciantes

Em relação aos iniciantes, os especialistas concordam que a incapacidade de aceitar perdas é um dos principais problemas. Rossa ressaltou a importância de aprender com os erros e de se adaptar, enquanto Becker reforçou a necessidade da humildade para reconhecer quando uma estratégia não está funcionando.

“Tem gente que quer chegar agora e acertar o grande trade, quer fazer o dinheiro da vida (em uma operação)”, disse Rossa, ressaltando que é “impossível”, mesmo entre os mais experientes, prever o comportamento do mercado.

“Podemos usar alguma ferramenta para conseguir entender o risco de uma determinada operação montada, mas nunca vamos saber o comportamento do próximo candle”, disse o trader.

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Conforme Becker, em relação às ferramentas, ele pontuou que os fundamentos das empresas ajudam a entender os movimentos no longo prazo, enquanto o price action pode ajudar nos efeitos.

No que diz respeito às estratégias específicas, Becker revelou sua abordagem de “fazer dinheiro” com operações de swing trade e opções, ao mesmo tempo em que investe em ativos para o longo prazo.

Por sua vez, Rossa mencionou sua transição de investimentos conservadores em renda fixa para operações mais arrojadas, buscando maximizar a rentabilidade.

(Bruno Nadai)