CSN lucra R$ 1,13 bilhão no 4º trimestre, queda de 36%, e outros balanços; IRB muda comando e mais destaques

Confira os destaques do noticiário corporativo desta quinta-feira (5)

Equipe InfoMoney

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A CSN divulgou na manhã de hoje seu balanço do quarto trimestre de 2019 e do ano passado inteiro. A CSN informou que obteve um crescimento de 8% na receita líquida do quarto trimestre de 2019, que foi de R$ 6,5 bilhões, ante os R$ 6,05 bilhões de igual trimestre do ano anterior.

A Arezzo (ARZZ3), rede varejista de moeda feminina, publicou balanço na noite de ontem e informou um lucro líquido de R$ 59,4 milhões no quarto trimestre de 2019. Houve uma expansão de 50,6% sobre igual período do ano anterior. No fechamento de 2019, o lucro líquido avançou menos, 16,9% sobre 2018, para R$ 162,1 milhões. A empresa intensificou sua abertura de franquias, chegando a 737 pontos de venda no Brasil e no exterior.

Já a CTEEP – Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (TRPL4) comunicou ontem que obteve um lucro líquido de R$ 1,77 bilhão em 2019. Já a resseguradora IRB Brasil anunciou mudança da cúpula após a forte queda das ações na véspera.

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IRB (IRBR3

O IRB Brasil anunciou na noite da última quarta que Werner Suffert é o novo vice-presidente Executivo, Financeiro e de Relações com Investidores da companhia. O executivo, que ocupou o posto de CFO e diretor de Relações com Investidores da BB Seguridade (BBSE3) pelos últimos seis anos, também assume a posição de CEO interinamente, até a nomeação de um profissional para a função. Veja mais clicando aqui. 

Suffert foi eleito pelo Conselho de Administração da companhia após as saídas de José Carlos Cardoso, presidente, e Fernando Passos, até então vice-presidente Executivo, Financeiro e de Relações com Investidores, ocorridas nesta quarta. Ambos apresentaram suas cartas-renúncia, que foram aceitas pelo Conselho de Administração da companhia.

“Werner é um profissional extremamente qualificado, reconhecido e reputado pela sua trajetória, que será fundamental para a boa relação do IRB Brasil com os acionistas e mercados em geral”, disse Pedro Guimarães, presidente interino do Conselho de Administração do IRB em comunicado ao mercado.

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Leia também: IRB perde R$ 8,4 bi com nova polêmica envolvendo empresa de Buffett – mas isso não é o pior para a companhia

As ações do IRB chegaram a registrar forte baixa de mais de 40% apenas no pregão de quarta. Na mínima do dia, caíram 41,75%, a R$ 16,31, representando uma perda de R$ 10,9 bilhões de valor de mercado; a ação fechou em baixa de 31,96%, a R$ 19,05. Assim, a perda de valor de mercado foi menor, de R$ 8,37 bilhões.

A perda refletiu o imbróglio que envolve a Berkshire Hathaway, veículo de investimentos do lendário megainvestidor Warren Buffett. Na noite da última terça-feira (3), a Berkshire emitiu comunicado negando possuir qualquer participação acionária na resseguradora. De acordo com a nota, a companhia de Buffett nunca foi acionista e nem tem intenção de comprar ações do IRB.

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A nota foi enviada após uma notícia do dia 27 de fevereiro, publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, de que a Berkshire, que já seria acionista do IRB, teria triplicado sua posição na resseguradora. Repercutindo a reportagem, naquela sessão, os papéis do IRB chegaram a disparar 9%, encerrando o pregão com ganhos de 6,66%.

Em comunicado, contudo, a Berkshire foi categórica ao afirmar que não tem a intenção de investir na empresa: “Foram publicadas recentemente matérias na imprensa brasileira de que a Berkshire Hathaway é uma acionista do IBR Brasil Re. Essas matérias são incorretas. A Berkshire Hathaway não é acionista do IRB atualmente, nunca foi acionista do IRB e não tem a intenção de se tornar um acionista do IRB”.

Logo após a Berkshire publicar sua nota, o IRB enviou um comunicado em que afirma que verificou, em 27 de fevereiro, que a empresa de Buffett não era acionista detentora de mais de 5%, quando é necessária, pela lei, dar publicidade; a companhia apontou ainda que “nunca afirmou que tal grupo fosse seu acionista”.

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Essa foi a grande questão que mexeu no mercado. Afinal, no dia anterior, o IRB havia realizado uma conferência com analistas de mercado, com a participação de José Carlos Cardoso e Fernando Passos, na qual eles teriam afirmado que o grupo de Buffett teria, sim, participação na companhia. A confusão fez com que casas de análise como o BofA colocassem a sua recomendação em revisão e o Citi a cortasse de compra para neutra.

O Credit Suisse destacou que a notícia é positiva, uma vez que a mudança na gestão é um passo importante para restaurar a credibilidade da companhia.

CSN (CSNA3)

A CSN divulgou na manhã de hoje seu balanço do quarto trimestre de 2019 e do ano passado inteiro. A CSN informou que obteve um crescimento de 8% na receita líquida do quarto trimestre de 2019, que foi de R$ 6,5 bilhões, ante os R$ 6,05 bilhões de igual trimestre do ano anterior.

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Segundo a empresa, a receita líquida cresceu porque aumentaram as vendas de minério de ferro. No quarto trimestre de 2019, a CSN registrou lucro líquido de R$ 1,13 bilhão. O resultado foi relativamente positivo, no terceiro trimestre de 2019 a empresa teve prejuízo de 871 milhões. Mas na comparação ao quarto trimestre de 2018, o lucro líquido teve uma queda de 36%, já que naquele período a siderúrgica lucrou R$ 1,7 bilhão.

Para o ano inteiro de 2019, a CSN teve lucro líquido recorrente de R$ 2,2 bilhões. Novamente, a comparação com 2018 é negativa, porque em 2018 a siderúrgica lucrou R$ 5,2 bilhões. Assim, em 2019 o lucro líquido teve uma retração de 57%.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) cresceu 1% no quarto trimestre de 2019 (sobre o 4TRI de 2018) para R$ 1,56 bilhão. Já a dívida líquida da siderúrgica avançou 2% no quarto trimestre do ano passado, para R$ 27,1 bilhões. A relação dívida líquida sobre o Ebitda caiu de 4,5 vezes (4,5x) no final de 2018 para 3,7 vezes (3,7x) no final de 2019. Houve melhora, mas a avalancagem da siderúrgica de Volta Redonda (RJ) permanece alta.

De qualquer maneira, a empresa afirma que melhorou seu capital de giro no quarto trimestre de 2019. Os prazos médios para pagamentos aumentaram em 6 dias, enquanto os prazos médios para recebimentos foram diminuídos em 2. O ciclo financeiro foi reduzido em 15 dias, de 48 dias no final de 2018 para 33 dias no final de 2019.

Houve forte avanço no segmento da mineração, que passou de uma receita líquida de R$ 1,8 bilhão no quatro trimestre de 2018 para R$ 2,5 bilhões no final do ano passado, representando 39% do faturamento líquido da CSN. A siderurgia caiu de R$ 3,7 bilhões para R$ 3,3 bilhões no período, mas ainda representa 52% da receita líquida da empresa.

Arezzo (ARZZ3)

A varejista Arezzo, de moda feminina, informou ontem em balanço um lucro líquido de R$ 59,4 milhões no quarto trimestre de 2019, um crescimento de 50,6% sobre igual período do ano anterior. O lucro líquido da Arezzo em 2019 foi de R$ 162,1 milhões. Houve crescimento de 16,9% sobre 2018. A receita líquida avançou 13,4% para R$ 467,7 milhões no quarto trimestre do ano passado, sobre 2018. O lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) teve crescimento de 32,8% no período, sobre o último trimestre de 2018, para R$ 85,1 milhões.

A Arezzo informou que abriu 37 lojas no quarto trimestre de 2019 e 67 lojas durante 2019. A empresa informou que no fim de 2019 atingiu a marca de 737 lojas no Brasil e no exterior (15 unidades) das suas várias marcas, das quais 693 eram franquias. A dívida total da Arezzo cresceu de R$ 111 milhões no quarto trimestre de 2018 para R$ 180 milhões no final de 2019. A alavancagem informada pela companhia era de 0,4 vezes (0,4x). A empresa publicou que R$ 158 milhões, ou 87% da dívida, vencem no curto prazo.

Transmissão Paulista (TRPL4

A Companhia de Transmissão Energia Elétrica Paulista – CTEEP (TRPL4), informou ontem um lucro líquido de R$ 1,77 bilhão em 2019, resultado um pouco menor que o apurado em 2018, quando lucrou R$ 1,89 bilhão. O faturamento bruto da empresa cresceu de R$ 3,1 bilhões em 2018 para R$ 3,3 bilhões em 2019. A CTEEP é uma transmissora que tem como controladores a companhia ISA da Colômbia e a Eletrobras (ELET3). A empresa transmite quase 80% da energia elétrica do Estado de São Paulo e 60% da energia consumida no Sudeste do Brasil.

Randon (RAPT4)

A Randon, gigante gaúcha de implementos rodoviários e autopeças, divulgou na manha de hoje o balanço consolidado do quarto trimestre de 2019 e do ano passado inteiro. A receita líquida da Randon cresceu 6% no quarto trimestre de 2019, para R$ 1,28 bilhão. O lucro líquido avançou 49,2% no quarto trimestre do ano passado, sobre igual período de 2018, para R$ 52,8 milhões. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) cresceu 23,9% no quarto trimestre de 2019, sobre igual período do ano anterior, para R$ 157,1 milhões. Os resultados de 2019 fechado também mostraram um forte avanço financeiro.

A receita líquida avançou 19,5% em 2019 para R$ 5,09 bilhões, enquanto o lucro líquido cresceu 63,2% para R$ 247,6 milhões. O Ebitda em 2019 foi de R$ 729,1 milhões, uma expansão de 33,5% sobre 2018. Segundo a Randon, em 2019 ocorreu a recuperação das vendas de semirreboques (carretas) no mercado interno brasileiro.

Durante 2019, a empresa vendeu 63.437 semirreboques (carretas) no mercado interno, um avanço de 42,3% sobre 2018. A venda de pastilha de freios da sua subsidiária Fras-le cresceu 22,2% para 750 mil unidades em 2019. Mas pastilha de freio é produto barato, em comparação a semirreboque. A venda de carroçarias para caminhões médios e pequenos, outro produto de alto valor agregado, avançou 33,4% em 2019 para 101.335 unidades. O encarroçamento de ônibus avançou 38,8% para 20.932 unidades. O guidance para 2020 é positivo, com um cenário positivo para implementos rodoviários no Brasil. A dívida líquida da Randon é baixa, pelo tamanho da empresa, e caiu em 2019 para R$ 867 milhões, de R$ 1,1 bilhão no fim de 2018. A relação dívida líquida sobre Ebitda caiu de 1,97 vezes (1,97x) no fim de 2018 para 1,26 vezes (1,26x) no final de 2019.

Engie (EGIE3)

A Engie Brasil comunicou que sua controladora, a Engie Transmissão, concluiu a aquisição da Sterlite Novo Estado Energia S.A. por R$ 410 milhões. A Engie informou que pagou R$ 360 milhões na empresa na quarta-feira e os R$ 50 milhões restantes serão pagos quando forem cumpridas certas condições no contrato.

A Sterlite Power é uma empresa da Índia que atua no Brasil há poucos anos. Em 2017, a empresa venceu um leilão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para construir 1.800 quilômetros de linhas de transmissão nos Estados do Pará e do Tocantins, na região Norte, bem como subestações de energia. Todos os projetos passam agora para a Engie.

BR Distribuidora (BRDT3)

Privatizada há oito meses, a BR Distribuidora terá a partir dessa semana uma nova identidade. A mudança de visual dos seus 7,7 mil postos deve se estender pelos próximos cinco anos e consumir R$ 1 bilhão em investimentos, cifra que será rateada entre a empresa e seus franqueados.

A transformação começa amanhã em cinco capitais das quatro regiões do País e no Distrito Federal – Belém (PA), Brasília (DF), João Pessoa (PB), Porto Alegre (RS) e Rio de Janeiro (RJ). Em seguida, será lançada uma campanha publicitária para comunicar ao grande público o que a empresa planeja ser daqui para frente.

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