Bitcoin perde os US$ 44 mil com dado de inflação dos EUA, Fitch corta rating de El Salvador e token do Axie Infinity explode 260%

Rússia desiste de banir criptomoedas e adota postura positiva rumo a uma regulação do setor

Paulo Barros CoinDesk

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Em nova semana de volatilidade, o Bitcoin (BTC) volta a cair na manhã desta quinta-feira (10) após divulgação do dado de inflação ao consumidor dos Estados Unidos relativo à janeiro, que veio acima do esperado: alta 0,6%, ante o projetado de 0,4%. Avanço anual é de 7,5%, o maior desde 1982.

Às 11h04, a criptomoeda era negociada a US$ 43.379, em queda de 3,7% em uma hora. Em 24 horas, as perdas são de aproximadamente 1,5%.

A inflação mais aguda aumenta o receio de que os EUA acelerem o ritmo de alta da taxa de juros, medida que costuma afetar diretamente ativos mais arriscados, como ações e criptomoedas. Em relatório divulgado nesta semana, o Bank of America reforçou que o Bitcoin vem sendo negociado como ativo de risco, e não de proteção contra inflação.

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Mais cedo, a moeda digital mostrava resiliência e evitava uma queda maior após a notícia de que US$ 3,6 bilhões em BTC apreendidos pelas autoridades dos EUA podem ser despejados no mercado a qualquer momento.

O Bitcoin se sustentava no anúncio de que a Rússia não vai mais banir as criptos no país e, em vez disso, pretende regular o setor com apoio do banco central.

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Segundo analistas, a expectativa de que a Rússia reconheça o Bitcoin de alguma forma como moeda seria capaz de devolver otimismo ao mercado. Às 7h15, a criptomoeda era negociada a US$ 44.492, em alta de 2,3% em 24 horas e de 20,4% em uma semana.

“O que torna essa decisão ainda mais importante é que o banco central também está a bordo”, escreveu em nota Edward Moya, analista sênior de mercado da Oanda. “A Rússia parece pronta para reconhecer as criptomoedas como uma forma de moeda. Sempre que um país que muito Bitcoin adota criptos [oficialmente], isso é uma ótima notícia para o criptoverso.”

O banco central russo chegou a defender o banimento total da mineração e negociação de criptomoedas no país, mas a autoridade monetária parece ter mudado de ideia. A notícia veio logo após a Índia também desistir de bater de frente com as criptos e anunciar nova regulação para ativos digitais.

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Por outro lado, El Salvador segue tendo problemas após adotar o Bitcoin como moeda oficial. Em novo revés, a agência de classificação de risco Fitch anunciou mais um corte no rating do país, de B- para CCC (leia mais abaixo).

Além disso, as discussões na Europa sobre a possível proibição da mineração se intensificam com a pressão da Suécia, que teme que a energia renovável seja revertida para a criptomoeda em vez de usada pelos cidadãos em geral.

Ainda sim, Moya apontava que a medida positiva do governo russo seria mais preponderante para o mercado, deixando o investidor confortável para intensificar aportes em altcoins, como o Ethereum (ETH), que subia 3,8%, para US$ 3.231, e liderava os ganhos entre as 10 maiores criptos por valor de mercado nesta manhã.

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No ranking mais amplo, considerando os 100 principais criptoativos, o destaque por larga margem era o Smooth Love Potion (SLP), token do jogo Axie Infinity (AXS) que foi catapultado com o corte na emissão após reformulação na economia do jogo. O ativo disparava 40% em 24 horas e, na semana, já acumulava ganhos de 260%.

Na sequência aparecia o Flow (FLOW) token que saltava 15% após ser a blockchain escolhida para o lançamento do jogo oficial das Olimpíadas de Inverno de Pequim.

Na ponta negativa, o pior desempenho era do UNUS SED LEO (LEO), que a corretora Bitfinex usará para ressarcir vítimas do hack de 2016. Após disparar mais de 50% ontem, a criptomoeda corrigia 10% nas primeiras horas do dia. Na semana, o ativo ainda acumulava valorização de mais de 60%.

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Confira o desempenho das principais criptomoedas às 7h15:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Bitcoin (BTC) US$ 43.379,23 -1,5%
Ethereum (ETH) US$ 3.108,76 -2,4%
Binance Coin (BNB) US$ 411,57 -2,4%
XRP (XRP) US$ 0,844207 -4,2%
Cardano (ADA) US$ 1,16 -4,1%

As criptomoedas com as maiores altas nas últimas 24 horas:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Smooth Love Potion (SLP) US$ 0,03613818 +47,3%
Theta Network (THETA) US$ 3,86 +12,9%
Theta Fuel (TFUEL) US$ 0,222442 +7,2%
Celsius Network (CEL) US$ 3,28 +5,8%
Secret (SCRT) US$ 6,72 +4,1%

As criptomoedas com as maiores quedas nas últimas 24 horas:

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Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Leo Token (LEO) US$ 6,23 -12,4%
Loopring (LRC) US$ 1,01 -8,8%
Kadena (KDA) US$ 8,63 -9,4%
Decentraland (MANA) US$ 3,14 -7,8%
Uniswap (UNI) US$ 11,51 -7,7%

Confira como fecharam os ETFs de criptomoedas no último pregão:

ETF Preço Variação
Hashdex NCI (HASH11) R$ 42,99 +0,91%
Hashdex BTCN (BITH11) R$ 56,20 +1,04%
Hashdex Ethereum (ETHE11) R$ 50,26 +2,15%
QR Bitcoin (QBTC11) R$ 14,73 -0,27%
QR Ether (QETH11) R$ 12,45 +2,89%

Veja as principais notícias do mercado cripto desta quinta-feira (10):

Fitch rebaixa rating de El Salvador para CCC pouco antes de emissão de títulos de Bitcoin

A agência de classificação de risco Fitch rebaixou o rating padrão de emissor de moeda estrangeira de longo prazo (IDR) de El Salvador de B- para CCC. A decisão ocorre semanas antes de o país começar a emitir seu título de Bitcoin.

O rebaixamento reflete “maior risco decorrente de maior dependência de dívidas de curto prazo, escopo limitado para financiamento adicional no mercado local, acesso incerto a financiamento multilateral e financiamento de mercado externo devido aos altos custos de empréstimos”, disse a Fitch em relatório na quarta-feira (9).

O país centro-americano precisa de US$ 1,2 bilhão para amortizar sua dívida externa em 2023, com US$ 800 milhões vencendo em janeiro, observou a Fitch. A agência também disse que o país enfrenta um déficit de US$ 1,2 bilhão em 2022, que subiria para US$ 2,5 bilhões em 2023.

“Há um alto grau de incerteza em torno de outras fontes de financiamento externo, como financiamento multilateral adicional, dadas as dúvidas em torno de um programa do FMI, bem como a capacidade de emitir “títulos lastreados em Bitcoin”, disse a Fitch.

BlackRock se prepara para lançar serviço de negociação de criptomoedas

A BlackRock, maior gestora de ativos do mundo, está se preparando para oferecer um serviço de negociação de criptomoedas a seus clientes, segundo apurado pelo CoinDesk com três pessoas que conhecem os planos de perto. A BlackRock se recusou a comentar.

A empresa com sede em Nova York, que administra mais de US$ 10 trilhões em ativos para instituições, planeja entrar no setor de criptomoedas com “suporte ao cliente para negociação e depois com sua própria linha de crédito”, disse uma das pessoas. Em outras palavras, os clientes poderiam pedir emprestado à BlackRock oferecendo criptoativos como garantia.

Uma das fontes afirmou que a BlackRock permitirá que seus clientes – que incluem fundos de pensão, doadores e fundos soberanos – negociem criptomoedas por meio da Aladdin (sigla em inglês para Ativo, Passivo, Dívida e Rede de Investimentos Derivativos), sua plataforma de gestão integrada de investimentos. Ainda não está claro quando o serviço poderia ser lançado.

Fusões e aquisições de empresas cripto dispararam quase 5.000% em 2021

O dinheiro movimentado por negociações de fusão e aquisição de empresas que atuam na indústria de criptoativos disparou 4.846% em 2021, mostra um relatório da PwC.

Em média, o valor das transações saltou de US$ 52,7 milhões para US$ 179,7 milhões de 2020 para 2021. O crescimento foi impulsionado principalmente por negócios envolvendo SPACS.

As companhias que mais investiram no setor foram AU21, Genesis Block Ventures, Genblock Capital, Coinbase Ventures e Moonwhale.

Na opinião do analista Henri Arslanian, da PwC, o investimento em empresas cripto não dá sinais de que irá parar tão cedo, ponderando que alguns valuations alcançam cifras “por vezes difíceis de serem justificadas”.

Ex-executivo do TikTok assume na brasileira BAYZ, focada em jogos play-to-earn

A BAYZ, uma organização focada em jogos play-to-earn anunciou o ex-head de parceria de games do TikTok, Gui Barbosa, como diretor geral.

Ele supervisionará as operações de negócios, incluindo parcerias, marketing, conteúdo e gestão de talentos.

“Blockchain e organizações descentralizadas são a próxima evolução da tecnologia e domínio da web”, afirma Gui Barbosa em nota.

“Como gamer de longa data, acredito na missão da BAYZ de integrar indivíduos ao metaverso por meio de conteúdo educacional e ajudar a capacitá-los em torno das oportunidades de participar da economia blockchain”, completa.

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Paulo Barros

Editor de Investimentos