Bitcoin vai a US$ 58 mil, fundos recebem US$ 225 milhões e mais assuntos que vão movimentar o mercado de criptos hoje

Criptomoeda atinge nível que não era visto desde o dia 9 de maio após novo indicativo da volta do investimento institucional

Paulo Barros

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SÃO PAULO – Em dia de bolsa parada no Brasil, o Bitcoin (BTC) segue movimento de alta que já dura cerca de três semanas e voltar a tocar em US$ 58 mil, nível que não era atingido desde o dia 9 de maio, pouco depois da máxima histórica próxima de US$ 65 mil em abril.

O preço foi atingido por volta das 3h, emendado com ligeira queda que leva o criptoativo de volta para a faixa dos US$ 57,113 às 7h, em leve alta de 0,6% no dia e de 15,6% na semana.

Segundo a empresa de investimento CoinShares, a nova alta coincide mais uma vez com o aumento no ritmo de compra de cotas de fundos de Bitcoin, produtos que costumam ser usados por capital institucional para ganhar exposição a esta classe de ativos.

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Por outro lado, o movimento positivo não atinge demais criptomoedas mais bem posicionadas no ranking por valor de mercado, com Ethereum (ETH), Cardano (ADA), Binance Coin (BNB) e Ripple (XRP) passando por perdas nesta manhã.

A que leva a pior no momento, no entanto, é a desconhecida Arweave (AR), que alimenta um protocolo de armazenamento descentralizado e cai mais de 16% nas últimas 24 horas. Além dela, pelo menos outras 13, incluindo dYdX (DYDX) e THORChain (RUNE), que reativou sua exchange descentralizada (DEX), registram queda de dois dígitos no momento.

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Na contramão está o Bitcoin Cash ABC (BCHA), que recentemente mudou de nome para eCash (XEC) e sobe mais de 13% no dia. Além disso, a meme coin Shiba Inu (SHIB) avança 2,6% após correção que seguiu disparada de 400% em poucos dias.

Confira o desempenho das principais criptomoedas às 7h:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Bitcoin (BTC) US$ 57.113 +0,6%
Ethereum (ETH) US$ 3.445 -4%
Cardano (ADA) US$ 2,09 -6,3%
Binance Coin (BNB) US$ 397 +0,4%
XRP (XRP) US$ 1,08 -7,5%

As criptomoedas com as maiores altas nas últimas 24 horas:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Bitcoin Cash ABC (BCHA) US$ 211,83 +13,1%
Waves (WAVES) US$ 29,83 +3,8%
eCash (XEC) US$ 0,00022537 +7,2%
Shiba Inu (SHIB) US$ 0,00002937 +2,6%
Mdex (MDX) US$ 1,63 +0,8%

As criptomoedas com as maiores baixas nas últimas 24 horas:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Arweave (AR) US$ 52,81 -16,7%
IOTA (MIOTA) US$ 1,30 -14%
dYdX (DYDX) US$ 21,62 -12,1%
THORChain (RUNE) US$ 6,92 -12,2%
Harmony (ONE) US$ 0,210939 -12,1%

Confira como fecharam os ETFs de criptomoedas no último pregão:

ETF Preço Variação
Hashdex NCI (HASH11) R$ 54,74 +2,51%
Hashdex BTCN (BITH11) R$ 76,80 +5,71%
Hashdex Ethereum (ETHE11) R$ 58,00 -3,81%
QR Bitcoin (QBTC11) R$ 20,35 +6,99%
QR Ether (QETH11) R$ 14,35 -1,37%

Veja as principais notícias do mercado cripto desta terça-feira (12):

Fundos de Bitcoin miram recorde após entrada de US$ 225 milhões em uma semana

Fundos dos EUA que investem em Bitcoin registraram a terceira semana consecutiva de saldo positivo nos fundos geridos após nova entrada de US$ 226 milhões de dólares. Os dados estão em um novo relatório da firma de investimento CoinShares, divulgado nesta terça-feira (12).

Segundo o levantamento, fundos da criptomoeda receberam US$ 225 milhões enquanto o preço da criptomoeda subia mais de 12% na semana e atingia cerca de US$ 54 mil. O valor é mais do que o dobro do identificado na primeira semana de outubro, quando fundos de BTC cresceram US$ 90 milhões. Já na última semana de setembro, o valor chegou a US$ 95 milhões.

A somatória das entradas nos fundos de Bitcoin já chega a US$ 638 milhões, valor próximo à máxima de todos os tempos registrada nos relatórios da CoinShares, o que se torna mais um indicativo da volta do investidor institucional aos criptoativos como aposta para driblar a inflação.

A CoinShares monitora as entradas e saídas em vários veículos de investimento importantes do setor de criptomoedas, incluindo ETFs e produtos OTC relacionados. Além do Bitcoin, os aportes estão crescendo em produtos de Solana (SOL) e Cardano (ADA), que registraram, respectivamente, saldo de US$ 12,5 milhões e US$ 3 milhões na semana. Por outro lado, fundos de Ethereum (ETH), que vinham sendo os preferidos dos investidores até mês passado, perderam US$ 14 milhões.

Plataforma de NFTs Sorare é alvo investigação no Reino Unido

A Sorare, uma plataforma que comercializa cards de fantasy game de futebol no formato de tokens não-fungíveis (NFT), está sendo investigada no Reino Unido por supostamente operar um negócio de apostas sem possuir as licenças devidas.

A Comissão de Apostas do Reino Unido disse em nota que o site pode estar operando à margem das normas que regulam o setor e aconselha consumidores a “considerar essas informações ao decidir se devem ou não interagir com a parte”. A empresa não se pronunciou sobre o assunto.

A Sorare coleciona parcerias com diversos clubes de peso no futebol mundial, como Real Madrid e Barcelona, além da seleção da França. No Brasil, Atlético Mineiro e Corinthians já fecharam contrato de licenciamento de marca para comercializar itens digitais no site.

ETF brasileiro 100% Bitcoin dobra valor da cota

O QBTC11, ETF da QR Capital que investe totalmente em Bitcoin, atingiu na segunda-feira (11), o dobro do preço inicial de mercado. Lançado no dia 23 de junho a R$ 10, o fundo de índice bateu a marca de R$ 20 e já acumula R$ 192,90 milhões em ativos sob gestão.

Para Fernando Carvalho, CEO da QR Capital, a aceitação do mercado ao ETF comprova que o acesso descomplicado ao Bitcoin era uma necessidade real dos investidores: “Oferecer exposição segura e acessível de qualquer home broker a essa classe de ativos realmente abriu portas para os investidores, tanto de varejo quanto institucionais. Sendo um produto líquido e
descorrelacionado, o QBTC11 é uma forma de diversificação de portfólio”, explica Carvalho.

O QBTC11 foi primeiro ETF 100% Bitcoin da América Latina e compõe o conjunto de cinco ETFs de criptomoedas disponíveis atualmente na B3 junto com o QETH11, produto da QR que investe em Ethereum, além de BITH11, ETHE11 e HASH11, da Hashdex.

Mercado Bitcoin investe US$ 2 milhões em marketplace brasileiro de NFT

A Tropix, marketplace de obras digitais em formato NFT recebeu um aporte financeiro de US$ 2 milhões dois meses após seu lançamento. O investimento foi liderado pelo Grupo 2TM, holding controladora da corretora de criptomoedas Mercado Bitcoin, e contou com a participação da Mago Capital e de investidores individuais, como Pedro Tourinho, fundador da Map Brasil e Soko, Marcelo Sampaio, da Hashdex, Cesar Villares, da Go4it Capital, e Guilherme Weege, do grupo Malwee.

No pouco tempo de operação, a plataforma registra vendas de 70 obras de artistas brasileiros e conta com 20 galerias, como Zipper, Verve e Leme, e 250 lançamentos planejados.

“O que estamos construindo é uma grande ferramenta para cartórios e órgãos validadores como galerias ou até o Ecad, para controlar melhor suas posses e propriedades”, diz Daniel Peres Chor, herdeiro do grupo Multiplan e fundador da Tropix.

Com o aporte, a empresa vai abrir 40 vagas em diversas áreas, como marketing, operações e tecnologia, e espera aumentar o portfólio para mais 50 galerias até o final do ano, visando o mercado internacional. Segundo a 2TM, a decisão faz parte do do plano de investimentos proveniente da rodada de US$ 200 milhões do SoftBank que transformou a companhia em um unicórnio, no início de julho.

Transações na Polygon despencam após aumento das taxas de rede

O volume de transações da blockchain Polygon (MATIC), que funciona como funil de descongestionamento do Ethereum, despencou de mais de 6 milhões no início deste mês para cerca de 3,2 milhões na segunda-feira (11).

O recuo na atividade vem após os desenvolvedores anunciarem medida para aumentar as taxas de rede de modo a combater as chamadas transações spam, que sobrecarregam a plataforma com operações inúteis. Desde então, os valores cobrados chegaram a aumentar 2.900%.

Mas, o encarecimento das taxas, apesar de ainda deixar o preço na casa das frações de dólar, parece ter também desencorajado o usuário comum que via na Polygon uma alternativa de baixíssimo custo para utilizar protocolos de finanças descentralizadas (DeFi).

Vale lembrar que os custos da Polygon seguem muito abaixo do Ethereum, que cobra no momento cerca de US$ 20 para uma transação com criptomoeda no padrão ERC-20, ou mais de US$ 50 para executar contratos inteligentes em soluções DeFi.

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Paulo Barros

Editor de Investimentos