Bitcoin perde os US$ 50 mil em dia de correção e mais assuntos que vão movimentar o mercado de criptos hoje

Rali que chegou a recuperar a metade das perdas do fim de semana esfria, com nível de US$ 50 mil no radar dos investidores

Paulo Barros

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O dia é de correção no mercado de criptomoedas após um rali que chegou a recuperar cerca da metade do que havia sido perdido na queda brusca de ativos digitais no último final de semana. O Bitcoin (BTC) não conseguiu superar os US$ 52 mil, nível visto como uma possível resistência, e chegou a perder os US$ 50 mil, preço apontado por analistas como crucial para manter neste momento.

Às 7h53, o Bitcoin é negociado a US$ 49.569, em queda de 3,9% nas últimas 24 horas. Na semana, as perdas já passam de 13%. No entanto, o preço chegou a atingir US$ 49.300 momentaneamente em algumas corretoras.

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Segundo a casa de análise Santiment, dados da blockchain sugerem que o crash do mercado teve origem principalmente no comportamento de investidores de varejo com “mãos fracas”. Com o receio de que o preço caísse mais após realização de lucros de grandes investidores, esses usuários teriam desfeito suas posições e criado as condições para a liquidação de traders alavancados que provocou o recuo mais brusco na madrugada de sábado (4).

Por fim, o cenário teria sido resultado do “aumento do FUD [medo, incerteza e dúvida] entre alguns detentores de BTC”, disse a Santiment em relatório. Embora novas perdas de curto prazo não estejam descartadas, há confiança entre especialistas de que a estrutura de alta se mantém intacta para médio e longo prazos.

Outras criptos com maior valor de mercado caíam mais no começo da manhã, caso de Solana (SOL), que foi a US$ 188, e Cardano (ADA), que era negociada a US$ 1,38 e já acumulava perdas de cerca de 30% nos últimos 30 dias em meio à falta de entrega de uma plataforma de contratos inteligentes funcional.

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As que registram as maiores perdas eram Radix (XRD), Kadena (KDA), Wonderland (TIME), Nexo (NEXO) e Decentraland (MANA), operando entre 7% e 10% negativos. Criptomoedas ligadas a projetos de metaverso também recuaram nesta manhã, com destaque também para Gala (GALA) e The Sandbox (SAND), que cediam entre 7% e 8% por volta das 7h.

Outros ativos eram negociados na contramão, com alta de até dois dígitos. A Tezos (XTZ) disparou quase 30% após anúncio de que a blockchain será usada pela Ubisoft para emitir NFTs de jogos. Além disso, a Polygon (MATIC) bateu US$ 2,48 um dia antes de um evento muito esperado por possivelmente trazer novidades relevantes para o projeto, incluindo seu papel no futuro do Ethereum – o cofundador Vitalik Buterin tem presença marcada.

Confira o desempenho das principais criptomoedas às 7h53:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Bitcoin (BTC) US$ 4.277,67 -3,9%
Ethereum (ETH) US$ 4.277,67 -3,0%
Binance Coin (BNB) US$ 574,31 -2,8%
Solana (SOL) US$ 185,17 -8,5%
Cardano (ADA) US$ 1,35 -7,5%

As criptomoedas com as maiores altas nas últimas 24 horas:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Tezos (XTZ) US$ 5,42 +25,1%
Chainlink (LINK) US$ 22,34 +11,6%
EOS (EOS) US$ 3,61 +10,9%
Spell Token (SPELL) US$ 0,01855260 +8,4%
Polygon (MATIC) US$ 2,48 +6,8%

As criptomoedas com as maiores baixas nas últimas 24 horas:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Radix (XRD) US$ 0,291758 -9,8%
Kadena (KDA) US$ 10,92 -9,5%
Wonderland (TIME) US$ 5.445,88 -8,6%
Nexo (NEXO) US$ 2,33 7,7%
Decentraland (MANA) US$ 3,74 7,3%

Confira como fecharam os ETFs de criptomoedas no último pregão:

ETF Preço Variação
Hashdex NCI (HASH11) R$ 54,90 +1,64%
Hashdex BTCN (BITH11) R$ 68,40 +2,24%
Hashdex Ethereum (ETHE11) R$ 72,99 +0,69%
QR Bitcoin (QBTC11) R$ 17,90 -0,55%
QR Ether (QETH11) R$ 17,52 +0,57%

Veja as principais notícias do mercado cripto desta quarta-feira (8):

Meta de novo na mira de reguladores por carteira digital Novi

Reguladores de diversos órgãos dos Estados Unidos voltaram a cobrar a Meta por mais informações sobre o funcionamento da carteira digital Novi, que ainda está em fase de testes. Funcionários do governo americano apontam que o produto aceitaria depósitos de dólares de usuários, o que em tese exigiria uma licença bancária específica para o seu funcionamento.

Atualmente, a Novi detém uma licença para operar como uma empresa de serviços financeiros de acordo com a lei federal dos EUA, além de permissão em 38 estados e no Distrito de Columbia para atuar como transmissora de valores. Já os reguladores de Nova York classificam a empresa como um truste de propósito limitado.

Paira ainda um receio de que a stablecoin que irá alimentar o ecossistema da Novi sofra problemas de liquidez, o que também obrigaria os reguladores a investigar o serviço por mais tempo.

Por esses motivos, reguladores dos setores bancário, de proteção ao consumidor e antitruste pediram que a Meta volte a suspender o lançamento da carteira digital até segunda ordem.

Binance e outras corretoras são afetadas por falhas no Amazon Web Services

Corretoras de criptomoedas como a Binance e a Coinbase relataram problemas no login de usuários em suas plataformas por conta de uma pane no Amazon Web Services (AWS), o serviço de hospedagem em nuvem da Amazon, na terça-feira (7).

No Brasil, usuários relataram problemas no processamento de pagamentos e saques via Pix em diversas plataformas. A fintech Pactual, que é responsável por processar as transações via Pix para a Binance e outras corretoras, emitiu um comunicado a seus clientes informando sobre falhas no sistema.

Até mesmo a exchange descentralizada dYdX foi afetada, com usuários se queixando da aparente falta de descentralização da corretora. Em nota, a empresa afirmou que “infelizmente, ainda existem algumas partes da exchange que dependem de serviços centralizados”, como o AWS, mas disse estar comprometida a buscar “a descentralização total” do protocolo.

Dogecoin e Ethereum entre as notícias mais buscadas em 2021

A alta das criptomoedas em 2021 fez a Dogecoin (DOGE) e o Ethereum (ETH) despontarem entre as 10 notícias mais pesquisadas no Google, a principal plataforma de buscas do mundo.

Segundo o ranking da empresa divulgado na terça-feira (7), as buscas por notícias sobre a Dogecoin registram o quarto maior volume do ano no mundo, atrás apenas de “Afeganistão”, “Ações da AMC” e “Vacina da Covid”.

A Dogecoin ganhou destaque principalmente no primeiro semestre após disparada que chegou a 14.000% de janeiro a maio, quando a meme coin (ou shitcoin) bateu sua máxima histórica de US$ 0,73, impulsionada por declarações do CEO da Tesla, Elon Musk. O salto deu origem a novos milionários, incluindo um brasileiro, encorajando outras pessoas a tentarem o mesmo caminho mesmo contra a recomendação de especialistas.

Já o Ethereum ganhou fama por ser a plataforma que serviu de base para a criação de aplicativos de finanças descentralizadas (DeFi) e depois para os NFTs. Como consequência, o preço do ativo disparar praticamente o triplo do Bitcoin no ano. No segundo semestre, as buscas também foram impulsionadas pela expectativa de subida após uma importante atualização implementada em agosto.

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Paulo Barros

Editor de Investimentos