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O mercado financeiro é um cenário de constante evolução, onde as estratégias para operar variam conforme as condições dos ativos e os perfis dos investidores. Ao InfoMoney, traders experientes discutiram a importância de adaptar abordagens e técnicas às dinâmicas do mercado, revelando a complexidade envolvida em decisões que podem determinar o sucesso ou o fracasso de uma operação.
Em meio à diversidade de métodos, desde a operação em mercados laterais até o uso de indicadores técnicos específicos, as discussões destacaram a necessidade de um gerenciamento de risco rigoroso e a valorização de pontos estratégicos que maximizem as oportunidades de lucro.
O tema foi debatido com traders do grupo XP: Pam Semezzato, Felippe Aranha, Leandro Ross e Rafael Perretti. A conversa revelou a complexidade e a diversidade das estratégias de operação no mercado financeiro. Cada trader trouxe uma perspectiva única, baseada em suas experiências e preferências.
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Leandro Ross, por exemplo, explicou que prefere operar em mercados laterais com amplitude. “É um mercado com o qual me acostumei bem, consigo controlar melhor o risco, e os alvos costumam ser maiores”, afirmou.
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Tendências bem definidas
O trader destacou que mercados de tendência podem ser desafiadores para ele devido à dificuldade de encontrar correções adequadas, o que leva a ganhos menores do que o esperado. Para ele, mercados laterais permitem um melhor gerenciamento de risco.
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Felippe Aranha, por sua vez, afirmou que as tendências são quase infalíveis, desde que corretamente identificadas. Ele prefere tendências bem definidas e cadenciadas — conhecidas no Price Action como tendências de correções rasas. Nessas, segundo o trader, o impulso a favor da tendência é forte e a correção é lateral, o que facilita a manutenção das posições e minimiza as perdas. “Porém, evito tendências excessivamente voláteis”, comentou.
Rafael Perretti revelou que se identifica tanto com mercados consolidados quanto com tendências. “Eu gosto de um mercado mais consolidado, mais lateral, porque consigo casar muito bem a relação risco e retorno. As melhores oportunidades aparecem próximas aos extremos e, com a análise de fluxo, consigo ter uma boa leitura”, explicou.
Ele também prefere operar tendências técnicas, aquelas em que as correções do movimento de impulsão fazem pullback nas retrações de Fibonacci, especialmente nos níveis de 38,2% e 50%. No entanto, em tendências fortes, Perretti encontra mais dificuldade em operar por não conseguir identificar um bom risco-retorno.
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Indicadores técnicos e abordagens
Em outra discussão na mesa-redonda, desta vez sobre indicadores, Pam Semezzato mencionou que utiliza médias móveis exponenciais de 9 e 21, e a aritmética de 200, além do indicador DI+ / DI- / ADX, que é um rastreador de tendência.
Ela explicou que não usa o DI+ / DI- / ADX o tempo todo, nem para identificar tendência, mas o observa quando o ativo está saindo de uma lateralização, considerando-o valioso para confirmar um rompimento. “É útil quando estou esperando uma saída de lateralização ou um rompimento”, disse.
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Felippe Aranha usa médias móveis como linhas de tendência e localizadores espaciais para identificar se os preços estão longe ou perto da média — dessa forma, se o preço estiver muito afastado da média, é possível que haja uma correção até ela.
O trader também comentou que, para rastrear ações com boas oportunidades, utiliza a média móvel de 9 períodos. Já para suas operações de day trade, costuma utilizar a média móvel exponencial de 20 períodos, no gráfico de 5 minutos e no de 60 minutos.
Em alguns momentos, quando busca um movimento maior, ele também utiliza a média de 200. “Essa média de 200, quando plotada no gráfico de 5 minutos, corresponde à média móvel de 20 períodos no gráfico de 60 minutos”, explicou. Dessa forma, com um único gráfico aberto, ele pode verificar onde estaria a média de 20 no gráfico de 60 minutos.
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Pontos estratégicos
Leandro Ross, por sua vez, valoriza o location, que são pontos de interesse onde o mercado negociou intensamente no passado, usando a ferramenta Volume at Price para identificar essas áreas. “Eu uso muito o location e imagino onde pode haver negociações novamente. O Volume at Price me dá a localização desses pontos de interesse”, disse.
Rafael Perretti destacou a importância das “áreas de valor” (como ele se refere ao location), utilizando essas regiões para identificar possíveis suportes e resistências, baseados em negociações anteriores, para realizar suas operações de day trade. Ele explicou que as áreas de valor ajudam a identificar pontos estratégicos para entrar ou sair de operações, com base no comportamento histórico dos preços.
Para operações de swing trade, Perretti prefere observar regressões à média e utiliza o IFR para avaliar se um ativo está sobrecomprado ou sobrevendido.
Gerenciamento de posição
Rafael Perretti também explicou que ajusta suas posições com base na relação risco-retorno e no comportamento do mercado. “Relaciono a quantidade de pontos que vou buscar com o risco que estou correndo na operação. Geralmente, quando o mercado está com um range menor, meu risco é menor, então busco menos pontos. Se o range está maior, busco uma parcial maior”, detalhou Perretti.
Ele enfatizou a importância de ajustar a quantidade de contratos conforme o risco. “Depende da relação risco que estou correndo. Se percebo que o risco é muito alto, fraciono. Se o risco está adequado para o gerenciamento, entro com a mão cheia”, explicou. Perretti destacou que a gestão de risco é fundamental para preservar o capital e maximizar os lucros ao longo do tempo.
A análise das estratégias dos experientes traders revela, portanto, que o sucesso no trade não depende de uma única abordagem, mas de uma combinação de técnicas e ferramentas adaptadas ao estilo e preferência de cada um.
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