Bolsas operam mistas, sem referência de Wall Street por feriado e com acordo sobre teto da dívida dos EUA; falas de Campos Neto e mais

PIB do Brasil no 1º trimestre, produção industrial e “payroll” são destaques da semana

Felipe Moreira

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As principais bolsas mundiais operam mistas nesta segunda-feira (29), dia em que os mercados trabalham sem a sua principal referência: as Bolsas dos Estados Unidos estão fechadas hoje em função do Memorial Day, feriado em homenagem a oficiais das forças armadas americanas, mortos em combate. Isso deve reduzir a liquidez dos negócios neste início de semana. O dia também é marcado por feriado no Reino Unido.

Nos EUA, o presidente Joe Biden e o presidente da Câmara, Kevin McCarthy, chegaram a um acordo provisório para elevar o teto da dívida americana e evitar um calote que ameaçava abalar a economia global.

Os líderes políticos dos EUA devem agora reunir apoio bipartidário suficiente para aprovar o projeto de lei do teto da dívida no Congresso antes do prazo de 5 de junho para evitar um calote federal.

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Com os negociadores redigindo apressadamente o texto, a Câmara dos Representantes dos EUA pode votar já na quarta-feira, seguida pelo Senado no final da semana, informou a AP.

Na Turquia, Recep Tayyip Erdogan, atual presidente da Turquia, venceu a eleição presidencial e ampliará o seu governo de 20 anos por mais 5 anos.

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Por aqui, investidores aguardam pela divulgação de dados da confiança industrial de maio e pelo discurso do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em evento no Ceará.

1.Bolsas Mundiais

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA sobem nesta manhã de segunda-feira, feriado Memorial Day (em que os índices à vista por lá não abrirão), depois que Joe Biden, e os líderes do Congresso americano chegaram a um acordo provisório para aumentar o teto da dívida no fim de semana. A expectativa é que o projeto seja votado ainda nesta semana.

Veja o desempenho dos mercados futuros:

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam no terreno positivo, com exceção do Hang Seng, de Hong Kong, com repercussão do acordo provisório do teto da dívida dos Estados Unidos.

O índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da China para maio, juntamente com a reunião do Banco da Tailândia e os relatórios de inflação e produto interno bruto da Coréia do Sul, estarão em foco nesta semana.

Europa

Os mercados europeus operam sem direção definida, com investidores repercutindo o acordo provisório para aumentar o teto da dívida dos Estados Unidos.

Os mercados do Reino Unido estão fechados nesta segunda-feira devido a um feriado bancário.

Na Turquia, a moeda local caiu para uma mínima recorde depois que o atual presidente Erdogan garantiu a reeleição.

Commodities

Os preços do petróleo operam com alta depois que os líderes dos EUA chegaram a um acordo provisório sobre o teto da dívida, possivelmente evitando um calote na maior economia e consumidora de petróleo do mundo, mas preocupações com novos aumentos nas taxas de juros limitam os ganhos.

As cotações do minério de ferro na China subiram forte também repercutindo o acordo sobre teto da dívida dos Estados Unidos.

Bitcoin

2. Agenda

A agenda da semana tem como destaque o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil do primeiro trimestre de 2023, a ser divulgado na próxima quinta-feira (1) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O consenso Refinitiv prevê um crescimento anual de 1,9% da economia brasileira no período e de 1,3% na comparação com o quarto trimestre de 2022.

Na sexta-feira (2), será divulgada a produção industrial de abril. O consenso Refinitiv prevê contração mensal de 1,1%.

PIB do Brasil no 1º trimestre, produção industrial e “payroll”: o que acompanhar na semana

Os dados do mercado de trabalho dão peso extra à agenda. Tanto o Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados (Caged) quanto a PNAD Contínua serão divulgados na quarta-feira (31). O Itaú calcula que 112 mil empregos formados tenham sido criados em abril e que a taxa de desemprego tenha caído de 8,8% para 8,7%.

Brasil

8h: Confiança da industrial de maio

8h25: Boletim Focus

15h: Fernando Haddad, ministro da Economia, participa de reunião do Tesouro Nacional

16h30: Haddad tem reunião com Rita Serrano – Presidente da CAIXA

17h30: Haddad tem reunião com Deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) e Deputado Reginaldo Lopes (PT-MG)

19h: Roberto Campos Neto, presidente do BC, profere palestra e recebe homenagem em cerimônia de entrega do “Prêmio Inovação Para o Desenvolvimento Econômico”, promovido pelo Conselho Regional de Economia do Estado do Ceará (Corecon-CE) e pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Ceará (IBEF-CE)

23h30: Haddad participa de videoconferência – Opening Plenary Session of 8th Annual Meeting of Board of Governors – NDB

3. Noticiário econômico

Senado começa a analisar novo arcabouço fiscal esta semana

O Senado Federal começa, nesta semana, a analisar o projeto de lei complementar do novo arcabouço fiscal (PLP 93/2023), aprovado na última quarta-feira (24) pela Câmara dos Deputados. O texto prevê um conjunto de medidas, regras e parâmetros para a condução da política fiscal do Estado brasileiro, com o controle dos gastos e receitas do país.

A expectativa do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), é que o projeto de lei complementar seja enviado para sanção presidencial no mês de junho.

O projeto do novo arcabouço fiscal poderá ser votado diretamente no plenário do Senado. Porém, a tramitação do PL ainda está sendo debatida com líderes partidários da Casa. Alguns parlamentares pedem que a matéria seja discutida em comissões legislativas, antes de seguir para votação no plenário. As sugestões são para que a matéria passe pela análise da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) ou, ainda, da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), ambas do Senado.

4. Noticiário político

Mudanças em ministérios são destaque na Câmara 

A Câmara dos Deputados pode votar amanhã (30) projeto de lei do marco temporal de demarcação de terras indígenas (PL 490/2007). O anúncio foi feito pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

A proposta determina que somente serão demarcadas as terras indígenas tradicionalmente ocupadas por esses povos na data da promulgação da Constituição Federal, em 5 de outubro de 1988.

Em votação nominal e simbólica, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou, na quarta-feira (24), a urgência na apreciação do PL, e foi retirada do Ministério dos Povos Indígenas (MPI) a principal atribuição, a de demarcar terras de povos originários, devolvendo-a ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Também há expectativa de votação nesta semana da Medida Provisória (MP) 1.154/2023, que define a estrutura dos ministérios que compõem o governo do presidente Lula. Pela MP, o número de ministérios passou de 23 para 31, e seis órgãos ganharam status de ministérios, em um total de 37 ministros.

Porém, na quarta-feira passada, a comissão mista que analisa a MP aprovou relatório do deputado Isnaldo Bulhões Jr (MDB-AL), que alterou a reestruturação dos ministérios proposta originalmente.

A matéria ainda precisa ser votada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal até a próxima quinta-feira (1º) ou perderá a validade.

5. Radar Corporativo

Petrobras (PETR3;PETR4)

A Petrobras (PETR3;PETR4) negou, em comunicado ao mercado na noite de sexta-feira (26), que esteja participando de qualquer ação coordenada com a Previ ou outra instituição com o objetivo de adquirir as ações de emissão da empresa Vibra Energia (VBBR3). De acordo com a estatal, são inverídicas as matérias acerca do assunto.

CVC (CVCB3)

A operadora de turismo CVC (CVCB3) informou no último sábado (27) que ainda não há definição sobre quem será o novo diretor executivo (CEO) da empresa. De acordo com a companhia, o processo de seleção do novo ocupante do cargo continua em curso, como já havia sido informado.

Na última sexta-feira (26), o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, informou que o nome de Carlos Sarquis, hoje diretor-executivo de Marketing, Internacionalização e Franchising da Localiza, era o mais cotado para assumir a CVC. A empresa está sem um CEO após a renúncia de Leonel Andrade, anunciada na quarta-feira.

(Com Estadão, Reuters e Agência Brasil)