BofA: Coinbase está bem posicionada para ganhar fatia de mercado durante “inverno cripto”

O JPMorgan está menos otimista do que o Bank of America sobre a empresa no curto prazo, dizendo que as perspectivas para a exchange “ainda são severas”

CoinDesk

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A Coinbase (C2OI34) está bem posicionada para navegar com sucesso neste “inverno cripto” e conquistar participação de mercado. A avaliação é do Bank of America, que manteve sua recomendação de compra para as ações da companhia após a divulgação, na terça-feira (9), do balanço do segundo trimestre.

Em relatório, o BofA escreve que os resultados garantem “uma reação silenciosa das ações”.

Entre abril e junho, a receita líquida de US$ 803 milhões ficou abaixo das estimativas do banco e do consenso, enquanto sua perda ajustada de US$ 151 milhões antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) foi melhor do que o esperado.

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É importante ressaltar que a empresa permanece “cautelosamente otimista” de que pode atingir sua meta de não mais de US$ 500 milhões de perda de Ebitda ajustado para o ano inteiro, acrescentou o relatório do banco americano.

O Bank of America observa que a Coinbase não teve exposição de contraparte às insolvências de criptomoedas vistas no segundo trimestre. A empresa também tem um “histórico de nenhuma perda de crédito de atividades de financiamento, mantém ativos de clientes em paridade de um para um, e qualquer empréstimo com criptomoedas de clientes fica a critério do próprio cliente, com 100% ou mais de garantia exigida”.

Segundo o banco, essas práticas rigorosas de gerenciamento de risco serão um “diferencial positivo de longo prazo” para as ações.

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Trimestre desafiador

Em relatório divulgado nesta quarta-feira (10), o JPMorgan diz que a Coinbase passou por outro trimestre desafiador. O volume de negócios e a receita caíram significativamente. A receita de assinaturas também foi menor, mas teria sido muito pior se não fossem as taxas de juros mais altas.

A empresa está tomando medidas na gestão de despesas e, além das reduções na base de funcionários em junho, está reduzindo o marketing e pausando alguns investimentos em produtos, destaca o relatório.

O banco diz que as perspectivas de curto prazo da empresa “ainda são severas”, observando que a exchange espera um declínio contínuo nos usuários que transacionam mensalmente (MTUs) e nos volumes de negociação no terceiro trimestre. Por outro lado, o JPMorgan defende que a Coinbase pode tomar mais “ações de custo” se os preços das criptomoedas caírem ainda mais.

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O banco de Wall Street está menos otimista do que o Bank of America sobre a empresa no curto prazo, dizendo que a pressão sobre a receita dos mercados de criptomoedas em queda terá um impacto negativo no preço das ações. Ainda assim, vê pontos positivos, incluindo taxas de juros mais altas, das quais a empresa gerará receita.

Também vê oportunidades para a exchange aumentar sua base de usuários, alavancando quase US$ 6 bilhões. O aumento nos preços das criptomoedas em julho e a próxima atualização do Ethereum (ETH), a “Merge” (“Fusão”, em português), também são vistos como catalisadores positivos, acrescentou.

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O JPMorgan tem recomendação neutra para as ações da Coinbase, com preço-alvo estimado de US$ 64.

Ações caem após balanço

Na terça-feira (9), as ações da Coinbase fecharam em queda de 10,6% em Nova York, negociadas a US$ 87,68, depois que a exchange de criptomoedas disse que o volume de negociação caiu substancialmente durante o segundo trimestre.

A atividade de negociação com clientes totalizou US$ 217 bilhões durante o período, abaixo dos US$ 309 bilhões registrados nos primeiros três meses do ano. A receita geral da Coinbase foi de US$ 803 milhões, abaixo da estimativa média dos analistas de US$ 873,8 milhões, segundo dados compilados pela FactSet.

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“Embora não levemos em consideração um declínio na participação de mercado do volume de negociação, a mudança no volume de negociação do segundo trimestre para traders de varejo de alto volume, criadores de mercado e empresas com alta frequência de negociação não se traduziu em um impacto de receita correspondente para a Coinbase, pois esses clientes negociam grandes volumes, mas geram taxas baixas”, disse a empresa.

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