Bitcoin volta a cair, Dogecoin salta 13% com Tesla aceitando pagamento e RJ quer incentivar criptos

Após alta dos últimos dias, criptomoedas voltam a perder força seguindo preocupações do mercado financeiro com o Fed

Rodrigo Tolotti CoinDesk

(iStock / Getty Images Plus)

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Após subir até os US$ 44 mil nos últimos dias, o Bitcoin (BTC) volta a recuar nesta sexta-feira (14), operando abaixo dos US$ 43 mil e tentando achar um novo equilíbrio de curto prazo após as recentes sinalizações do Federal Reserve sobre a alta de juros nos Estados Unidos.

Este recuo da maior criptomoeda do mundo acontece seguindo mais uma vez o mercado financeiro tradicional, conforme os índices acionários americanos caíram na última sessão, puxados principalmente pelas ações de empresas de tecnologia.

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A visão é que os investidores seguem temerosos com os próximos passos do banco central dos EUA, que tem indicado que irá subir os juros quatro vezes este ano, sendo que a primeira elevação de taxas pode ocorrer já em março.

Enquanto isso, o noticiário desta sexta fica menos movimentado, com destaque para informações de que o Paquistão está estudando proibir as criptomoedas no país.

A informação consta em um documento divulgado nesta semana por um jornal local e que foi produzido por um comitê liderado por Sima Kamil, vice-governador do Banco do Estado do Paquistão (SBP), além de representantes do Ministério das Finanças, da Comissão de Valores Mobiliários do Paquistão (SECP) e da Agência Federal de Investigação do Paquistão (FIA).

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Esta é a primeira vez que o banco central apresenta uma posição clara sobre o tema, sendo que em 2018, a SBP emitiu uma circular proibindo os bancos de negociar com exchanges de criptomoedas.

Dentre as 20 maiores criptomoedas do mundo em valor de mercado, apenas duas sobem, com destaque para a Dogecoin (DOGE), que tem um ganho de dois dígitos após a loja da Tesla na Ásia incluir a opção de pagamento na moeda digital para alguns itens.

O movimento ocorre quase um mês depois que o CEO da empresa, Elon Musk, disse que a fabricante de carros elétricos aceitaria Dogecoin como pagamento por suas mercadorias. “A Tesla fará alguns produtos compráveis com Doge e vamos ver como vai”, disse ele na época.

Outro ativo que se destaca é o Near Protocol (NEAR), que sobe cerca de 5%. Ontem, a Near Foundation anunciou a captação de US$ 150 milhões como parte de uma nova rodada de investimento via finanças descentralizadas (DeFi), por meio da venda de tokens.

A Three Arrows Capital liderou a venda privada, que contou também com a participação de grandes fundos focados em criptomoedas, incluindo Mechanism Capital, Dragonfly Capital, Andreessen Horowitz (a16z), Jump, Alameda, Zee Prime e Amber Group, entre outros.

Confira o desempenho das principais criptomoedas às 7h05:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Bitcoin (BTC) US$ 42.633,20 -2,85%
Ethereum (ETH) US$ 3.263,75 -2,96%
Binance Coin (BNB) US$ 480,47 -1,02%
Solana (SOL) US$ 146,64 -3,58%
Cardano (ADA) US$ 1,27 -1,85%

As criptomoedas com as maiores altas nas últimas 24 horas:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Secret (SCRT) US$ 7,96 +20,19%
Dogecoin (DOGE) US$ 0,1964 +13,40%
Near Protocol (NEAR) US$ 19,10 +5,14%
Celsius (CEL) US$ 3,41 +3,91%
Kusama (KSM) US$ 284,20 +2,65%

As criptomoedas com as maiores baixas nas últimas 24 horas:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
WOO Network (WOO) US$ 0,9434 -9,13%
Kadena (KDA) US$ 9,38 -8,87%
Gala (GALA) US$ 0,3273 -8,53%
Elrond (EGLD) US$ 196,45 -8,06%
Loopring (LRC) US$ 1,50 -7,28%

Confira como fecharam os ETFs de criptomoedas no último pregão:

ETF Preço Variação
Hashdex NCI (HASH11) R$ 44,25 -2,96%
Hashdex BTCN (BITH11) R$ 56,80 -2,23%
Hashdex Ethereum (ETHE11) R$ 53,60 -4,54%
QR Bitcoin (QBTC11) R$ 14,90 -3,55%
QR Ether (QETH11) R$ 13,15 -4,01%

Veja as principais notícias do mercado cripto desta sexta-feira (14):

Rio de Janeiro quer aplicar parte do Tesouro em criptomoeda e dar desconto em IPTU

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, falou durante a abertura da Rio Innovation Week na quinta que a prefeitura da cidade pretende investir uma porcentagem do Tesouro em criptomoedas.

“A gente vai lançar o Cripto Rio e aplicar 1% do Tesouro em criptomoeda”, disse ele, citando que nesta sexta irá publicar um decreto para criar um grupo de trabalho para o assunto.

Em conversa com o prefeito de Miami, Francis Suarez, Paes também falou sobre os incentivos fiscais que a cidade americana criou para o setor cripto e comentou de realizar investimentos futuros em inovação e tecnologia, como o PortoMara Valley, área do Porto Maravilha com incentivos fiscais para empresas do segmento tech.

Ao jornal O Globo, após a palestra, os secretários Pedro Paulo, da Fazenda, e Chicão Bulhões, de Desenvolvimento Econômico e Inovação, falaram mais sobre os planos da cidade em atrair o setor. “Estamos estudando a possibilidade de quitar impostos com desconto adicional se pagar com bitcoins. Você pega o desconto da cota única de 7% (do IPTU), vira 10% se pagar em bitcoin”, disse Paulo. “Vamos estudar o arcabouço jurídico para fazer isso”.

Comitê de energia dos EUA vai estudar gasto das criptomoedas

O Comitê de Energia e Comércio da Câmara dos EUA anunciou uma audiência para o dia 20 de janeiro sobre o consumo de energia da indústria de criptomoedas.

“Em poucos anos, criptomoedas tiveram uma ascensão meteórica de popularidade. É hora de entender e abordar os fortes impactos energéticos e ambientais que elas têm sobre nossa comunidade e nosso planeta”, afirmaram Frank Pallone, presidente do comitê, e Diana DeGette, presidente de Controle e Investigações.

Segundo eles, um dos focos dessa audiência será em blockchains proof of work (ou PoW), como o Bitcoin e Ethereum, e como essas criptomoedas podem migrar para alternativas mais limpas.

Block quer criar sistema de mineração com código aberto

A empresa de pagamentos Block, antiga Square, está avançando com seu plano de construir um sistema de mineração de Bitcoin de código aberto, de acordo com um tuíte de Thomas Templeton, gerente geral de hardware da companhia.

“Queremos tornar a mineração mais distribuída e eficiente em todos os sentidos, desde a compra, configuração, manutenção e mineração”, disse o executivo na rede social.

Ele também afirmou que a empresa está aberta a fazer novos ASICs (computadores especializados em mineração de Bitcoin) e começou a avaliar vários blocos de IP, firmware de minerador de código aberto e outras ofertas de software de sistema.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.