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As ações do Grupo Casas Bahia (BHIA3) estiveram em queda livre pelo terceiro pregão seguido, em meio ao noticiário movimentado para a varejista. Após baixa de 5,66% na quinta e baixa de 10,64% na sexta, os ativos BHIA3 fecharam com desvalorização de 8,33% nesta segunda-feira (18), a R$ 10,24.
O movimento ocorre após o grupamento de ações da varejista. A operação, realizada na proporção de 25 para 1, foi uma estratégia para que a empresa evite a classificação de penny stock (ativo cotado a menos de R$ 1), com os ativos passando a operar agrupados na última sexta-feira.
Com a operação, a companhia conseguiu estar presente na segunda prévia da nova carteira do Ibovespa, após ter saído na primeira prévia.
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Mesmo com a boa notícia da manhã desta segunda de que a ação deve ser mantida no portfólio entre janeiro e abril do benchmark da Bolsa, os papéis continuaram caindo, uma vez que as perspectivas para a companhia seguem bastante desafiadoras.
Cabe destacar ainda que, com o grupamento, as ações acabam ganhando “mais espaço para cair”.
Segundo dados apurados pela plataforma Economatica a pedido do InfoMoney em outubro, 13 das 19 empresas (68,4%) que fizeram essa operação em 2023 viram as cotações recuarem nos 30 dias seguintes até aquele momento.
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“Muitos investidores pensam que isso é uma oportunidade de compra, já que aquela empresa valia mais no passado, ela deve voltar a valer o mesmo no futuro. O problema é que nem sempre isso é verdade. Existem razões que levaram estas empresas a desvalorizar tanto”, destacou em análise anterior sobre o tema Gabriel Duarte, analista da Ticker Research.
No acumulado de 2023, as ações BHIA3 caem 83%, por conta de uma sucessão de resultados negativos e uma busca por reestruturação, além do cenário macroeconômico ainda desafiador com os juros altos.
Na última sexta-feira, logo após o grupamento, a XP apontou manter uma visão mais cautelosa para BHIA3, com recomendação neutra e preço-alvo de R$ 17,70 por ação.
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Os analistas da casa ainda veem desafios a serem enfrentados pela companhia como i) ambiente competitivo acirrado; ii) taxas de juros ainda elevadas e poder de compra comprimido; e iii) riscos de execução no plano de transformação da companhia.
Para o setor em geral, contudo, ressaltaram estarem mais construtivos por esperar uma recuperação de consumo decorrente de uma melhora na renda disponível e no nível de endividamento dos consumidores por conta de juros mais baixos, uma inflação controlada e uma oferta de crédito mais normalizada.
De 12 casas que cobrem o papel BHIA3, segundo compilação LSEG, 8 recomendam manutenção e 4 recomendam venda.
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Em novembro, logo após o resultado do terceiro trimestre de 2023, o BB Investimentos cortou a recomendação dos papéis para venda.
O banco destacou na ocasião que as ações BHIA3 seguiam em um movimento de queda livre desde meados do 2S22, em um contexto de incertezas quanto à capacidade da companhia em resolver seus problemas internos e voltar a crescer com rentabilidade.
“Cabe lembrar que a companhia já tinha dado uma sinalização negativa aos minoritários acerca da sua situação financeira a partir da conclusão da oferta subsequente de ações (follow on) em setembro, ocasião na qual aceitou um desconto de quase 60% sobre o preço pré-follow on para uma ação que já estava muito descontada”, avaliou.
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Na sequência, ressaltou que a companhia divulgou resultados piores do que os esperados no 3T23, somando mais um ponto de alerta quanto à velocidade e intensidade da recuperação da companhia após finalizado o processo de transformação (estimado para o final de 2024), bem como o custo que esse processo ainda vai incutir no desempenho da Casas Bahia nos próximos trimestres.
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