Casas Bahia (BHIA3): ação fecha em queda de mais de 10% em primeira sessão após grupamento de ações

Por trás da iniciativa de agrupar ações, está a corrida contra o tempo para que a empresa se mantenha no Ibovespa

Equipe InfoMoney

SP - CASAS BAHIA / FECHAMENTO LOJAS - ECONOMIA - A dona das Casas Bahia, Via, anunciou na última quinta-feira (10) o fechamento de 50 a 100 lojas até o fim deste ano e a demissão de aproximadamente 6 mil funcionários. Anunciou também que irá reduzir os estoques e reestruturar o capital da companhia. Na foto, loja das casas Bahia na cidade de Osasco na Grande São Paulo. 11/08/2023 - Foto: ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
SP - CASAS BAHIA / FECHAMENTO LOJAS - ECONOMIA - A dona das Casas Bahia, Via, anunciou na última quinta-feira (10) o fechamento de 50 a 100 lojas até o fim deste ano e a demissão de aproximadamente 6 mil funcionários. Anunciou também que irá reduzir os estoques e reestruturar o capital da companhia. Na foto, loja das casas Bahia na cidade de Osasco na Grande São Paulo. 11/08/2023 - Foto: ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

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A primeira sessão pós-grupamento de ações, na proporção de 25 para 1, é de forte queda para as ações do grupo Casas Bahia (BHIA3). Nesta sexta-feira (15), as ações BHIA3 caíram 10,64%, a R$ 11,17. O fechamento ajustado da véspera foi de R$ 12,50 (ou R$ 0,50 sem o ajuste).

Na semana passada, a companhia anunciou que esperava a antecipação do início das negociações com suas ações já agrupadas para a sessão desta sexta ante prazo estimado anterior do dia 28 deste mês, conforme fato relevante.

A empresa afirmou que um veículo de investimento “vinculado a membro da administração da companhia” doaria ações necessárias para completar a carteira de acionistas que detenham um número de papéis da empresa que não seja múltiplo de 25.

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Deste modo, estes acionistas não ficaram com frações de ações após o agrupamento.

“Dessa maneira, o grupamento será operacionalizado e efetivado de modo a não alterar a participação proporcional dos acionistas no capital social da companhia e não afetará os direitos patrimoniais e políticos das ações”, afirmou o grupo no comunicado do último dia 7.

A XP apontou manter uma visão mais cautelosa para o Grupo Casas Bahia, com recomendação neutra e preço-alvo de R$ 17,7/ação, uma vez que vê desafios a serem enfrentados pela companhia como i) ambiente competitivo acirrado; ii) taxas de juros ainda elevadas e poder de compra comprimido; e iii) riscos de execução no plano de transformação da companhia.

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Por trás da iniciativa do grupamento, está a corrida contra o tempo para que a empresa se mantenha no Ibovespa, no rebalanceamento do final deste ano. A cada quatro meses a Bolsa redefine as empresas do índice e uma das condições é que seus papéis tenham cotação acima de R$ 1.

A ação da Casas Bahia fechou na véspera negociada a R$ 0,50, acumulando perdas de 79,16% em 2023.

Na primeira prévia do Ibovespa para o período de janeiro a abril de 2024 a ação da varejista foi excluída, enquanto a da companhia de energia elétrica ISA Cteep (TRPL4) foi incluída.

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Em estimativa divulgada no mês passado, estrategistas do Itaú BBA calculavam a entrada da ISA Cteep nesta primeira prévia, assim como chamaram a atenção para o risco de Casas Bahia sair do índice se continuasse sendo negociada abaixo de R$ 1.

“Esse novo procedimento antecipará o início das negociações das ações ‘ex-grupamento’, de forma a permitir que a cotação das ações retorne a patamar superior a R$ 1 o mais breve possível”, afirmou a varejista na semana passada.

(Com Reuters)