Ações da Petrobras e PetroRio caem mais de 3% com petróleo; Omega recua 2,6% e Gerdau tem leve alta após balanços

Confira os destaques da B3 na sessão desta quarta-feira (4)

Lara Rizério

Omega Energia (Divulgação)

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SÃO PAULO – As ações do Bradesco (BBDC3, R$ 20,20, -3,53%; BBDC4, R$ 23,45, -4,36%) foram destaque negativo na sessão, com os ativos em queda de mais de 3% após os resultados. O banco teve lucro líquido recorrente de R$ 6,319 bilhões no segundo trimestre de 2021, aumento de 63,2% ante o mesmo período do ano passado e queda de 3% na comparação com o primeiro trimestre deste ano.

Apesar da alta na comparação anual, o resultado decepcionou. O Itaú BBA apontou que o número ficou  abaixo da expectativa dos analistas, que era de R$ 6,7 bilhões. O desempenho mais fraco do que o esperado reflete principalmente um resultado bem inferior em seguros e mais tímido em crédito.

Ainda no radar de resultados, Gerdau (GGBR4, R$ 31,61, +0,19%) teve leve alta e Rede D’Or (RDOR3, R$ 70,48, -1,69%) caiu quase 2% após os balanços, enquanto Omega Geração (OMGE3, R$ 35,65, -2,60%) recuou mais de 2%.

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Após o fechamento, atenção para os balanços de Petrobras (PETR3, R$ 26,70, -3,61% ;PETR4, R$ 26,28, -2,12%), Banco do Brasil (BBAS3, R$ 31,41, -1,47%), Totvs (TOTS3, R$ 36,94, +1,21%) e Braskem (BRKM5, R$ 57,82, -0,34%).

A sessão foi de queda para a Petrobras e PetroRio (PRIO3, R$ 17,30, -3,35%), em um dia de baixa novamente para o petróleo, devido às crescentes preocupações de que a disseminação da variante delta do coronavírus nos principais países consumidores reduzirá a demanda por combustível. O contrato do brent com fechamento em outubro teve queda de 2,80%, a US$ 70,38 o barril, enquanto o WTI para setembro fechou com baixa de 3,42%, a US$ 68,15 o barril, na terceira sessão seguida de queda.

Ainda no radar da Petrobras, antes da divulgação do balanço, o presidente Jair Bolsonaro voltou a afirmar que a companhia tem um fundo de cerca de R$ 3 bilhões para fazer um programa nos moldes do vale-gás e subsidiar a compra do botijão de gás de cozinha para a população de baixa renda.

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“Está bastante avançada essa proposta. Depende de pequenos acertos porque a Petrobras não é minha. Ela tem a participação do privado também. Estamos negociando isso aí”, afirmou. “A ideia é dar um bujão de gás a cada dois meses para o pessoal do Bolsa Família. Essa que é a ideia do governo”.

A Petrobras, no entanto, já havia descartado no último sábado, 31 de julho, a possibilidade de o governo utilizar recursos da companhia para o vale gás.

Confira mais destaques a seguir:

Bradesco (BBDC3, R$ 20,20, -3,53%; BBDC4, R$ 23,45, -4,36%)

O Bradesco teve lucro líquido recorrente de R$ 6,319 bilhões no segundo trimestre de 2021, aumento de 63,2% ante o mesmo período do ano passado e queda de 3% na comparação com o primeiro trimestre deste ano.

Já o lucro contábil foi de R$ 5,974 bilhões, o que representa um crescimento de 70,4% na base anual e contração de 2,9% na trimestral. Segundo dados compilados pela Refinitiv, a expectativa média dos analistas para o lucro do Bradesco era de R$ 6,454 bilhões.

Ao mesmo tempo, o retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE, na sigla em inglês) atingiu 17,6%, contra 11,9% no segundo trimestre de 2020 e 18,7% no primeiro trimestre de 2021. No semestre, o ROAE foi de 18,2%, ante 11,8% no primeiro semestre de 2020.

Segundo a administração, o lucro registrou uma evolução expressiva em relação ao segundo trimestre de 2020 e primeiro semestre de 2021 em função de maiores receitas com prestação de serviços, crescimento da margem financeira com clientes, menores despesas operacionais e menores despesas com Provisões para Devedores Duvidosos (PDD).

No resultado consta ainda que as despesas com provisões somaram R$ 3,487 bilhões, contra R$ 8,89 bilhões no segundo trimestre de 2020 (queda de 60,8%) e R$ 3,907 bilhões nos três primeiros meses de 2021 (baixa de 10,7%).

A margem financeira chegou a R$ 15,738 bilhões, alta de 1% em comparação com o trimestre anterior e queda de 5,7% na base anual.

As receitas de prestação de serviços, por sua vez, totalizaram R$ 8,412 bilhões no segundo trimestre deste ano, o que corresponde a uma expansão de 10,3% sobre o mesmo período do ano passado e de 4,3% em relação ao trimestre anterior.

O Itaú BBA apontou que o número ficou  abaixo da expectativa dos analistas, que era de R$ 6,7 bilhões. O desempenho mais fraco do que o esperado reflete principalmente um resultado bem inferior em seguros e mais tímido em crédito.

“De maneira geral, vemos o resultado do Bradesco como ligeiramente negativo para a ação no curto prazo. Talvez uma parte da reação positiva aos números tenha sido antecipada – vemos o papel sendo negociado perto da média histórica de 1,5 vez o preço sobre o patrimônio líquido”, avaliam.

De acordo com os analistas, a carteira de crédito mostrou forte expansão (+3% na comparação trimestral), puxada por crédito a pessoas físicas (+5,7%) e a pequenas e médias empresas (+4,6%). A margem financeira com clientes cresceu em menor velocidade; um avanço de 1,9% na passagem trimestral, resultando em uma leve perda de spread bancário.

A carteira segue com boa qualidade, com o índice de inadimplência se mantendo em 2,5%. A despesa com previsões caiu 11% entre o primeiro e segundo trimestre, para R$ 3,5 bilhões (ante projeção de R$ 4,2 bilhões), consumindo um pouco mais do nível de coberturas. A receita de serviços trouxe recuperação: cresceu 4% na comparação trimestral e 10% em relação ao segundo trimestre do ano passado, atingindo R$ 8,4 bilhões. O número foi puxado principalmente por receitas de cartão de crédito e produtos de conta corrente.

Já o resultado operacional de seguros caiu de maneira relevante devido à maior sinistralidade, para R$ 1,1 bilhão no segundo trimestre. A título de comparação, o resultado foi de R$ 3,1 bilhões no trimestre anterior. Essa piora levou a companhia a revisar para baixo sua projeção para o resultado dessa linha para 2021 – as demais linhas do guidance ficaram inalteradas. “Esta revisão negativa nos resultados de Seguros, estimamos poder ter um impacto de 5-10% nos resultados consolidados de 2021 do Bradesco”, avaliam os analistas do BBA.

O Morgan Stanley avalia que o mercado deve enxergar mais do que a fraqueza no setor de seguros, já que este ponto deve se normalizar com tendências melhores de Covid e taxas de juros mais altas. Em se tratando do setor bancário, o banco diz que os números parecem sólidos, com a aceleração do crescimento do crédito, que deve continuar a crescer com a alta da Selic. A inadimplência parece ser um problema menor.

O Morgan Stanley reiterou a avaliação overweight (perspectiva de valorização acima da média do mercado) para o Bradesco e sua visão positiva para os grandes bancos brasileiros, com preço-alvo de US$ 6,36 para os papéis BBD negociados na Bolsa de Nova York.

Para a XP, a qualidade geral do resultado piorou à medida que os níveis de provisionamento caíram, apesar da possibilidade de um aumento nos níveis de inadimplência no futuro.

Indo contra o guidance, o Bradesco apresentou aumento nas despesas de pessoal e administrativas, devido ao aumento no volume de negócios e despesas com campanhas publicitárias no segundo trimestre de 2021.” Apesar da decisão do banco de manter o guidance e o impacto de curto prazo do acampamento publicitário, acreditamos que os investidores devem prestar atenção ao desenvolvimento desta linha, pois novos números negativos podem afetar negativamente o guidance da empresa para o ano”, avaliam.

Os analistas reiteram a recomendação neutra e preço-alvo de R$ 26 por ação para o banco com sede em Osasco, pois acreditam que o banco está menos exposto à disrupção do setor bancário devido ao seu negócio de seguros.

Gerdau (GGBR4, R$ 31,61, +0,19%)

A Gerdau registrou lucro líquido de R$ 3,934 bilhões no segundo trimestre de 2021, alta de 1.149% na comparação anual e de 59% frente os R$ 2,471 bilhões dos primeiros três meses de 2021.

Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) somou R$ 5,897 bilhões, avanço de 348% na base anual e de 37% na base trimestral.

A receita líquida de R$ 19,13 bilhões foi superior tanto ao registrado no primeiro trimestre, com alta de 17% quanto ao divulgado no mesmo período do ano anterior, com alta de 119%, acompanhando o crescimento dos volumes vendidos e a maior receita por tonelada vendida. O crescente aumento dos custos com matérias-primas ao longo dos últimos meses foi compensado pelo crescimento das receitas, apontou a empresa.

Rede D’Or (RDOR3, R$ 70,48, -1,69%)

A Rede D’Or São Luiz registrou lucro líquido de R$ 477,7 milhões no segundo trimestre de 2021, ante prejuízo líquido de R$ 306,6 milhões registrado no segundo trimestre de 2020.

A receita líquida, por sua vez, foi de R$ 5,21 bilhões no segundo trimestre de 2021, um valor 89,5% maior frente os R$ 2,75 bilhões em igual período de 2020.

Já o Ebitda foi de R$ 1,24 bilhão, ante dado  negativo de R$ 138,3 milhões de um ano antes.

A XP apontou que, mais uma vez, Rede D’Or apresentou resultados muito fortes, superando as estimativas da casa, impulsionados por um crescimento robusto da receita (superando em 8% a projeção da XP) devido a uma combinação de um desempenho positivo de: i) leitos operacionais, ii) taxa de ocupação e iii) ticket médio.

Além disso, a empresa apresentou uma melhora importante na margem Ebitda ajustada (com alta de 1,8 ponto percentual frente o primeiro trimestre de 2021 e 5,2 pontos acima das estimativas dos analistas) devido à maior eficiência e alavancagem operacional.

“O forte conjunto de indicadores operacionais combinado com a agenda de fusões e aquisições muito ativa (830 leitos adquiridos no acumulado do ano, ou 1,6 mil desde outubro de 2020) reforça nossa visão positiva sobre a Rede D’Or, nos levando a reiterar nossa recomendação de compra e nosso preço alvo de R$ 88 por ação”, destacam os analistas, o que representa um potencial de alta de 22,75% em relação ao fechamento da véspera.

O Credit Suisse destaca que a Rede D’Or continuou sua trajetória de crescimento, adicionando 597 leitos operacionais (alta de 7,3% na base trimestral), levando em conta principalmente a expansão inorgânica e aumento da ocupação com a segunda onda de Covid-19.

A empresa, contudo, registrou um crescimento de 10,6% na receita líquida no trimestre contra um aumento de 13,4% em pacientes, implicando em menores tíquetes (queda de2,3% no trimestre). Por outro lado, a empresa manteve a lucratividade apesar das maiores despesas com pessoal.

A ocupação de leitos foi de 83% (alta de 3,5 pontos frente o primeiro trimestre), muito por conta da Covid-19. O agravamento da segunda onda pode ser estimado pelo aumento dos custos e despesas relacionados à Covid (R$ 212 milhões, versus R$ 127 milhões no primeiro trimestre de 2021). No entanto, a empresa não foi afetada em sua capacidade de realizar procedimentos eletivos.

“Conforme apontado em nossa última revisão do modelo esperamos impactos negativos nos tíquetes tanto por conta da maior ocupação por conta da Covid-19 quanto pela menor maturidade da base hospitalar (recentemente adquirida ou construída). Enquanto o primeiro é temporário, esta última pode afetar a empresa durante esta fase de expansão. Dada a corrente capitalização, acreditamos que a empresa continuará a crescer a partir de adições de capacidade inorgânicas e orgânicas, com capacidade demonstrada de gerenciar custos”, avaliam.

Os analistas do Credit Suisse possuem recomendação outperform (desempenho acima da média) para os papéis, com preço-alvo de R$ 76, ou alta de 6% frente o fechamento de terça.

O Morgan Stanley reforça  que a Rede D’Or é a empresa que mais cresce no setor médico e de serviços laboratoriais. O banco diz esperar que a empresa cresça mais rápido no curto prazo, e tem recomendação overweight, com preço-alvo de R$ 81.

Omega Geração (OMGE3, R$ 35,65, -2,60%)

A Omega Geração teve alta de 420% do seu prejuízo, de R$ 30,7 milhões no segundo trimestre de 2020 para R$ 159,6 milhões no segundo trimestre deste ano.

A XP aponta que os resultados vieram abaixo de suas expectativas principalmente devido a maiores despesas de O&M (operação e manutenção), compras de energia e despesas financeiras. Porém, a geração de energia foi em linha com as estimativas números (1501 GWh).

“No entanto, ainda acreditamos na capacidade da empresa de crescer por meio de fusões e aquisições que geram valor, como acabamos de ver em Ventos da Bahia 3. Mantemos Omega como nossa top pick com um preço-alvo de R$ 50 por ação”, apontam.

O Credit também aponta que os resultados operacionais da Omega foram piores do que o esperado (embora positivos em relação ao ano anterior), principalmente com base em custos mais elevados de compra de energia devido à sazonalidade e maiores despesas gerenciáveis.

Numa base anual, os resultados beneficiaram de novos ativos (complexos eólicos Assurua 3 e Chui) e melhores produções eólicas, confirmando mais um trimestre com bons recursos. Também na avaliação do banco suíço, o principal gatilho para o estoque continua dependendo de novas fusões e aquisições (como o anúncio da Ventos da Bahia 3), mas também espera um bom segundo semestre para ajudar nas margens. Os analistas do Credit possuem recomendação outperform para o ativo, com preço-alvo de R$ 36,60.

XP Inc.

A XP Inc. registrou um lucro líquido ajustado de R$ 1,034 bilhão no segundo trimestre de 2021, alta de 83% na comparação com mesmo período do ano passado, quando lucrou R$ 565 milhões, e de 22% frente os R$ 846 milhões registrados no primeiro trimestre de 2021.

A receita bruta foi de R$ 3,2 bilhões no segundo trimestre de 2021, ante R$ 2,04 bilhão do mesmo trimestre de 2020, alta de 57%. Na comparação com os três primeiros meses de 2021, quando a receita bruta foi de R$ 2,784 bilhões, a alta foi de 15%. A receita líquida totalizou R$ 3,018 bilhões, também em uma alta de 57% na base anual e de 15% frente o primeiro trimestre deste ano.

O Ebitda ajustado também registrou avanço no período, alcançando R$ 1,245 bilhão no trimestre, um valor 77% maior em relação aos R$ 704 milhões registrados nos meses entre abril e junho de 2020. Frente os R$ 1,043 bilhão entre janeiro e março de 2021, a alta foi de 19%.

Gol (GOLL4, R$ 19,96, -1,29%)

A Gol informou que vai comprar 28 aeronaves 737 MAX-8, da Boeing BA.N, dentro de um plano de ter economia operacional com jatos mais novos e um plano de financiamentos revisado, enquanto tenta otimizar para aliviar os efeitos devastadores da pandemia. A empresa anunciou nesta terça-feira que as medidas devem reduzir em 8% seus custos unitários em 2022 e gerar cerca de US$ 200 milhões em ganhos de capital e caixa.

O Bradesco BBI segue com  recomendação neutra, mas com novo preço-alvo estimado para o final de 2022 de R$ 26,00 (acima do preço-alvo de R$ 23,00 anterior). “Atualizamos nosso modelo para incorporar o novo plano de frota e aumentamos o EBITDA de 2022/23 da empresa em + 4% e + 6%, respectivamente. Essas mudanças refletem a redução esperada no custo por unidade de capacidade com o uso de aeronaves que são 15% mais eficientes em termos de combustível”, avaliam.

No entanto, a recomendação neutra permanece inalterada, devido a: 1) potencial de alta limitado da GOL de 29%; 2)
a aceleração da expansão da capacidade doméstica do LATAM Airlines Group no Brasil, o que poderia dificultar o aumento das tarifas aéreas para compensar os preços mais altos do combustível de aviação; e 3) o risco de um surto de variantes mais infecciosas do vírus COVID-19 que poderiam prejudicar a recuperação do turismo.

Ainda em destaque, a empresa anunciou os números prévios de tráfego do mês de julho de 2021 em comparação com o mesmo período de 2020. No mercado doméstico, a demanda (RPK) para os voos da GOL aumentou em 173% e a oferta (ASK) aumentou em 152%. A taxa de ocupação doméstica foi 84,5%, um aumento de 6,4 pontos em relação a julho de 2020. A empresa transportou 1,9 milhão de passageiros no mês, um aumento de 168% sobre julho de 2020. A aérea não realizou voos internacionais durante o mês.

Cosan (CSAN3, R$ 24,55, -4,06%)

A Compass Gás e Energia, empresa do grupo Cosan, informou na terça-feira o início da construção do Terminal de Regaseificação de São Paulo (TRSP), localizado no Porto de Santos, com investimentos estimados em cerca de R$ 700 milhões e prazo de construção de aproximadamente 20 meses.

Segundo fato relevante publicado pela companhia, o ativo terá capacidade de regaseificação nominal de 14 milhões de metros cúbicos por dia e capacidade de armazenamento de 173 mil metros cúbicos de gás natural liquefeito (GNL). O terminal irá operar em um modelo de afretamento da Floating Storage and Regasification Unit (FSRU, na sigla em inglês), embarcação especializada na regaseificação do GNL, acrescentou a Compass.

“A companhia acredita que a implementação do TRSP será uma importante alavanca para o desenvolvimento do mercado livre de gás natural, promovendo maior concorrência por meio de uma nova oferta de gás natural em território nacional”, concluiu a empresa.

O Itaú BBA comentou o anúncio pela Compass, subsidiária da Cosan, do início da construção do Terminal de Regaseificação de São Paulo. Segundo a empresa, o investimento total estimado é de aproximadamente R$ 700 milhões, e a expectativa é de que a construção dure 20 meses.

O banco avalia a notícia como positiva, mas já contabilizada em suas estimativas. O banco mantém recomendação outperform (perspectiva de valorização acima da média do mercado) para a Cosan, com preço-alvo de R$ 30.

Raízen 

A Raízen, joint venture entre Shell  e Cosan, precificou sua oferta inicial de ações a R$ 7,40 por papel nesta terça-feira, que movimentou R$ 6,9 bilhões, no maior IPO do ano no Brasil. Veja mais clicando aqui. 

Sobre abertura de capital, a dona das cadeias de restaurantes Madero e Jeronimo pediu registro para uma oferta pública inicial de ações (IPO na sigla em inglês), buscando recursos para pagar dívidas e expandir os negócios. Com sede no Paraná e 238 unidades pelo país, a Madero foi fundada em 2005 pelo empresário Luiz Durski Junior. No ano passado, refletindo os efeitos das restrições devido à pandemia, a receita líquida da Madero caiu 12% na comparação com 2019, para R$ 747 milhões. A companhia também amargou prejuízo de R$ 249 milhões em 2020 e outra perda de R$ 90 milhões no primeiro semestre de 2021.

JBS (JBSS3, R$ 32,61, -0,85%)

A JBS, segunda maior companhia de alimentos do mundo, informou na terça-feira que está em conversas com sindicatos de funcionários dos Estados Unidos para verificar a possibilidade de vacinação obrigatória contra Covid-19 para empregados. Após avanços no programa norte-americano de imunizações, o país passou a ser atingido pela variante Delta do coronavírus.

BRF (BRFS3, R$ 24,79, -2,02%)

A unidade da BRF localizada em Lucas do Rio Verde (MT), uma das maiores produtoras de carne da companhia, foi suspensa pela China, segundo informação no site da Administração Geral de Alfândegas do país (GACC) confirmada pela empresa na terça-feira. A BRF não detalhou se o embargo foi imposto à proteína suína ou de frango.

Vale (VALE3, R$ 112,52, -0,11%)

Um sindicato que representa os trabalhadores da Vale em greve em Sudbury, Canadá, chegou a um acordo preliminar para resolver uma disputa trabalhista em curso que levou 2.500 empregados a entrarem em greve desde 1º de junho, atingindo a produção da mineradora brasileira.

O acordo de cinco anos, publicado no site do United Steelworkers (USW), inclui “melhorias monetárias significativas para os membros existentes e preserva os benefícios de saúde dos aposentados para todas as contratações futuras”. A proposta será colocada em votação na terça-feira, disse um representante do sindicato USW Local 6500 à Reuters.

Gafisa (GFSA3, R$ 3,71, -1,59%)

A Gafisa anunciou na terça-feira a venda de terrenos por R$ 200 milhões para fundo de investimento imobiliário, em operação que busca reciclar capital próprio investido em áreas que já estão no balanço, mantendo a companhia como incorporadora dos projetos.

O Bradesco BBI vê a intenção de implementar uma estratégia de reciclagem ativa como mais um passo positivo no plano de recuperação em andamento da Gafisa. Se for bem-sucedida, a Gafisa Capital pode ajudar a Gafisa a manter seu balanço patrimonial enxuto e, ao mesmo tempo, acelerar os lançamentos em seu segmento de construção residencial tradicional, que consideramos necessário para atender ao desafio de renovar a geração de valor, após as conquistas positivas dos últimos dois anos. Os analistas do banco possuem uma recomendação neutra e preço-alvo de R$ 5,50 para GFSA3.

(com Reuters e Estadão Conteúdo)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.