Ação da B2W dispara 17% e Via Varejo sobe 12% em dia de alta para varejistas; Petrobras avança 5% e IRB cai 7%

Confira os destaques da B3 na sessão desta quarta-feira (22)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Apesar da forte queda do índice de ADRs Brazil Titans 20, de 3,30%, no feriado da terça-feira (21), o Ibovespa teve fortes ganhos na sessão de quarta-feira (22) acompanhando o exterior, após o petróleo ganhar forças. O contrato WTI para junho subiu 19,10% e o brent avançou mais de 5% depois de uma forte queda na véspera e após o contrato WTI para maio fechar em cotação negativa na segunda-feira.

Donald Trump, presidente dos EUA, afirmou pelo Twitter que ordenou a Marinha a bombardear e destruir embarcações iranianas que ameacem os navios americanos. O Irã é um dos maiores produtores de petróleo. Há uma semana, o Pentágono acusou Teerã de realizar “manobras perigosas” no mar, quando – de acordo com Washington – 11 lanchas iranianas navegaram perto de navios americanos nas águas internacionais do Golfo, em “alta velocidade”. Confira os outros motivos para o petróleo ter levado à forte alta da commodity nesta sessão clicando aqui. 

A Petrobras (PETR3, R$ 17,15, +3,63%;PETR4, R$ 16,75, +5,02%), que viu seus ADRs caírem cerca de 3% na véspera, zerou as perdas logo no começo da sessão e passou a subir até 5%.

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Entre as maiores altas, atenção para as varejistas, com Via Varejo (VVAR3, R$ 7,40, +12,29%) subindo mais de 10% também  com mudanças no Conselho, enquanto o Pão de Açúcar (PCAR3, R$ 70,72, +8,80%) avançou 8,80% após prévia operacional do primeiro trimestre.

O destaque, contudo, fica com a B2W (BTOW3, R$ 75,75, +17,15%) , que saltou 17,15% após o HSBC elevar a recomendação para “compra”, com preço-alvo de R$ 83. As ações da B2W subiram até 18,82%, para R$ 76,83, maior nível intradiário desde 5 de fevereiro. Segundo o banco, é provável que a B2W se beneficie de uma adoção mais ampla do comércio eletrônico na América Latina, pois a Covid-19 deve moldar o comportamento do consumidor, analistas liderados por Ravi Jain escreveram em relatório.

“A Covid-19 poderia fazer com a América Latina o que a SARS fez com o comércio eletrônico chinês no início dos anos 2000”, destacaram, também apontando que a B2W possui uma vasta rede logística reforçada por grande presença das Lojas Americanas e variedade de produtos. A Lojas Americanas (LAME4, R$ 25,17, +9,39%) possui cerca de 61% da B2W.

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Lojas Americanas, Magazine Luiza (MGLU3, R$ 50,46, +4,08%) e Lojas Renner (LREN3, R$ 40,93, +4,95%) também subiram forte.

Ainda no radar do setor, está a notícia de que a a crise do coronavírus levou a Senacon, ligada ao Ministério da Justiça, a acelerar a tomada de medidas sobre a atuação dos sites na venda de itens falsificados e recomendar novos controles aos marketplaces. De acordo com o UBS, é positiva a autorregulação para empresas como B2W e Mercado Livre em meio à segurança que trará aos sistemas.

Também impulsionando as varejistas, estão as notícias de estudo para flexibilização da quarentena em alguns estados. Em São Paulo, o governador João Doria desenha medidas para a reabertura gradual
da economia a partir de 11 de maio, passo que deve ser analisado também pelo Rio de Janeiro.

Já entre as maiores quedas, a ação do IRB (IRBR3, R$ 11,06, -7,29%) caiu mais de 7% com as mudanças no Conselho de Administração.

Fora do índice, a AES Tietê (TIET11, R$ 14,17, -5,60%) caiu quase 6% após a Eneva (ENEV3, R$ 36,34, -0,98%) encerrar tratativas para fusão entre as duas companhias. JHSF (JHSF3) viu suas ações subirem forte, mais de 16%, após prévia operacional. Confira os destaques:

AES Tietê (TIET11, R$ 14,17, -5,60%) e Eneva (ENEV3, R$ 36,34, -0,98%)

A Eneva Energia informou na madrugada de hoje que encerrou a proposta para a oferta de aquisição da AES Tietê, após mais de 45 dias de tentativa de comprar a concessionária paulista de energia elétrica, subsidiária da AES dos Estados Unidos. Segundo a Eneva, mesmo que o Conselho de Administração da AES Tietê levasse a proposta aos seus acionistas, os votos dos donos de ações preferenciais não seriam reconhecidos.

A Eneva afirmou que isso contraria os estatutos da própria AES Tietê, bem como o “regulamento de listagem do nível 2 de governança corporativa da B3”. Segundo a Eneva, existe a possibilidade de um conflito potencial entre os donos de ações preferenciais da AES Tietê e o Conselho de Administração da empresa paulista.

“A Eneva seguirá trabalhando para a geração de valor aos seus acionistas, focada no desenvolvimento do seu plano de negócios, sempre atenta a futuras novas oportunidades de combinações de negócios”, declarou a empresa carioca.

Conforme destaca a XP Investimentos, a notícia poderia impactar negativamente as ações da AES Tietê por eventualmente frustrar acionistas que tinham visão favorável da fusão.

Pão de Açúcar (PCAR3, R$ 70,72, +8,80%) 

O Grupo Pão de Açúcar divulgou prévia do primeiro trimestre deste ano e informou uma receita bruta consolidada de R$ 21,6 bilhões. O resultado inclui as operações no Brasil, Colômbia, Argentina e Uruguai. Apenas no Brasil, a receita bruta avançou 15% no primeiro trimestre para R$ 15,9 bilhões. No conceito “mesmas lojas” o crescimento no faturamento bruto foi de 6,9%.

Segundo o grupo, o crescimento mais expressivo foi na rede de lojas de atacarejo Assai, com uma expansão de 23,8% no faturamento bruto no período, sobre o primeiro trimestre de 2019, para R$ 8,54 bilhões. No conceito mesmas lojas, que leva em conta apenas unidades abertas há doze meses, a expansão de vendas brutas no Assai foi de 7,1%. Outro destaque nas vendas foi a rede de supermercados Éxito da Colômbia, onde o faturamento bruto avançou 12,1%, no conceito mesmas lojas, para R$ 5,71 bilhões.

O banco Bradesco BBI avaliou que os resultados prévios do Grupo Pão de Açúcar no primeiro trimestre foram positivos, mostrando o impacto da epidemia do coronavírus no aumento das vendas. “O faturamento no Brasil chegou 2% acima das nossas projeções”, comentou o BBI. Segundo o banco, o formato Multivarejo, que inclui todas operações do Extra e do supermercado Pão de Açúcar, teve uma expansão de vendas de 6,1%, superior à estimativa de 5% feita pelo BBI. A expansão de vendas do atacarejo Assai, de 7,1%, chegou ligeiramente abaixo da estimativa do BBI, que era de 7,7%. “Mesmo assim, vemos o desempenho como bom, dada a forte base de comparação do primeiro trimestre de 2019”, comentou o banco.

Outro destaque, lembrou o BBI, foram as operações dos supermercados Éxito na Colômbia e vendas acima do esperado na Argentina e no Uruguai. “Nós continuamos a ver a PCAR3 como uma boa ação defensiva para manter no atual ambiente. A melhora no ímpeto das vendas deve dar confiança aos investidores de que as margens da empresa continuarão a melhorar em 2020”, destacou o BBI, que mantém recomendação outperform – acima da média, para o papel, com preço-alvo de R$ 86,00 para 2020 – alta de 19% sobre os R$ 72,11 do fechamento da B3 na segunda-feira.

Anima (ANIM3, R$ 22,06, +1,43%)

A Anima, grupo paulista de educação privada que controla várias empresas, informou ao mercado que realizará suas assembleias gerais ordinária e extraordinária apenas por meio eletrônico. A empresa lembrou que a CVM tornou possível recentemente esta possibilidade por causa da epidemia do Covid-19, com o objetivo de preservar a integridade física e mental dos acionistas das companhias. A assembleia da Anima ocorrerá no dia 29 de abril.

Os acionistas que comprovarem sua condição até o dia 27 de abril, através do envio de documentos para o e-mail ri@animaeducacao.com.br, poderão participar das assembleias por meio virtual – a Anima enviará senha e link para cada um. Segundo a empresa, os acionistas poderão votar na hora das assembleias.

Embraer (EMBR3, R$ 8,97, -2,50%)

A Embraer disse que está discutindo a parceria estratégica com a Boeing, segundo comunicado nesta terça-feira. A discussão inclui a prorrogação da data limite inicial para conclusão da parceria, prevista no acordo global da operação, que era 24 de abril. O comunicado da Embraer foi divulgado em resposta a um pedido da CVM depois de reportagem de O Estado de S. Paulo, em 20 de abril, dizer que o negócio poderia ser adiado.

A Embraer comunicou ainda que aceitará os boletins de voto dos acionistas que forem enviados por meio eletrônico até as 10h da manhã do dia 27 de abril. A empresa adiou o prazo para o envio por causa da epidemia do coronavírus. A empresa orienta os acionistas a enviarem os boletins de voto diretamente para o e-mail investors.relations@embraer.com.br. A Embraer também pediu aos acionistas que optarem por participar das assembleias gerais ordinária e extraordinária da empresa, que acontecerão em 29 de abril, em São José dos Campos (SP), que confirmem antes por e-mail a presença nos eventos.

Via Varejo (VVAR3, R$ 7,40, +12,29%)

Michael Klein deixará a presidência do conselho de administração da Via Varejo , informou a companhia na noite de segunda.

Ele será substituído no comando do colegiado por Raphael Klein, filho de Michael e neto do fundador da companhia.

Roberto Fulcherberguer, presidente da Via Varejo, também deixará o conselho e passa a se concentrar em suas atividades no comando executivo da companhia.

Em nota à imprensa, Fulcherberguer diz que a mudança acontece em um momento em que a empresa avança em sua transformação digital. “Michael Klein tem um papel fundamental nesse reerguimento da companhia, sou muito grato pelo apoio em todo esse período. Agora estamos em uma segunda fase do turn around, uma fase ainda mais voltada à transformação digital. E Raphael tem estreita ligação com esse tema”, afirma.

Segundo o CEO da dona das Casas Bahia e Ponto Frio, a nova composição do Conselho “dará ainda mais agilidade às decisões de mudança da empresa, essenciais nesse momento de transformação”. No comunicado da Via Varejo, a empresa afirmou que Raphael Klein tem experiência e um longo histórico com a empresa.

“A ocorrência de uma proposta de renovação do Conselho já era esperada, dado o fim do mandato anterior. Nesse contexto, a permanência da família Klein na presidência do grupo é positiva, dado que a posição acionária relevante da mesma (cerca de 30%) garante a continuidade do alinhamento com os demais acionistas. Além disso, apesar de a saída de Michael Klein da presidência do grupo ter causado surpresa em alguns investidores, acreditamos que (i) o histórico profissional de Raphael Klein seja consistente com a continuidade do plano de turnaround da companhia, e que (ii) ele também possivelmente conseguirá dedicar até mais tempo à companhia, dado a atenção que seu pai, Michael Klein, tem em seus outros negócios”, destaca a XP Investimentos, que mantém recomendação de compra para os ativos com preço-alvo de R$ 9,50 para o final de 2020.

IRB Brasil (IRBR3, R$ 11,06, -7,29%)

ressegurador IRB Brasil Re anunciou mudanças no Conselho de Administração. A partir da renúncia de executivos indicados por acionistas da companhia como Bradesco e Itaú Unibanco, selecionou, com o auxílio da consultoria Korn Ferry, novos membros que incluem a ex-S&P Regina Nunes, além de especialistas nas áreas de seguros, contabilidade e governança corporativa.

De acordo com comunicado do IRB à imprensa, as renúncias foram motivadas pela necessidade de dedicação exclusiva dos profissionais às suas empresas de origem por conta da crise provocada pela pandemia de covid-19 no mercado.

Na noite de segunda, o IRB informou que recebeu a renúncia dos executivos Vinicius José de Almeida Albernaz, indicado pelo Bradesco, e Alexsandro Broedel Lopes, do Itaú Unibanco, dos cargos de membros efetivos do colegiado, assim como de seus suplentes Ivan Luiz Gontijo Junior e Osvaldo do Nascimento. O presidente do colegiado e presidente-interino do IRB, Antônio Cassio dos Santos, agradeceu ao antigo time de conselheiros.

“Agradeço a dedicação dos membros com quem trabalhei nestas últimas semanas, que facilitaram em muito a minha chegada e participaram comigo da reformulação do Conselho e da gestão da companhia”, afirma, em nota.

Para os cargos vagos no Conselho de Administração foram selecionados quatro novos membros: Regina Nunes, sócia fundadora da RNA Capital e que teve funções de destaque na agência de classificação de risco S&P Global Ratings; Ivan Passos, com passagens na MDS Corretora de Seguros, Herco Consultoria, resseguradora Hannover e SulAmérica; Henrique Luz, ex-sócio sênior e vice-presidente da PWC e presidente do Conselho de Administração do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) desde 2018 e Marcos Falcão, sócio fundador da Gama Investimentos e com carreira também no mercado de seguros, incluindo nomes como a seguradora brasileira Icatu.

PetroRio (PRIO3, R$ 19,81, -3,83%)

Ex-diretor financeiro, Roberto Monteiro assume a presidência da PetroRio e diz em entrevista que será
preciso clareza de que o barril de petróleo se sustente acima de US$ 40 antes de retomar investimentos, previstos no início do ano em US$ 183 milhões.

Nelson Tanure (filho) deixa o comando operacional da companhia e assume a presidência do conselho de administração, conforme ata de 20 de abril; seu pai homônimo, Nelson Tanure, deixou o conselho
em 2019, conforme destaca a Bloomberg.

“A gestão é de continuidade. Como diz o Nelson, vamos nos preparar para o pior e esperar pelo melhor”, disse Monteiro. A PetroRio estava fortalecida para crise, com 100% da produção do primeiro trimestre protegida a US$ 65 o barril via hedge, e produção do 2º trimestre protegida a cerca de US$ 42 o barril, destacou o CEO. Já o caixa alto, a US$ 120 milhões, mantém conforto, apontou.

Randon (RAPT4, R$ 8,52, +5,84%) 

O grupo Randon, maior produtor brasileiro de implementos rodoviários e semirreboques, divulgou na manhã de hoje os resultados prévios do primeiro trimestre de 2020. Os resultados incluem todas as empresas do grupo. O Grupo Randon obteve um aumento de 3% na receita líquida consolidada do período, sobre igual trimestre de 2019, para R$ 1,16 bilhão. Já a receita bruta consolidada do primeiro trimestre de 2020 foi de R$ 1,67 bilhão, uma expansão de 2,3% sobre igual período do ano passado.

Os dados da Randon mostram que o faturamento bruto e líquido do grupo cresceu em janeiro e fevereiro, mas teve queda em março, com a chegada da epidemia do coronavírus ao Brasil. A receita líquida, que avançou 9,7% em janeiro e 7,6% em fevereiro, caiu -6,9% em março.

O banco Itaú BBA comentou a prévia do primeiro trimestre de 2020 da Randon, avaliando que o faturamento líquido do grupo, mesmo com expansão, chegou 5,7% abaixo das estimativas feitas pela instituição. O BBA comenta que embora os resultados da Randon tenham sofrido em março impacto da epidemia do coronavírus, o grupo está bem protegido em termos financeiros para lidar com contingências no futuro. “A companhia segurou R$ 2,7 bilhões em ativos líquidos, mais do que suficiente para cumprir compromissos com fornecedores e pagar as dívidas. Após cumprir pagamentos de curto prazo, a Randon ainda terá R$ 1,2 bilhão no caixa”, avalia o BBA, que mantém nota outperform – acima da média, para o papel RAPT4, com preço-alvo de R$ 15,00 para a ação em 2020.

Fras-Le (FRAS3, R$ 4,09, +3,54%) 

A Fras-Le, maior fabricante brasileira de pastilhas de freio, informou que obteve um faturamento líquido de R$ 341,8 milhões no primeiro trimestre de 2020, um crescimento de 5,9% sobre igual período do ano passado.

A empresa de autopeças do grupo Randon detalhou que em janeiro e fevereiro houve crescimento nas vendas, mas em março houve retração de -3,5% nas vendas brutas para R$ 169,1 milhões. As vendas brutas acumuladas no primeiro trimestre também cresceram, contudo, para R$ 488,3 milhões, uma expansão de 2,9% sobre igual trimestre de 2019.

São Martinho (SMTO3, R$ 18,69, +7,54%) 

O Bradesco BBI avalia que a queda nos preços do barril do Brent – tipo de petróleo que é referência no Brasil – é prejudicial para a São Martinho. “A queda do Brent pode levar a uma queda no preço da gasolina e, em consequência, também do etanol. Para cada redução de US$ 5 no preço do Brent que prevíamos para 2020, de US$ 35 o barril, poderemos cortar em 10% nossa estimativa de Ebitda para a São Martinho neste ano”, comenta o BBI, notando que o etanol responde por 55% da produção da São Martinho. “À medida em que o cenário para o etanol piora progressivamente e existem sinais de excesso do combustível no mercado brasileiro, as usinas tendem a aumentar a produção de açúcar, o que poderá pressionar os preços do açúcar no futuro”, avalia o BBI.

Marcopolo (POMO4, R$ 3,11, -1,58%) 

A Marcopolo informou na manhã de hoje que retomou parcialmente as atividades nas suas fábricas de São Mateus (ES) e Rio de Janeiro (RJ), com a participação de 80% e 50% dos trabalhadores, respectivamente, em cada unidade. A fabricante gaúcha de ônibus e carroçarias para ônibus manteve sua principal fábrica em Caxias do Sul (RS) aberta.

Suzano (SUZB3, R$ 35,21, +0,83%) e Klabin (KLBN11, R$ 16,53, +3,64%)

Os preços de celulose de fibra curta na China tiveram alta esta semana (+US$ 1,80 a tonelada), para US$ 466,20 a tonelada. “Mantemos nossa visão de que os preços estejam próximos de um piso”, avalia a XP.

Energisa (ENGI11, R$ 47,38, +6,02%)

A Energisa postergou R$ 500 milhões em investimentos previsto para 2020.

Já o banco Credit Suisse comentou a notícia de que a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) propôs um valor líquido preliminar de revisão tarifária de R$ 1,42 bilhão para a subsidiária Energisa Tocantins. Na avaliação do Credit Suisse a proposta é positiva, uma vez que o banco projetava que o valor da revisão tarifária seria de R$ 1,09 bilhão. “A ANEEL deve divulgar hoje nota técnica completa com outras variáveis”, informou o Credit.

JHSF (JHSF3, R$ 4,39, +16,45%)

A construtora e incorporadora paulista JHSF publicou prévia operacional do primeiro trimestre de 2020, relativa apenas a dados de incorporação imobiliária. Segundo a empresa, houve um crescimento de 130,5% nas vendas contratadas no período, para um total de R$ 99,5 milhões. A expansão é sobre o igual trimestre de 2019. A JHSF informou na prévia que os números incluem a Fazenda Boa Vista, o Fasano Cidade Jardim e o Boa Vista Village.

A JHSF informou que já começou a construção do Fasano Cidade Jardim, um empreendimento de alto padrão que totaliza um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 800 milhões e incluirá o Hotel Fasano Cidade Jardim, o Fasano Club e o Fasano Private Residences. O complexo Fasano será ligado ao Shopping Cidade Jardim, da JHSF, Zona Sul da capital paulista. Já o Boa Vista Village, lançado no primeiro trimestre, fica adjacente à Fazenda Boa Vista, no interior paulista, e segundo a JHSF tem VGV de R$ 4,5 bilhões. A empresa vendeu R$ 13,1 milhões em lotes do Village no período. Na Fazenda Boa Vista, que é um empreendimento já entregue, as vendas cresceram 143,5% no período, sobre o primeiro trimestre do ano passado, para R$ 77 milhões.

Ambev (ABEV3, R$ 11,62, +0,09%)

O banco Credit Suisse se disse “cauteloso” com o desempenho de vendas da cervejaria Ambev no primeiro trimestre deste ano no Brasil. O CS projeta uma queda de 10% nos volumes da cerveja vendida pela Ambev no país no período, em comparação a igual trimestre de 2019. A Ambev divulgará sua prévia no dia 7 de maio. O CS baseia sua projeção no avanço da marca Heineken no Brasil. A cervejaria holandesa divulgou na manhã de hoje seu resultado prévio do primeiro trimestre no mundo inteiro, e embora tenha tido queda de vendas na Europa, no Brasil houve aumento de 50% no volume de vendas da marca Heineken.

Mitre (MTRE3, R$ 10,89, +10%) 

O Itaú BBA comentou os resultados prévios do primeiro trimestre divulgados pela construtora e incorporadora imobiliária Mitre, que atua apenas na capital paulista. Segundo o BBA, embora a Mitre tenha informado queda nas vendas, o resultado já era esperado, uma vez que a empresa optou por não fazer lançamentos no período. A Mitre retomará os lançamentos no segundo trimestre. O BBA comentou que os resultados também foram prejudicados pela epidemia do coronavírus, que levou ao fechamento dos estandes em março. O banco manteve a recomendação outperform – acima da média para a ação MITR3, projetando um preço-alvo de R$ 17,70 para 2020, uma alta de 78,8% sobre o preço de R$ 9,90 na B3 no dia 20.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.