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Estimular a competitividade é incentivar a inovação e o uso de dados nas políticas públicas

É essencial que se estimule a troca de experiências entre os estados. O ranking de competitividade do CLP auxilia governos a ter mais clareza dos resultados conquistados
Por  Equipe InfoMoney
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

* por Luana Tavares, diretora-executiva do CLP – Liderança Pública

Apesar da perda de capacidade de investimentos com a retração econômica, este é o primeiro ano dos novos governadores. É o momento em que eles estão fazendo planos de médio e longo prazo e precisam de muita criatividade e inovação para buscar melhores soluções com recursos escassos.

O Estado precisa ser eficiente, mas, hoje, a realidade em 14 entes federativos (considerando os 26 estados e o Distrito Federal) é o consumo de mais de 60% da arrecadação com folha de pagamento. Ou seja, resta pouco ou nenhum espaço para investimento. Por isso, as aprovações das reformas da Previdência e Administrativa são importantes para desafogar recursos que possam ser aplicados no que realmente interessa: na melhoria dos serviços públicos. E isso pode levar o país para o rumo do crescimento e do desenvolvimento sustentável.

Além disso, o cenário de estagnação econômica no país e de baixos investimentos exige dos gestores o uso da inovação: aprender a fazer mais com menos recursos.

Ao mesmo tempo, como o uso de dados para tomada de decisão e priorização política ainda é muito fraco no Brasil, é preciso incentivá-lo. É essencial que se estimule a troca de experiências entre os estados – e hoje, o país faz isso muito mal. Aqui, cada político ou partido toma decisões com foco em deixar sua marca, mas todos deveriam olhar para os resultados e buscar alcançar parâmetros internacionais.

O ranking de competitividade dos estados do CLP – Liderança Pública fornece esses dados. A edição de 2019 será conhecida no dia 18 de outubro em um evento no Pregão da B3, em São Paulo.

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Lançado anualmente desde 2011, ele tem o objetivo de auxiliar os governos a ter mais clareza dos resultados até então conquistados com suas políticas públicas. São analisados 69 indicadores em 10 grandes áreas. O ranking analisa não só indicadores financeiros e econômicos, mas também de infraestrutura e de desenvolvimento ambiental e social – que também estimulam a competitividade.

O material permite indicar os pontos críticos, os gaps de investimentos e as políticas públicas que deram resultados. Assim, é possível focar os esforços nas ineficiências. Os dados trazidos pelo ranking auxiliam os gestores a olhar para dentro de forma estruturante: a entrar em temas pouco explorados e primar o enxugamento da máquina pública.

O ranking gera necessariamente competitividade entre os estados. Ele é uma oportunidade para comprovar a eficácia de uma política pública e apostar em novos modelos ou boas práticas em andamento. Tem o objetivo de fazer com que os gestores públicos se sintam estimulados a superar os indicadores de cada uma das áreas deficitárias, mesmo sabendo que os estados brasileiros têm muitos desafios postos. Já existem governantes que se baseiam no ranking para conhecer boas práticas já implementadas.

O levantamento também é uma ferramenta eficaz para que a população tenha conhecimento do que está sendo feito no seu estado e avaliar a gestão do governante eleito. É importante ainda para o setor privado contabilizar os resultados dos investimentos realizados. Sobretudo, o ranking serve para monitorar a eficiência do Estado, buscando sempre melhorar a vida dos cidadãos.

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