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Os 3 fatores que devem estar na cabeça dos investidores em 2020

Diante desse cenário, será necessário ter uma cabeça mais global, estar atento às soluções que várias fintechs estão trazendo
Por  Gustavo Cunha -
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

Nesse primeiro post de 2020, vou falar sobre investimentos e sobre como a maneira de fazê-los está mudando.

Apesar de ser uma discussão em alta recentemente por conta do cenário de juros brasileiros, há alguns fatores de longo prazo que aparentemente as pessoas estão percebendo somente agora.

O primeiro fator é a continuidade por um tempo demasiadamente longo de títulos públicos de vários países pagando taxas muito baixas – ou negativas, muitas vezes.

Uma das razões para isso do ponto de vista econômico é a não aceitação dos efeitos econômicos da crise de 2008 a valor presente e a tentativa de diluir seu efeito em vários anos.

O problema é que é difícil avaliar os efeitos colaterais dessa política. Estamos vendo hoje que as grandes economias não conseguem se livrar dessas políticas e reativar suas economias.

Um segundo fator é a maior globalização, que faz os efeitos de transmissão entre os países serem sentidos mais rapidamente e em maior intensidade.

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Arbitragem de juros é um dos canais de transmissão disso. Tudo mais igual, se os juros nos países desenvolvidos se mantêm baixos, as taxas nos países emergentes tendem a cair também (tanto mais quanto menor o risco individual desse país).

Um terceiro fator que não pode ser ignorado é a tendência a desintermediação que está ocorrendo no mercado financeiro.

Se, por um lado, isso pode ajudar os mecanismos de transmissão dos juros à economia real, por outro podem complicar o multiplicador bancário (bancos tomando dinheiro emprestado e emprestando). Os estudos preliminares da moeda digital dos Bancos Centrais (CBDC) ressaltam esse fato.

Além disso, essa desintermediação faz com que uma nova categoria de investimentos esteja sendo criada no mundo, via as fintechs de crowdfunding e peertopeer lending, que conectam diretamente pessoas/empresas que precisam tomar dinheiro com investidores.

Por meio delas, já é possível aplicar diretamente em projetos ou dívida de maneira regulamentada e com uma diversificação e rentabilidade muito maior do que a maioria dos investimentos de risco.

Esses 3 fatores (juros persistentemente baixos, globalização e novas tecnologias) não são fatores que começaram no ano passado. Já estão aí há muito tempo e vêm se intensificando.

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Diante desse cenário, será necessário ter uma cabeça mais global, estar atento às soluções que várias fintechs estão trazendo e ter a consciência de que o parâmetro de juros do passado (para muitos, os famosos 1% ao mês) não deve voltar tão cedo.

Ótimos investimentos em 2020.

E você? O que acha? Comente abaixo ou me encontre nos links abaixo para continuarmos a discussão;

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Gustavo Cunha Autor do livro A tokenização do Dinheiro, fundador da Fintrender.com, profissional com mais de 20 anos de atuação no mercado financeiro tradicional, tendo sido diretor do Rabobank no Brasil e mais de oito anos de atuação em inovação (majoritariamente cripto e blockchain)

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