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Raízen aposta na alta do etanol e alavanca projetos 2G

Companhia antecipa recurso de contrato futuro e não vê espaço para novas quedas no biocombustível diante de demanda aquecida

Alexandre Inacio

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O etanol foi o patinho feio dos robustos resultados da Raízen (RAIZ4) no terceiro trimestre deste exercício 2024, encerrado em dezembro. Ainda assim, a companhia, que viu seu lucro líquido mais que dobrar no período, se mostra otimista com o atual cenário para o produto e com o que ainda está por vir, principalmente com a segunda geração do biocombustível.

A Raízen informou que vai usar um contrato de venda futura de etanol 2G para antecipar receita e financiar a construção de novas usinas. A empresa não deu detalhes da operação, mas disse que é de natureza privada entre contrapartes.

“A ideia é trazer capital para fazer uma planta que ainda sequer foi construída. Antecipar esse recebível é a prova da confiança do mercado no modelo que criamos”, disse Ricardo Mussa, CEO da Raízen, em conversa com jornalistas.

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Ricardo Mussa, CEO da Raízen (divulgação)
Ricardo Mussa, CEO da Raízen (foto: Divulgação)

A primeira unidade de etanol 2G da Raízen está em operação no Parque de Bioenergia Costa Pinto, em Piracicaba (SP). A expectativa é que a planta produza 25 mil metros cúbicos nesta safra. A segunda planta está em fase final de licenciamento e chegará a 65% da capacidade em seu primeiro ano de atividade.

Segundo Mussa, o processo de venda de etanol 2G da Raízen prevê contratos de longo prazo, com clientes considerados “triple A” e a preços previamente estabelecidos. “As plantas já nascem com 80% da capacidade vendida. Além disso, esse modelo nos permite crescer sem afetar o balanço”, afirmou.

Para o etanol de primeira geração, a expectativa é de aumento de preços. Em janeiro, o valor médio recebido pelas usinas foi o menor desde setembro de 2020. Em 12 meses, a queda acumulada era de quase 30%.

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No entanto, o mercado começou a reagir desde a última semana de janeiro. Para Mussa, não existe muito espaço para novas quedas, ainda que a entrada do combustível da nova safra aumente a oferta no mercado interno.

“Os preços baixos trouxeram muita demanda, pois a diferença em relação à gasolina ficou muito grande. Eu nunca tinha visto uma diferença tão grande”, disse Mussa.

Em sua avaliação, ainda existe espaço para os preços do etanol subirem ainda mais. Isso porque a demanda pelo biocombustível segue elevada diante da diferença de preços em relação à gasolina, que continua alta.

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