Ethereum e Solana disparam dois dígitos, novos ETFs e mais assuntos que vão movimentar o mercado de criptos hoje

Alta generalizada leva valor de mercado das criptomoedas cada vez mais próximo da marca de US$ 3 trilhões

Paulo Barros

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SÃO PAULO – Ethereum (ETH), negociado a US$ 4.292, e Solana (SOL), cotada a US$ 191, são os destaques do dia entre as principais criptomoedas do mundo após registrarem ganhos de dois dígitos nas últimas 24 horas , de 11% para e 21%, respectivamente. Os ativos acompanham a valorização do Bitcoin (BTC) na quarta, dia em que a moeda digital finalmente rompeu sua máxima histórica, ultrapassando os US$ 65 mil. Às 7h, o preço girava em torno de US$ 66.400.

A alta do BTC se espalhou para o mercado após o preço estacionar na região dos US$ 66 mil ontem. Logo em seguida, diversas altcoins, como são chamadas as demais criptos, começaram a avançar. O movimento vai na contramão da expectativa de uma parcela dos investidores do setor, que acreditavam que o cenário estava favorável apenas para o Bitcoin.

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Considerando as 100 criptomoedas com maior valor de mercado, a Solana ainda perde para dois ativos. A que mais sobe no dia, com salto de 26,7%, é a desconhecida Spell Token (SPELL), ativo de governança da plataforma de finanças descentralizadas (DeFi) Abracadabra Money. Depois vem o token Nexo (NEXO), da solução de empréstimos de mesmo nome, que avança 23,4%.

A Ecomi (ECOMI) é o único ativo que apresenta queda por enquanto, com recuo de 2,2% no dia. Com isso, a capitalização das criptomoedas dispara para a máxima histórica de US$ 2,79 trilhões.

A valorização generalizada das criptos ocorre após dois dias bem-sucedidos de negociações do primeiro ETF de Bitcoin nos EUA. O produto BITO, da ProShares, movimentou mais de US$ 1 bilhão na bolsa de Nova York (NYSE) e já está entre os ETFs com melhor desempenho da história.

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Esse foi apenas o primeiro. A Valkyrie Investment também obteve aprovação do seu ETF de futuros da criptomoeda, que deve ser listado na Nasdaq na sexta (22). Já a VanEck anunciou que seu fundo de índice será liberado na próxima semana.

Confira o desempenho das principais criptomoedas às 7h03:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Bitcoin (BTC) US$ 66.434 +3,7%
Ethereum (ETH) US$ 4.292 +11%
Binance Coin (BNB) US$ 495,97 +2,2%
Cardano (ADA) US$ 2,28 +7,7%
Solana (SOL) US$ 191,25 +21,3%

As criptomoedas com as maiores altas nas últimas 24 horas:

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Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Spell Token (SPELL) US$ 0,01927547 +26,7%
Nexo (NEXO US$ 2,28 +23,4%
Solana (SOL) US$ 191,25 +21,3%
Safemoon (SAFEMOON) US$ 0,00000235 +18,8%
Flow (FLOW) US$ 15,13 +18%

As criptomoedas com as maiores baixas nas últimas 24 horas:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Ecomi (ECOMI) US$ 0,00640836 -2,2%

Confira como fecharam os ETFs de criptomoedas no último pregão:

ETF Preço Variação
Hashdex NCI (HASH11) R$ 63,90 +3,87%
Hashdex BTCN (BITH11) R$ 88,90 +2,65%
Hashdex Ethereum (ETHE11) R$ 69,90 +9,65%
QR Bitcoin (QBTC11) R$ 23,40 +1,69%
QR Ether (QETH11) R$ 16,78 +7,43%

Veja as principais notícias do mercado cripto desta quinta-feira (21):

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Valkyrie e VanEck são as próximas a lançar ETF de Bitcoin nos EUA

As gestoras Valkyrie e VanEck receberam aprovação regulatória e serão as próximas a terem um ETF de Bitcoin listado nas bolsas americanas. O da Valkyrie será listado na Nasdaq sob o ticker BTFD amanhã (22), enquanto o da VanEck está previsto para segunda (25).

Os ETFs também são de futuros, o que significa que eles não adquirem Bitcoin diretamente, mas acompanham os preços dos contratos futuros negociados em bolsas de derivativos. Embora isso faça com que o preço das cotas sejam diferentes do valor real no mercado à vista, a solução parece ainda assim agradar investidores.

O BITO, ETF da ProShares que estreou na terça, teve o segundo melhor desempenho de um ETF na história, com quase US$ 1 bilhão negociado no primeiro dia, e ajudou a levar o Bitcoin para um novo recorde.

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JPMorgan diz que alta do Bitcoin está ligada ao temor pela inflação, e não ETF

O Bitcoin disparou de preço não por conta da estreia do ETF da ProShares na bolsa de Nova York, mas sim pela crescente preocupação com a inflação e a crença cada vez mais comum de que a criptomoeda pode ser uma proteção viável contra uma crise global.

Foi o que defenderam os estrategistas do JPMorgan em nota enviada a clientes. No texto, o banco de investimento diz que o primeiro ETF de Bitcoin dos EUA “dificilmente desencadeará uma nova fase de entrada de capital significativamente mais fresco no Bitcoin”, que, como o ouro vem gerando preocupações sobre custo operacional, a criptomoeda surge como alternativa aos olhos dos investidores.

O documento reforça uma declaração dada pelos especialistas do banco há duas semanas, quando pontuaram que o Bitcoin crescia na preferência dos clientes em relação ao ouro como hedge contra a inflação. O movimento se refletiria diretamente na transferência de capital de ETFs de ouro para fundos de Bitcoin, o que “apoia uma perspectiva otimista para o Bitcoin no final do ano”.

Exchange que sofreu maior hack da história tem plano de reembolso aprovado

A Mt.Gox, exchange japonesa que sofreu o maior hack da história das criptomoedas, em 2014, teve um plano de recuperação aprovado. A proposta prevê o reembolso às vítimas de parte dos bitcoins roubados.

Os mais de 24 mil credores aprovaram o plano apresentado no início do ano após deferimento de uma ação ingressada junto a um tribunal japonês.

O acordo envolve um pagamento combinado em Bitcoin e ienes que totalizaria US$ 6,8 bilhões, mas a valorização do Bitcoin neste ano já eleva a cifra para US$ 9,8 bilhões, bem mais do que os US$ 450 milhões em Bitcoin e US$ 27,4 milhões em dinheiro roubados da corretora há sete anos.

Ainda assim, as vítimas receberão apenas 150 mil dos 850 mil bitcoins furtados no ataque. A quantidade é suficiente para levantar receio de liquidação em massa dos valores, o que poderia potencialmente provocar queda no preço da criptomoeda no curto prazo.

A data exata em que os bitcoins serão devolvidos aos credores ainda não foi revelada.

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Paulo Barros

Editor de Investimentos