Simone Tebet lidera apostas de analistas políticos para nome único da ‘3ª via’

Especialistas acreditam que senadora poderá aglutinar legendas que farão anúncio dia 18, mas há divergências inclusive sobre sustentabilidade da aliança

Gabriel Toueg

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Enfrentando graves problemas para decolar, a chamada “terceira via” prometeu, para 18 de maio, um anúncio conjunto para apresentar um nome único que representaria uma alternativa à polarização entre o ex-presidente Lula (PT) e o atual ocupante do Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro (PL). O anúncio deverá ser feito pelos presidentes do União Brasil, MDB, PSDB e Cidadania.

Ouvidos pelo InfoMoney para a edição de abril do Barômetro do Poder, analistas de risco político divergem em relação ao nome que poderá cristalizar a terceira via e tentar emprestar alguma viabilidade à estratégia de centro-direita. Embora a maioria (33,3%) aposte no nome da senadora Simone Tebet (MDB-MS), a mesma quantidade acredita que não haverá acordo entre as quatro legendas para a apresentação de um nome único.

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Outros nomes citados foram o dos tucanos João Doria (ex-governador de São Paulo) e Eduardo Leite (ex-governador do Rio Grande do Sul), que brigam – embora com menos intensidade agora do que há cerca de um mês – dentro do PSDB pela chance de disputar o Planalto pela legenda.

Doria, formalmente definido como o nome tucano na corrida presidencial, aparece em 13,3% das respostas dos analistas ouvidos, mesmo número daqueles que acreditam que a aliança entre os partidos poderá se desfazer antes mesmo do anúncio. Leite, que tem atuado nos bastidores para ter direito de competir, teve apenas 6,7% das respostas.

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Tebet

O nome da senadora tem chamado atenção desde que ela concorreu à presidência da Casa, em 2020. Embora tenha perdido para o mineiro Rodrigo Pacheco (PSD), Simone Tebet acabou tendo apoio unânime de colegas para tornar-se a primeira representante da Bancada Feminina no Colégio de Líderes do Senado.

Quando a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid foi instalada, Tebet conseguiu um assento informal, representando as senadoras num ambiente que ficou fortemente marcado pela presença de homens entre os titulares e suplentes.

“Quanto a um eventual nome único da terceira via, parece-me muito pouco provável que essa empreitada tenha sucesso”, escreveu um dos analistas ouvidos nesta edição do Barômetro do Poder. “Porém, se alguém for indicado, as maiores chances são de Simone Tebet”.

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Ela é advogada e está no primeiro mandato no Senado, embora tenha presidido a CCJ (Câmara de Constituição e Justiça) e assumido a liderança da bancada do MDB na Casa, a maior do Senado. Tebet foi deputada estadual, duas vezes prefeita de Três Lagoas (MS), sua cidade natal, e vice-governadora e secretária de Governo do Mato Grosso do Sul. Ela é filha do ex-senador e ex-presidente do Congresso Nacional Ramez Tebet.

No início de dezembro, o MDB lançou em Brasília a pré-candidatura de Tebet, que se tornava a primeira mulher a entrar oficialmente na disputa deste ano. Naquele momento, entretanto, havia dissidências dentro do partido sugerindo a preferência pela composição de uma chapa com outra legenda.

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Em março, durante evento da XP Inc, Simone disse que o “centro democrático” estava “se afunilando”, sugerindo a possibilidade de o MDB se unir a outros partidos, inclusive adversários. “Eu mesma sou muito pouco conhecida, mas em compensação tenho o menor índice de rejeição entre todos os pré-candidatos [à Presidência]”, afirmou.

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A edição 35 do Barômetro do Poder foi realizada entre os dias 26 e 28 de abril, com questionários aplicados por meio eletrônico. Foram ouvidas 10 casas de análise de risco político – BMJ Consultores Associados, Control Risks, Dharma Political Risk & Strategy, Empower Consultoria, Eurasia Group, Medley Global Advisors, Patri Políticas Públicas, Prospectiva Consultoria, Pulso Público, Tendências Consultoria Integrada – e 4 analistas independentes – Antonio Lavareda (Ipespe), Cláudio Couto (FGV EAESP), João Villaverde (FGV-SP) e Thomas Traumann.

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Conforme acordado previamente com os analistas, os resultados do levantamento são divulgados apenas de forma agregada, sendo preservado o anonimato das respostas e comentários.

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