“Lá na frente vamos ver se vamos nos unir ou não”, diz Simone Tebet, pré-candidata ao Planalto pelo MDB, sobre adversários

Segundo a pré-candidata, o centro democrático "está se afunilando" e isso é importante para aqueles eleitores que não querem nem Bolsonaro e nem Lula

Anderson Figo

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Simone Tebet, pré-candidata à Presidência da República nas eleições de outubro de 2022 pelo MDB, não descarta a possibilidade de fazer alianças com seus adversários no futuro. A senadora participou nesta segunda-feira (7) do evento online “Sob o olhar delas”, organizado pela XP Inc.

“É a hora de os candidatos se apresentarem. Eu mesma sou muito pouco conhecida, mas em compensação tenho o menor índice de rejeição entre todos os pré-candidatos [à Presidência]. Lá na frente vamos ver se vamos nos unir ou não. Eu estou convicta que eu tenho condições de ser essa candidatura da convergência do centro democrático”, disse Simone.

A senadora destacou a importância de haver uma mulher na disputa pelo Planalto. “Somos a maioria absoluta da população, mas a minoria em todo o resto”, disse. “Diante desse quadro, como abrir mão de uma pré-candidatura? É muito difícil o MDB recuar. Vamos dar tempo ao tempo e seguir com a nossa campanha.”

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Segundo a pré-candidata, o centro democrático “está se afunilando” e isso é importante para aqueles eleitores que não querem nem Bolsonaro (PL) e nem Lula (PT). “Muitos já ficaram pelo caminho. O PSD discute se vai lançar ou não candidato, o União Brasil da mesma forma tinha [uma aposta] no ex-ministro Mandetta, agora não sabe se tem, a federação entre o Cidadania e o PSDB já elimina uma candidatura, e assim sucessivamente. Tempo ao tempo. O tempo da política é diferente”, afirmou.

Simone disse que no momento certo a população vai olhar para a política. “Ela está preocupada agora com o pão nosso de cada dia. A classe média agora está preocupada com a diminuição da sua renda. Não vamos nos esquecer que estamos com um número recorde de famílias brasileiras endividadas.”

Pauta retrógrada

A senadora afirmou que a pauta que o governo quer empurrar ao Congresso é “totalmente retrógrada” e que “quer retirar direitos, seja na área ambiental ou de costumes”.

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Ela citou como exemplos o projeto que facilita acesso a armas de fogo, que pode ser votado na Comissão de Constituição e Justiça do Senado na quarta-feira (9), e o projeto que prevê a permissão de mineração em áreas indígenas — a justificativa do governo seria o país ficar menos dependente da importação de fertilizantes, pegando gancho nos efeitos da guerra na Ucrânia.

“Ao meu ver é um projeto totalmente ilegal. Estamos no tempo presente. O tempo presente exige um olhar especial do Congresso Nacional. E, paralelo a isso, a política vai se encarregar de afunilar os nomes dessa terceira via”, disse.

Combustíveis

Sobre a iniciativa do governo federal para tentar frear o aumento nos preços dos combustíveis utilizando dividendos da Petrobras para subsidiar o custo maior, Simone disse que “é sair do espeto e cair na brasa”.

“Se ela for temporária nós vamos ter que aprovar. Eu sou a favor que se aprove porque o Brasil precisa consumir. A população brasileira está passando fome, está ficando empobrecida, já está atingindo fortemente a classe média e nós precisamos sobreviver a 2022. Eu tenho dito muito isso: não há 2023 se nós não sobrevivermos a 2022, com responsabilidade, com critério, obviamente jamais fazendo o que o governo Dilma fez, intervindo na Petrobras”, afirmou.

Para a pré-candidata do MDB, intervir na Petrobras é “um caminho maldito, é um caminho que não dá certo. É um caminho que todos nós pagamos a conta”. Segundo ela, o Senado vai ter responsabilidade de escolher o melhor caminho e irá fazê-lo de forma rápida.

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Anderson Figo

Editor de Minhas Finanças do InfoMoney, cobre temas como consumo, tecnologia, negócios e investimentos.