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A Procuradoria-Geral da República (PGR) prepara denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pelos crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, informou a Folha de S. Paulo. A expectativa é que o caso seja formalizado no Supremo Tribunal Federal (STF) ainda nesta semana.
Se aceita pela Corte, a denúncia transformará Eduardo em réu, o que pode comprometer seus planos de disputar a Presidência em 2026. O risco jurídico fragiliza o protagonismo político do filho do ex-presidente, que já sofre resistência dentro do próprio espectro político.

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Eduardo vive nos Estados Unidos desde março, atuando junto ao governo Donald Trump para pressionar o Brasil com sanções políticas e comerciais. Essa ausência prolongada já levanta a possibilidade de perda de mandato por excesso de faltas injustificadas.
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O parlamentar foi indiciado em agosto pela Polícia Federal (PF), que o apontou como articulador de medidas de retaliação contra ministros do Supremo. A PF também atribuiu a Jair Bolsonaro a transferência de R$ 2 milhões via Pix ao filho nos EUA, interpretada como possível financiamento da ofensiva de coação contra o Judiciário.
As ações do grupo coincidiram com medidas de retaliação anunciadas por Washington contra Brasília e autoridades brasileiras. Além do tarifaço de 50% sobre exportações brasileiras e da investigação sobre o Pix, o governo Trump enquadrou o ministro Alexandre de Moraes na Lei Magnitsky, congelando eventuais ativos nos EUA e acusando-o de violação de direitos humanos.
A denúncia da PGR se soma a um conjunto de processos que colocam a família Bolsonaro no centro do maior imbróglio político-institucional desde o 8 de Janeiro.