Desastre das chuvas faz governo do Rio Grande do Sul suspender aulas da rede pública

Até o fim da tarde de quarta-feira (1º), 315 escolas de 133 cidades já tinham sido de alguma forma afetadas pelas chuvas intensas; destas, 94 unidades comunicaram à secretaria que sofreram danos materiais

Equipe InfoMoney

Autoridades do Rio Grande do Sul montaram "gabinete de crise" para monitorar fortes chuvas no estado (Foto: Lauro Alves/Secom)

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As consequências das chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde a última sexta-feira (26) levaram o governo gaúcho a suspender as aulas em toda a rede pública estadual, nesta quinta-feira (2) e também na sexta (3).

Segundo a Secretaria de Educação do estado, até o fim da tarde de quarta-feira (1º), 315 escolas de 133 cidades já tinham sido de alguma forma afetadas pelas chuvas intensas. Destas, 94 unidades comunicaram à secretaria que sofreram danos materiais ou estruturais.

A suspensão das aulas na rede pública estadual segue orientações da Defesa Civil e visa a garantir a segurança de alunos, professores e demais profissionais da Educação, além de reduzir o trânsito de pessoas em um momento de calamidade pública de grande intensidade, caracterizado por danos vultosos.

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As autoridades públicas têm recomendado à população que, na medida do possível, permaneçam em casa, evitando se expor a situações de perigo. Ao mesmo tempo, pedem que as pessoas estejam atentas e deixem áreas de risco de deslizamentos, desmoronamentos, alagamentos, enxurradas e outras situações de risco.

“Estamos tendo muita dificuldade de atuação nos resgates. Por isso, precisamos que a população se coloque o máximo possível em condições de segurança. As pessoas, às vezes, acham que a água não vai chegar nas suas casas, mas estamos alertando que onde ela já chegou no passado, deve voltar a chegar desta vez”, alertou o governador Eduardo Leite (PSDB), durante entrevista à imprensa.

Leite usou palavras como “guerra” e “cenário de caos” para expressar o que classificou como “um momento muito crítico”. O governador ainda afirmou que a situação deve piorar nos próximos dias, já que a previsão é a de que continue chovendo intensamente em boa parte do estado ao menos até o próximo domingo (5).

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“Infelizmente, este será o maior desastre que nosso estado já enfrentou. Será maior do que o que assistimos no ano passado”, afirmou o governador, referindo-se à tragédia registrada em 2023, quando as fortes chuvas e inundações causaram mais de 50 mortes e grandes danos materiais.

O tamanho do estrago

Segundo a última atualização da Defesa Civil, 13 mortes foram confirmadas no estado. Além delas, autoridades locais registraram outros 11 mortos, totalizando 24 óbitos até o momento. Ao menos 21 pessoas estão desaparecidas.

Até o momento, 67,8 mil pessoas foram atingidas pela tragédia e 14,5 mil tiveram de deixar suas casas. São 4.599 as pessoas que foram deslocadas para abrigos, enquanto outras 9.993 estão desalojadas (na casa de familiares ou amigos). As aulas foram suspensas em toda a rede estadual de ensino.

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De acordo com boletim divulgado pelo governo estadual na manhã desta quinta-feira (2), há mais de 300 mil pontos sem energia elétrica no Rio Grande do Sul. Mais de 540 mil pessoas estão sem água e pelo menos 86 municípios não têm serviços de telefonia e internet.

(Com Agência Brasil)