Número de mortos por chuvas e inundações no Rio Grande do Sul vai a 24

Segundo a última atualização da Defesa Civil, 13 mortes foram confirmadas no estado; além delas, autoridades locais registraram outros 11 mortos, totalizando 24 óbitos até o momento

Fábio Matos

Rompimento de pontes no Rio Grande do Sul compromete escoamento da produção (Foto: PRF/RS)

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A tragédia climática no Rio Grande do Sul, com tempestades, indundações, rompimento de barragem e destruição em centenas de municípios, já matou pelo menos 24 pessoas. É o que apontam números atualizados divulgados pelas autoridades do estado, incluindo a Defesa Civil, a Brigada Militar e prefeituras.

Segundo a última atualização da Defesa Civil, 13 mortes foram confirmadas no estado. Além delas, autoridades locais registraram outros 11 mortos, totalizando 24 óbitos até o momento. Ao menos 21 pessoas estão desaparecidas.

As mortes confirmadas pela Defesa Civil foram registradas nas seguintes cidades:

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Já as autoridades locais confirmaram mortes nos seguintes municípios:

Até o momento, 67,8 mil pessoas foram atingidas pela tragédia e 14,5 mil tiveram de deixar suas casas. São 4.599 as pessoas que foram deslocadas para abrigos, enquanto outras 9.993 estão desalojadas (na casa de familiares ou amigos). As aulas foram suspensas em toda a rede estadual de ensino.

De acordo com boletim divulgado pelo governo estadual na manhã desta quinta-feira (2), há mais de 300 mil pontos sem energia elétrica no Rio Grande do Sul. Mais de 540 mil pessoas estão sem água e pelo menos 86 municípios não têm serviços de telefonia e internet.

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A Defesa Civil pediu aos moradores do Vale do Taquari para que deixassem suas casas, muitas das quais localizadas em áreas de risco, e procurassem abrigos públicos ou outros locais mais seguros.

De acordo com informações da Climatempo, há previsão de mais chuvas, nesta quinta, para a região de Santa Maria e os vales dos rios Taquari, Caí e Pardo, Região Metropolitana, Serra, Norte e Noroeste. O tempo instável deve permanecer pelo menos até domingo (5).

Calamidade pública

As fortíssimas chuvas levaram o governo gaúcho a decretar estado de calamidade pública. A medida foi publicada em edição extra do Diário Oficial do Estado, na noite de quarta-feira (1º), em função de “eventos climáticos de chuvas intensas”.

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A Defesa Civil pediu aos moradores do Vale do Taquari para que deixassem suas casas, muitas das quais localizadas em áreas de risco, e procurassem abrigos públicos ou outros locais mais seguros.

De acordo com informações da Climatempo, há previsão de mais chuvas, nesta quinta, para a região de Santa Maria e os vales dos rios Taquari, Caí e Pardo, Região Metropolitana, Serra, Norte e Noroeste. O tempo instável deve permanecer pelo menos até domingo (5).

“Já é e será o pior desastre climático do nosso estado. Precisamos evitar, ao máximo, perdas de vidas neste momento”, disse o governador Eduardo Leite (PSDB), em pronunciamento após a reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Estamos enfrentando uma situação de guerra. Por isso, as Forças Armadas estão aqui mobilizadas e agradecemos muito por esse esforço conjunto”, afirmou Leite.

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“Infelizmente, lamentamos desde já as mortes registradas e as que não foram ainda registradas, que serão muitas, em função de deslizamentos. Mais uma vez, peço às pessoas que saiam das zonas de risco e das suas casas enquanto há tempo para isso, para que possamos salvar o maior número de vidas possível”, completou Leite.

Fábio Matos

Jornalista formado pela Cásper Líbero, é pós-graduado em marketing político e propaganda eleitoral pela USP. Trabalhou no site da ESPN, pelo qual foi à China para cobrir a Olimpíada de Pequim, em 2008. Teve passagens por Metrópoles, O Antagonista, iG e Terra, cobrindo política e economia. Como assessor de imprensa, atuou na Câmara dos Deputados e no Ministério da Cultura. É autor dos livros “Dias: a Vida do Maior Jogador do São Paulo nos Anos 1960” e “20 Jogos Eternos do São Paulo”