Combustível é tema de preocupação pessoal de Bolsonaro, diz Flávia Arruda

Ministra da Secretaria de Governo abordou PL aprovado no Congresso para conter inflação de combustíveis e atacou e imprensa: "há complacência com Lula"

Gabriel Toueg

A ministra-chefe da Secretaria de Governo, Flávia Arruda (Foto: Marcos Corrêa/PR)

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Depois de o Congresso aprovar um pacote de medidas para conter a alta dos combustíveis, a ministra Flávia Arruda (Secretaria de Governo), correligionária do presidente Jair Bolsonaro no PL, disse que o mandatário tem se incomodado pessoalmente com o tema, embora “entenda” a liberdade da Petrobras (PETR3 ; PETR4) na definição dos preços. Flávia fez as afirmações na noite de sexta-feira (11) durante participação que encerrou a conferência Sob o Olhar Delas, sobre política e economia, organizada pela XP Inc. O evento reuniu, ao longo da semana, lideranças femininas em vários setores.

“O presidente (Bolsonaro) tem sido cauteloso, tem estado preocupado com o tema (da alta no preço dos combustíveis), o assunto que norteia ele hoje é esse dos combustíveis”, disse a ministra. Ela considera que o “pior da pandemia” foi ultrapassado “com o avanço da vacinação” e que o conflito na Ucrânia, iniciado com a invasão russa, não era “previsível”. “Essa guerra está impondo muitos custos à população brasileira, (…) se durar mais tempo, não sabemos quais podem ser as consequências”, disse.

A inflação dos combustíveis e as medidas do governo para contê-la foram a temática central da conversa da ministra com Júnia Gama, Rachel de Sá e Débora Santos, analistas da XP que conduziram a entrevista. Flávia contou que acompanhou de perto a votação na quinta-feira (10). A ex-parlamentar, que pretende concorrer ao Senado em 2022, disse ter ficado feliz de saber que “esse acordo vai trazer resultados”, embora “não confortáveis”. “Queríamos que fossem maiores, obviamente”. Questionada por Júnia Gama se o projeto seria suficiente para lidar com a inflação dos combustíveis, entretanto, a ministra não respondeu objetivamente.

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Em meio ao descontentamento de caminhoneiros motivada pelos preços elevados do diesel, a ministra disse que o governo acompanha de perto e constantemente as movimentações da categoria. Segundo ela, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, vem dialogando com os caminhoneiros. “Acredito na sensibilidade dos brasileiros”, disse a ministra. “Não quero minimizar o aumento dos combustíveis, ontem vi filas nos postos de gasolina, é lógico que isso mexe com a vida das pessoas”.

Corrida eleitoral

Ao ser questionada sobre os números das pesquisas eleitorais para o Planalto, que apontam larga vantagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação a Bolsonaro, Flávia Arruda atacou a imprensa e disse que há “complacência” por parte dos meios em relação ao ex-mandatário. “A imprensa, de forma geral, é completamente complacente com o ex-presidente Lula, aliás, está sendo”, disse.

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Segundo ela, Bolsonaro tem sido “pintado” na imprensa como “antidemocrático e anti-vacina”. O presidente agiu de forma enfática contra os imunizantes e até hoje sustenta não ter se vacinado. “Bolsonaro está exposto 24 horas por dia, com a cara para bater, e o ex-presidente Lula está estrategicamente escondido”, declarou a ministra. “Bolsonaro tem que falar de todos os assuntos e a todo o tempo”, comparou.

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